Já pensaste que tu podes ser a pessoa que mais contribui para a destruição das minas de carris no futuro..? a publicidade de locais onde nao existe um estrutura de propria turismo..?
Eu até te respondia, como tu não és capaz ou não queres perceber determinados aspectos nem me vou chatear a dar importância a um comentário claramente ofensivo e sem qualquer respeito por quem faz este trabalho e pelos leitores deste blogue.
Não é ofensivo e se pensares bem entendes.O futuro o dirá, as pessoas nao são todas iguais nem tem todas o mesmo o objectivo, quando vão visitar as Minas de Carris, para existir tal publicidade primeiro tem que existir uma estrutura de restauração ou melhor de preservação, se nao existe veremos o futuro
É claramente ofensivo e escrito sem reflectir no estavas a escrever, pois se tu pensares um pouco e fizeres uma extrapolação para o resto da área do PNPG, e pela tua ordem de ideias, só se faria «turismo» nas Caldas do Gerês e nas aldeias do PNPG.
E repara: tu falas de estruturas de apoio ao turismo e agora falas-me em estruturas de restauração e preservação?!!?!? Mas afinal o que é que queres dizer? Tu queres um restaurante nos Carris ou uma delegação da APAI na preservar as ruínas?
Para ti só se deve caminhar onde exista um serviço de bar e restaurante? Isso excluí 90% do PNPG. Zonas como os Prados da Messe, Louriça, Curro da Velha, etc. não deveriam ser divulgadas porque não tinha apoio de... restauração.
percebeste bem, que enganei-me queria dizer restruturação :) e tb entendes te o resto. Tu que gostas, suponho eu de Natureza, passeios ao ar livre, no verão quando vais ao PNPG o que é que tu vês? e o que vês durante o Inverno?
Pegando no que ficou aqui já dito, Acho que seria interessante uma tertúlia sobre o tema: "Que futuro para os Carris?" Fica o repto ... prometo alguma contribuição.
Numa primeira abordagem a resposta é (infelizmente) muito simples e clara. Nesta altura os edifícios das Minas dos Carris já tiveram o seu papel e agora nada se fará ali.
Propostas certamente que haveria muitas (abrigo de montanha, posto de apoio à visitação, trilho interpretado) no entanto nada se fará enquanto que: a) no PNPG se mantiver a postura de se ver o parque nacional como uma coutada de investigação; b) quem visita a zona continuar a ter a atitude maioritariamente típica de vandalizar e destruir.
A criação de um apoio só traria benefícios: 1) melhor preservação do local; 2) uma estrutura de estudo; 3) estrutura de apoio e regulamentação do espaço; 4) criação de um ou dois postos de trabalho.
No entanto, quem «manda» não percebe as coisas assim e a zona continuará esquecida e a degradar-se até que um dia alguém lá morra e os Carris serão notícia por um ou dois dias, voltando para o esquecimento de novo.
Eu até estou particularmente à vontade para falar sobre os carris porque quem me conhece sabe da minha relutância em passar no estradão do vale do homem. Principalmente sabe da minha relutância em descer o dito estradão em razão das dores e incómodo que me causa. Não sou portanto um entusiasta da “ida aos carris”. Não quer isto dizer que não adore a zona dos carris. E estou de acordo que seria um local excelente para instalar um ponto de interpretação da serra e um pequeno museu sobre as minas e sobre a história da mineração do volfránio. Achar que a degradação dos carris possa ter alguma coisa a ver com este blogue é, digamos assim, uma ideia bizarra. Bastava perceber a história da degradação das estruturas e a acumulação do lixo junto a elas, para perceber que é muito mais remota que este blogue. E este blogue tem feito a sua denúncia e promovido a sua limpeza. Ou seja, promove a sua preservação. Tenho para mim que o mal das minas dos carris é facilidade relativa com que se chega lá cima. É verdade que são 9 kms a subir e depois 9 de inferno a descer, mas basta seguir o estradão. Não há qualquer margem de erro. E isso que faz com que pessoas sem qualquer preparação cheguem lá cima. Alguém que faça montanhismo, orientação ou pedestrianismo desenvolve uma consciência diferente relativamente aos espaços naturais. O problema são as pessoas não arriscariam subir aos Prados da Messe, mas conseguem ir às minas. É um troféu acessível. Sobem carregadas e depois optam por deixar lá em cima o lixo. Há