A situação que hoje se vive no Parque Nacional da Peneda-Gerês é tão ridícula como desconhecida para a maioria das pessoas. Certamente que o país terá mais com que se preocupar nesta altura de crise nacional onde o imperativo lusitano se concentra na colossal tarefa de nos desenterrar do atoleiro onde o filósofo nos meteu.
Parte do parque nacional é quase uma zona de guerra envolta num alerta vermelho que pretende evitar quer no terreno quer nos jornais. a catástrofe que no ano passado se abateu sobre o Gerês e o Soajo. Várias unidades do PNPG vigiam afincadamente a área em busca do menor sinal de fumo ou actividade suspeita. O descuido de 2010 levou à paranóia de 2011, principalmente quando o lugar de chefia parece estar em risco. Mas esta é outra história...
A situação de ilegalidade em que muitos visitantes do PNPG acabam por cair por violação das regras do jogo, é só comparável a um desafio entre o gato e o rato que se perseguem de forma mútua. Neste caso não será bem mútua, pois neste cenário há só um perseguidor... assim, o rato que se cuide. Só um bom conhecimento do terreno (daqueles com títulos pequenos) e umas pernas pouco cansadas, podem ajudar na fuga.
No entanto a legalidade pode ser «comprada» aos serviços do estado que assim se vende como uma prostituta de luxo num país em crise. Basta o visitante rico pagar €152,00 e terá direito ao serviço completo, com banho e tudo. O visitante pobre vai-se entretanto com uns serviços de mãos...
Fotografia © Rui C. Barbosa
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1 comentário:
A paranoia pode ser sinónimo de medo de perder lugar ao sol :). Acampamento grátis ? até os "pobres" "observadores de novas paisagens" podem ficar contentes :).
Cumprs
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