quinta-feira, 8 de julho de 2021

Caminhar na Geira e à sombra dos medronheiros

 


Esta publicação sobre uma pequena caminhada terá somente uma fotografia, pois não consigo descrever por imagens os pequenos prazeres de caminhar pela Geira e à sombra dos medronheiros numa manhã de Verão.

A caminhada não é longa, cerca de 4 km, mas a contemplação da montanha faz-nos viajar anos-luz por entre a tranquilidade e a brisa que nos acaricia a pele com o ar fresco que ainda vai vencendo nas primeiras horas o calor que se adivinha. O vislumbre da albufeira e das vertentes da Serra Amarela, leva-nos para os grandes espaços e a exclamação surge por entre a conversa que se vai fazendo. Caminha-se por velhos caminhos, que são milenares, e miliários testemunhos silenciosos ou sentinelas do passado que se mantêm firmes à passagem das novas legiões. Entra-se no bosque e a companhia da passarada vai-se fazendo ouvir à medida que a ondulação das águas lá ao fundo se torna mais evidente. Para-se numa «varanda» à margem da albufeira e contemplam-se as encostas na busca do vislumbre de uma água ou de um animal mais fugaz que se aproxima das águas para saciar a sede. 

E continua-se o caminho trilhando um carreiro na encosta que nos leva à estrada e nos mostra as alturas do Sarilhão, a fraga que em tempos foi abrigo das águas reais que patrulhavam estes céus. Penetra-s então num túnel verde onde o ar fresco vai resistir às investidas dos dias quentes e do pó levantado pelos carros que passam. Mais acima tem-se a vista dos fraguedos e a paisagem já se vai ondulando com o calor, pois é hora de voltar...

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

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