histórias de grupos chegarem às minas com a geleira de picnic e eu já vi uma família entrar no estradão de carrinho de bebé. O que ouvi a quem empurrava o carrinho deixa-me sem dúvidas sobre o que aconteceu a este último grupo. Terão desistido pouco depois de terem passado por mim, mas a verdade é que alguém no grupo achou que era possível avançarem Deveria ser assim? Claro que não. O estradão do vale do Homem não devia ser o pesadelo que é e devia permitir uma subida e descida mais agradável (ainda que andar 9 kms num estradão em circunstância nenhuma me pareça muito agradável). E deveria ser aproveitado para promover a interpretação da fauna, da flora e principalmente da história geológica do vale. Chegados às minas deveria ser possível compreender não apenas a história das minas, mas todo o passado mineiro da serra do Gerês. A mineração permitem enquadrar uma parte importante da nossa história. Ainda há pouco tempo vi-me surpreendido numa zona nova da cidade de Braga com a designação de um edifício. Uma designação que remetia para o facto de um industrial bracarense ter sido um dos primeiros a puder tratar o minério de volfránio e dessa forma ter levantado uma indústria forte que chegou a ter a ambição de produzir automóveis. A zona permitiria ainda interpretar toda a área elevada da serra. Um pequeno abrigo de montanha (só com o básico) permitiria uma melhor ordenação da visitação e teria certamente clientes. Teria ainda a vantagem de se conseguir travar os simples aventureiros. Permitir a degradação actual é que não me parece nada de útil.
Eu referi o blogue (outras iniciativas) porque um blogue, uma publicidade, tem 2 efeitos um positivo mas pior ainda é o negativo . As pessoas quando vão ao carris ou a sombras não vão porque o blogue diz “ Não deitar lixo para o chão” isso é algo que está instituído em cada um de nós , mas que na realidade poucos o fazem , ninguém que deite fora um papel diz que o fez. Não tenho duvidas que as ruínas que restam vão ser vandalizadas e desaparecer. Até porque nos últimos anos houve um aumento explosivo de visitantes o que não se via alguns anos, tb não se via lixo ou ruínas vandalizadas. Um exemplo com outras proporções mas que no fundo retrata um pouco o efeito negativo das Imagens e publicidade a Amazónia onde inicialmente não existia ou e em alguns pontos ainda não existe uma estrutura organizada para o turismo, e foram construídos estradões que tiveram proporções negativas. Em relação ao estradão, se este fosse reconstruído possivelmente teríamos a Portagem PNPG1:) .
Dizer que quem visita os Carris ou as Sombras são os principais responsáveis pela degradação e vandalismo das instalações mineiras, é desconhecer propositadamente a história dos locais e não se dar ao trabalho de ler tudo aquilo que com este blogue foi possível descobrir.
A degradação dos Carris começa com os próprios habitantes das aldeias em torno do complexo mineiro a se apropriarem dos elementos de construção dos edifícios durante a segunda metade da década de 70. Aliás, o próprio guarda da mina tinha de se precaver contra o frio removendo os barrotes de madeira do que restava dos telhados.
As Minas dos Carris sempre foram ponto de visita ao longo dos anos (mais uma vez basta ler o blogue e ver as fotografias do princípio dos anos 80 que aqui foram colocadas). É óbvio que com o passar dos anos e com uma consciencialização ambiental crescente, as pessoas vão procurando um maior contacto com a Natureza. Por isso, é normal que nos últimos 10 ou 15 anos se tenha assistido a um aumento de visitas na serra.
Na primeira iniciativa que eu organizei na limpeza dos Carris (e foi muito antes dos blogues terem surgido) nos anos 90, recolhemos dezenas e dezenas de sacos do lixo, e este lixo não era só lixo que lá estava há meses... estava lá há anos. Por isso dizer que o lixo só lá apareceu há sete ou oito anos é mais uma vez ser ignorante no que se fala.
O estradão para os Carris foi reconstruído nos anos 90. Talvez se recordem, ou não, que a primeira tentativa de introdução de uma portagem paga na Mata de Albergaria ocorreu nos anos 90 e ninguém se foi lembrar de «portajar» o estradão para os Carris. Aliás, a reparação do estradão para os Carris nunca seria de forma a permitir a circulação dos carros ligeiros.
