segunda-feira, 9 de novembro de 2015

229... O silêncio e a calmaria do lento passar das eras


Minas dos Carris, 7 de Novembro de 2015

Perguntam-me porque tantas vezes venho a este lugar? Por muito que tente explicar, é-me difícil expressar em palavras as sensações de pisar este chão silencioso, escutar o passar das nuvens, sentir o toque do vento e projectar o olhar na imensidão dos espaços e dos céus que me rodeiam.

Quando comecei este blogue, por altura da minha 100ª visita a este local, perguntaram-me se não era já um pouco monótono pisar este caminho e sorver as mesmas paisagens, vezes sem conta? De todo. A paisagem altera-se a cada hora, a cada minuto, a cada dia e a cada mês, e é esse passar do tempo que faz com que cada visita seja quase como a primeira!

As ruínas das Minas dos Carris permanecem na Serra do Gerês repletas de um silêncio e de uma quase inexplicável nostalgia compartilhada por quem as visita e as sente. O local e a sua aura quase mística transformaram-no numa zona de visita quase obrigatória para aqueles que procuram nas montanhas o sossego que lhes escapa no rebuliço da vida cosmopolita. 



A cada visita tenta-se ainda mais remover o véu de parte da História deste lugar sobre o qual haverá ainda muito mais para conta.

Mesmo que a memória dos homens se torne cada vez mais turva com o passar dos dias, não deveremos deixar esquecer as Minas dos Carris, na Serra do Gerês, onde se sente o silêncio e a calmaria do lento passar das eras, e onde o nosso sentir e sentir se funda de maneira única com a Natureza que muitas vezes esquecemos de amar e contemplar.

O que ainda falta descobrir?... demasiado...

Ficam algumas fotografias do dia... às quais lhes faltam os sentimentos das palavras...











































































Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

2 comentários:

aliancabtt disse...

Boa noite! Vejo que é um apaixonado dos carris. Já lá fui há mais de 20 anos e gostava de lá voltar com a minha esposa. Quantas horas são necessárias para ir e vir desde a Portela?
Mail: vilaca36@gmail.com

Rui C. Barbosa disse...

O caminho está em muito mau estado o que faz com que uma caminhada de cerca de 2h30 possa demorar um pouco mais.

Cumprimentos!