Carris, 15 de Fevereiro de 2009
...e ali jazia o meu corpo, cansado, envolto nas malhas do tempo passado...
Eu sou a ruína... a montanha mais alta...
...e ali jazia o meu ser, envolto na mágoa e saudade dos tempos idos...
Eu sou a saudade que envolve alma...
...são os olhos que choram...
pelo sorriso que nunca vi... uma luz que toca o presente...
A perda da inocência num abraço mortal...
...o beijo que nunca chegou, o murmúrio da dor...
...e ali jazia o meu corpo, cansado, envolto na mortalha do presente...
Eu sou o vulto que foge quando para mim olhas...
...e ali devorava a minha alma, caminhando nos espinhos da rosa...
Decadente, perdido, abandonado...
...Ao eterno, olho as estrelas do alto da Saudade...
A escuridão abaixo de mim, espelho de todas as eras...
E acabo por chorar envolto na solidão do espaço...
...lembro o último pôr-do-sol... abraço as sombras da noite...
...e ali jaz o meu corpo, perdido na miséria do tempo...
vi a beleza a morrer... a mentira dos homens...
Fotografia: © Rui C. Barbosa
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