Temos pontos de vista diferentes, nunca disse que a tua investigação e interesse pessoal pelas minas é totalmente negativo mas tu só queres ver os pontos positivos, seja sobre as minas seja sobre o PO, isto nao se trata como tu dás a entender " eu conheço os carris melhor do que toda a gente e logo todas as opinioes são ignorantes" Tu ja pareces um daqueles habitantes que nao vê mais nada para alem da historia mas que nao vê outros pontos de vista que podem ajudar a nao destruir mas a preservar.
Palavras tuas: "Já pensaste que tu podes ser a pessoa que mais contribui para a destruição das minas de carris no futuro..?" Ao dizer isto, disseste que este blogue foi o principal responsável pelo aconteceu ou acontece nos Carris. Não são palavras minhas e outras pessoas que já leram o que escreveste, disseram o mesmo. Não me venhas agora dizer o dito pelo não dito. Ou então pensa, pensa melhor antes de escrever o que escreves.
Mas não tenhas dúvidas que eu conheço as minas melhor do que tu ou de que muita gente. E é por ter esse conhecimento muito superior ao que tu tens que eu posso fundamentar tudo o que digo e não atirar para o ar as barbaridades que tu dizes sem ter o menor fundamento ou conhecimento de causa. Vens para aqui acusar os blogues de que são os principais responsáveis por muita das destruição, vandalismo e sujidade que se vê pelo PNPG quando tu própria tens um blogue onde divulgas o que de melhor tem a tua terra. Para quem tem telhados de vidro, atiras muitas pedras.
Se pareço ou não um dos habitantes do PN, isso a mim não me diz nada e dizer que considero as outras opiniões como «ignorantes» é muito pouco sensato da tua parte. Eu não considero as opiniões «ignorantes», agora não me venhas pedir para considerar opiniões não fundamentadas.
Se tivesses o cuidado de ler o relatório que foi feito pelo ICNB, IP relativamente às propostas que foram feitas no ambito da discussão pública do POPNPG, talvez não tivesses dito mais essa barbaridade porque mais uma vez falas sem conhecimento de causa sobre as propostas que eu possa ter dado para enriquecer o PNPG. Tu deste alguma? E já agora, depois de leres a proposta lê também a opinião do ICNB, IP talvez possas ficar um pouco surpreendida.
Eu disse que tu podes ser a pessoa que mais contribui para a destruição das minas no futuro, nao falei do passado, eu volto a mencionar FUTURO. Eu nao tenho duvidas que tu tenhas visitado as minas mais vezes que eu, mas eu nao conheço a serra atavés de gps nem identifico qualquer foto ou locais pouco visitados com coordenadas, até pq tu referes nomes que para os habitantes tem outra designação. Em relação á opinião do ICNB nao fiquei surpreendida, como também nao fico surpreendia com nada que venha do POPNPG, nunca nada foi cumprido nem da parte dos habitantes, nem da parte do PNPG.
Quando falas em "fundamentar" mais do que um "bela teoria" são os exemplos que vemos diariamente, tu preocupas-te com as taxas que tens a pagar é normal, achas que os habitantes se preocupam com as taxas que os visitantes vão pagar? Segundo estes até deviam pagar mais, mas claro que não te dizem a ti. Antes de tentarmos realizar alguma coisa devemos conhecer bem pessoas do PNPG e os seus verdadeiros objectivos. Um exemplo na caça, achas que os caçadores cumprem caçar o nº de animais que lhes está atribuído por dia? Se as leis não se cumprem por parte de alguns habitantes, se o PNPG nunca fez cumprir a lei. Então o que é que está errado no POPNPG com excepção do pagamento de taxas …. Quanto ao blog boa continuação… Cumprs Alice Lobo
Situadas na Serra do Gerês em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês, as Minas dos Carris encontram-se a uma altitude de 1440 metros e o complexo mineiro é composto por uma série de ruínas nas quais é possível se rever a história da exploração do volfrâmio em Portugal. Por se localizarem numa zona protegida, a sua visita requer sempre um especial cuidado com o frágil ambiente envolvente.
A reprodução dos textos, fotografias, vídeos ou outros elementos deste blogue não está autorizada sem uma declaração escrita do autor. Para qualquer autorização por favor contacte o autor. A cópia ou reprodução não autorizada é punida por lei.
A História das Minas dos Carris conta-se por palavras mas também por imagens. Este blog é um primeiro passo para tentar escrever a História das Minas dos Carris, História essa que todos nós podemos ajudar a escrever. Para tal peço a quem tiver registos fotográficos sobre as Minas dos Carris que me enviem as suas fotografias para assim ajudar a escrever uma parte da nossa História que ainda se mantém escondida. Todos os direitos serão reservados aos autores das fotografias que poderão ser utilizadas aqui neste blog ou em trabalhos posteriores.
