Já nos habituamos a ver a degradação do património edificado existente no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG). As velhas estruturas dos Serviços Florestais, melhor exemplificadas pelas Casas Florestais, são uma pálida visão do que em tempos foram.
O mesmo acontece com o património, utilizado em tempos pela Guarda Fiscal (Ameijoeira, Portela do Homem, etc.), ou mesmo o velho património mineiro completamente abandonado e à mercê do vandalismo patrocinado. Por outro lado, as velhas pontes de madeira que aqui e ali embelezam as paisagens bucólicas que vamos encontrando pelas quatro serras do mostram-nos o que tem acontecido nos últimos anos no PNPG e não só, pois as outras áreas protegidas sofrem o mesmo fado: a crónica falta de investimento na protecção da Natureza num país que se preocupa mais em salvar bancos falidos e apoiar as grandes fortunas.
Nos últimos dias deparei-me com três exemplos desta degradação de estruturas que, por vezes, estão longe da vista, longe do coração, mas que em muitos casos são utilizadas no dia á dia pelos residentes do território do PNPG.
O mais recente destes exemplos, é a ponte de madeira sobre o Rio Maceira localizada na Albergaria. O constante e excessivo atravessamento das viaturas, levou a uma degradação tal que parte da ponte está agora vedada, como mostram as imagens a seguir e a imagem inicial desta publicação...
Da mesma forma, a rampa de acesso à Ponte de S. Miguel na margem esquerda do Rio Homem, está a necessitar de manutenção, bem como a ponte sobre o Rio Gerês que existe no Trilho da Preguiça, como mostra a imagem a seguir.
Estes serão pequenos problemas que podem parecer de pouca importância, mas que a acontecer uma situação mais complicada, se podem avolumar.
O PNPG necessita de mais investimento, não de investimento imaterial como parece ser agora voga para as coisas que realmente são importantes, enquanto o investimento material é direccionado para os bolsos de alguns poucos em detrimento de todos nós.
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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