Abrir a porta de casa e sentir o vento frio da serra a acariciar o rosto.
Olhar para os contornos da montanha tangentemente iluminados pelo Sol da manhã e apreciar os jogos de luz que se vão formando por entre as ramadas à medida que se conduz o carro pela Estrada da Geira.
Apreciar o cantar do Maceira ao passar na Albergaria e colocar a mochila às costas.
Subir, subir e indo subindo a Costa de Sabrosa mergulhado num silêncio mais solene do que no interior de uma catedral.
Respirar, respirar o ar fresco que sentimos a entrar nos pulmões à medida que o Cabeço do Cantarelo vai ganhando volume no horizonte que se torna cada vez mais próximo.
Olhar para a paisagem e sentir-se perfeitamente parte dela como se ali estivesse desde sempre e para o resto dos dias.
Descer para a Messe e cumprimentar quem comparte o prazer dos momentos ali passados.
Prosseguir a jornada com o objectivo de chegar ao ponto mais alto do dia e pelo caminho ir-se maravilhando com as paisagens que se vão formando: as paredes da Rocalva, os fraguedos do Iteiro d'Ovos, o verde do prado, a imponência de Borrageiros e os mistérios de Porta Roibas.
Ir sentindo a cada passo que, apesar de serem paisagens conhecidas, tudo é novo, tudo é belo e único.
Apressar-se no Borrageiro porque os ventos que sopram são frios e o corpo deseja naquele momento o descanso contemplativo.
Ir descendo passando pelo Arco do Borrageiro e ter uma paisagem toda a seus pés.
Os grandes espaços que se abrem a partir da Preza para o Vale de Teixeira e as cabras que espreitam, prudentemente tímidas.
O descanso no Vidoal e novamente o encontro com os camaradas que havia encontrado na Messe.
A descida para a Portela de Leonte e o passeio pelas cores do Outono que se vai despedindo por entre os arvoredos da Albergaria.
Ficam algumas fotografias do dia...
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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