Recomendações e boas práticas para o exercício de actividades
- Siga pelos trilhos e caminhos existentes; - Respeite os valores naturais e culturais do Parque: não danifique a flora nem colha amostras de plantas, líquenes, cogumelos, rochas e minerais; não recolha nem perturbe a fauna; - Não destrua o património cultural; - Evite barulhos e atitudes que perturbem o meio que o rodeia; - Respeite a sinalização existente e indicações dos funcionários do PNPG; - Respeite a propriedade privada e o modo de vida dos residentes; - Transporte consigo o seu lixo, até poder colocá-lo num contentor; - Acampe apenas nos locais autorizados; - Informe-se previamente dos locais e épocas em que poderá utilizar fogareiros; evite fumar na floresta e respeite a época em que é proibido fumar; - As actividades de montanhismo na Área de Ambiente Natural exigem licença, que deve ser solicitada nas Portas e outros Centros de Informação do Parque; - Comunique ao PNPG ou à GNR/SEPNA (linha SOS Ambiente: 808200520 ou www.gnr.pt) alguma infracção que presencie.
Cuidados:Algumas das actividades na natureza, como é o caso do pedestrianismo ou montanhismo, envolvem diversos riscos. É por isso importante agir com consciência, sobretudo quando o território é desconhecido ou quando não se domina a actividade. - Tenha sempre em consideração as previsões meteorológicas; evite actividades em dias em que se prevê a ocorrência de chuva, trovoadas e nevoeiros; - Evite ir sozinho para a montanha, mas se o fizer informe alguém. Quando regressar, comunique-lhe que terminou a actividade; - Utilize vestuário e calçado adequados e tenha presente que os imprevistos acontecem: previna-se com agasalhos, alimentos, água e um isqueiro. Leve também um telemóvel; - Tenha em consideração que em alguns locais existem poços de antigas explorações mineiras, pelo que não deverá sair dos trilhos e caminhos existentes; - Caso ocorra algum acidente contacte o serviço de emergência (112). Caso não seja possível o contacto telefónico, coloque a vítima em segurança e protegida do frio ou do sol e procure ajuda; - Caso se perca, e se tiver possibilidade de contacto telefónico, contacte o serviço de emergência (112). Mantenha a calma e seja o mais claro e preciso que puder nas indicações sobre o local onde se encontra; - Em caso de mordedura de víbora – o que só acontece se forem directamente molestadas – deve manter-se calmo (a mordedura de víbora raramente é fatal) e evitar movimentações desnecessárias. Se a parte mordida for um membro, como é frequente, este deve ser imobilizado e deve ser limpa a parte mordida. Deverá deslocar-se ao hospital mais próximo e contactar o Centro de Informação Antivenenos (808250143).
18 comentários:
Já pagas te ? :)
Já pensaste que tu podes ser a pessoa que mais contribui para a destruição das minas de carris no futuro..? a publicidade de locais onde nao existe um estrutura de propria turismo..?
Cara Alice,
Eu até te respondia, como tu não és capaz ou não queres perceber determinados aspectos nem me vou chatear a dar importância a um comentário claramente ofensivo e sem qualquer respeito por quem faz este trabalho e pelos leitores deste blogue.
Não é ofensivo e se pensares bem entendes.O futuro o dirá, as pessoas nao são todas iguais nem tem todas o mesmo o objectivo, quando vão visitar as Minas de Carris, para existir tal publicidade primeiro tem que existir uma estrutura de restauração ou melhor de preservação, se nao existe veremos o futuro
cumprs
É claramente ofensivo e escrito sem reflectir no estavas a escrever, pois se tu pensares um pouco e fizeres uma extrapolação para o resto da área do PNPG, e pela tua ordem de ideias, só se faria «turismo» nas Caldas do Gerês e nas aldeias do PNPG.
E repara: tu falas de estruturas de apoio ao turismo e agora falas-me em estruturas de restauração e preservação?!!?!? Mas afinal o que é que queres dizer? Tu queres um restaurante nos Carris ou uma delegação da APAI na preservar as ruínas?
