quinta-feira, 25 de novembro de 2021

O lince ibérico na Serra do Gerês

 


No seu livro "Aldeia de Pincães" (Julho de 2009), António Fernando Guimarães faz uma interessante referência à extinta presença do lince ibérico na Serra do Gerês (pág. 127 e 128):

Também foi numa época muito remota, tal como o Urso, que o Lince Ibérico existiu em Pincães. Esta espécie, há muito extinta na Serra do Gerês, ainda existe no Centro e Sul de Portugal. É rara, muito protegida e parecida com o Gato Bravo e a Geneta. A pelagem é amarelo acastanhada e salpicada com pintas negras. Ataca os animais pequenos. O Lince Ibérico, lobo serval, que o Padre Diogo Martins Pereira, no Manuscrito de 1774, descreve na perfeição (...)

"(...)" A outras espécie de lobos a que nestas terras chamam servais é o contrário dos grandes, porque além de serem muito mais pequenos, diversos na cor, e inclinação, porque os grandes, são terríveis no aspecto, com vulto de aboloiro e mais negros por cima, mais brancos por baixo, pernas cumpridas, e grossas sem unhas de lanceta, porém tem garra como as que tem a maneira do champorcão mas o serval tem unhas de lanceta como anzóis e é de pele engraçada com várias pintas que lhe dá lustro, e a cabeça boca e pernas e unhas tudo é feito de gato mas tamanho que excede o maior raposão. Esta espécie de lobo serval é muito danoso nos lugares em que vive, "(...)"

Fotografia: Livro "Aldeia de Pincães"

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