Para ti só se deve caminhar onde exista um serviço de bar e restaurante? Isso excluí 90% do PNPG. Zonas como os Prados da Messe, Louriça, Curro da Velha, etc. não deveriam ser divulgadas porque não tinha apoio de... restauração.
É pá, já chega!
percebeste bem, que enganei-me queria dizer restruturação :) e tb entendes te o resto. Tu que gostas, suponho eu de Natureza, passeios ao ar livre, no verão quando vais ao PNPG o que é que tu vês? e o que vês durante o Inverno?
vamos ver o futuro das minas e depois, ja chega, tens razão ..
Pegando no que ficou aqui já dito, Acho que seria interessante uma tertúlia sobre o tema: "Que futuro para os Carris?" Fica o repto ... prometo alguma contribuição.
Numa primeira abordagem a resposta é (infelizmente) muito simples e clara. Nesta altura os edifícios das Minas dos Carris já tiveram o seu papel e agora nada se fará ali.
Propostas certamente que haveria muitas (abrigo de montanha, posto de apoio à visitação, trilho interpretado) no entanto nada se fará enquanto que: a) no PNPG se mantiver a postura de se ver o parque nacional como uma coutada de investigação; b) quem visita a zona continuar a ter a atitude maioritariamente típica de vandalizar e destruir.
A criação de um apoio só traria benefícios: 1) melhor preservação do local; 2) uma estrutura de estudo; 3) estrutura de apoio e regulamentação do espaço; 4) criação de um ou dois postos de trabalho.
No entanto, quem «manda» não percebe as coisas assim e a zona continuará esquecida e a degradar-se até que um dia alguém lá morra e os Carris serão notícia por um ou dois dias, voltando para o esquecimento de novo.
Esqueci-me... de qualquer das formas a tertúlia é uma boa ideia ;)
Eu até estou particularmente à vontade para falar sobre os carris porque quem me conhece sabe da minha relutância em passar no estradão do vale do homem. Principalmente sabe da minha relutância em descer o dito estradão em razão das dores e incómodo que me causa. Não sou portanto um entusiasta da “ida aos carris”. Não quer isto dizer que não adore a zona dos carris. E estou de acordo que seria um local excelente para instalar um ponto de interpretação da serra e um pequeno museu sobre as minas e sobre a história da mineração do volfránio.
Achar que a degradação dos carris possa ter alguma coisa a ver com este blogue é, digamos assim, uma ideia bizarra.
Bastava perceber a história da degradação das estruturas e a acumulação do lixo junto a elas, para perceber que é muito mais remota que este blogue. E este blogue tem feito a sua denúncia e promovido a sua limpeza. Ou seja, promove a sua preservação.
Tenho para mim que o mal das minas dos carris é facilidade relativa com que se chega lá cima. É verdade que são 9 kms a subir e depois 9 de inferno a descer, mas basta seguir o estradão. Não há qualquer margem de erro. E isso que faz com que pessoas sem qualquer preparação cheguem lá cima. Alguém que faça montanhismo, orientação ou pedestrianismo desenvolve uma consciência diferente relativamente aos espaços naturais. O problema são as pessoas não arriscariam subir aos Prados da Messe, mas conseguem ir às minas. É um troféu acessível. Sobem carregadas e depois optam por deixar lá em cima o lixo. Há histórias de grupos chegarem às minas com a geleira de picnic e eu já vi uma família entrar no estradão de carrinho de bebé. O que ouvi a quem empurrava o carrinho deixa-me sem dúvidas sobre o que aconteceu a este último grupo. Terão desistido pouco depois de terem passado por mim, mas a verdade é que alguém no grupo achou que era possível avançarem
Deveria ser assim? Claro que não.
O estradão do vale do Homem não devia ser o pesadelo que é e devia permitir uma subida e descida mais agradável (ainda que andar 9 kms num estradão em circunstância nenhuma me pareça muito agradável). E deveria ser aproveitado para promover a interpretação da fauna, da flora e principalmente da história geológica do vale. Chegados às minas deveria ser possível compreender não apenas a história das minas, mas todo o passado mineiro da serra do Gerês. A mineração permitem enquadrar uma parte importante da nossa história. Ainda há pouco tempo vi-me surpreendido numa zona nova da cidade de Braga com a designação de um edifício. Uma designação que remetia para o facto de um industrial bracarense ter sido um dos primeiros a puder tratar o minério de volfránio e dessa forma ter levantado uma indústria forte que chegou a ter a ambição de produzir automóveis.
A zona permitiria ainda interpretar toda a área elevada da serra. Um pequeno abrigo de montanha (só com o básico) permitiria uma melhor ordenação da visitação e teria certamente clientes. Teria ainda a vantagem de se conseguir travar os simples aventureiros.
Permitir a degradação actual é que não me parece nada de útil.
Eu referi o blogue (outras iniciativas) porque um blogue, uma publicidade, tem 2 efeitos um positivo mas pior ainda é o negativo . As pessoas quando vão ao carris ou a sombras não vão porque o blogue diz “ Não deitar lixo para o chão” isso é algo que está instituído em cada um de nós , mas que na realidade poucos o fazem , ninguém que deite fora um papel diz que o fez. Não tenho duvidas que as ruínas que restam vão ser vandalizadas e desaparecer. Até porque nos últimos anos houve um aumento explosivo de visitantes o que não se via alguns anos, tb não se via lixo ou ruínas vandalizadas. Um exemplo com outras proporções mas que no fundo retrata um pouco o efeito negativo das Imagens e publicidade a Amazónia onde inicialmente não existia ou e em alguns pontos ainda não existe uma estrutura organizada para o turismo, e foram construídos estradões que tiveram proporções negativas. Em relação ao estradão, se este fosse reconstruído possivelmente teríamos a Portagem PNPG1:) .
Dizer que quem visita os Carris ou as Sombras são os principais responsáveis pela degradação e vandalismo das instalações mineiras, é desconhecer propositadamente a história dos locais e não se dar ao trabalho de ler tudo aquilo que com este blogue foi possível descobrir.
A degradação dos Carris começa com os próprios habitantes das aldeias em torno do complexo mineiro a se apropriarem dos elementos de construção dos edifícios durante a segunda metade da década de 70. Aliás, o próprio guarda da mina tinha de se precaver contra o frio removendo os barrotes de madeira do que restava dos telhados.
As Minas dos Carris sempre foram ponto de visita ao longo dos anos (mais uma vez basta ler o blogue e ver as fotografias do princípio dos anos 80 que aqui foram colocadas). É óbvio que com o passar dos anos e com uma consciencialização ambiental crescente, as pessoas vão procurando um maior contacto com a Natureza. Por isso, é normal que nos últimos 10 ou 15 anos se tenha assistido a um aumento de visitas na serra.
Na primeira iniciativa que eu organizei na limpeza dos Carris (e foi muito antes dos blogues terem surgido) nos anos 90, recolhemos dezenas e dezenas de sacos do lixo, e este lixo não era só lixo que lá estava há meses... estava lá há anos. Por isso dizer que o lixo só lá apareceu há sete ou oito anos é mais uma vez ser ignorante no que se fala.
O estradão para os Carris foi reconstruído nos anos 90. Talvez se recordem, ou não, que a primeira tentativa de introdução de uma portagem paga na Mata de Albergaria ocorreu nos anos 90 e ninguém se foi lembrar de «portajar» o estradão para os Carris. Aliás, a reparação do estradão para os Carris nunca seria de forma a permitir a circulação dos carros ligeiros.
Temos pontos de vista diferentes, nunca disse que a tua investigação e interesse pessoal pelas minas é totalmente negativo mas tu só queres ver os pontos positivos, seja sobre as minas seja sobre o PO, isto nao se trata como tu dás a entender " eu conheço os carris melhor do que toda a gente e logo todas as opinioes são ignorantes" Tu ja pareces um daqueles habitantes que nao vê mais nada para alem da historia mas que nao vê outros pontos de vista que podem ajudar a nao destruir mas a preservar.
Palavras tuas: "Já pensaste que tu podes ser a pessoa que mais contribui para a destruição das minas de carris no futuro..?" Ao dizer isto, disseste que este blogue foi o principal responsável pelo aconteceu ou acontece nos Carris. Não são palavras minhas e outras pessoas que já leram o que escreveste, disseram o mesmo. Não me venhas agora dizer o dito pelo não dito. Ou então pensa, pensa melhor antes de escrever o que escreves.
Mas não tenhas dúvidas que eu conheço as minas melhor do que tu ou de que muita gente. E é por ter esse conhecimento muito superior ao que tu tens que eu posso fundamentar tudo o que digo e não atirar para o ar as barbaridades que tu dizes sem ter o menor fundamento ou conhecimento de causa. Vens para aqui acusar os blogues de que são os principais responsáveis por muita das destruição, vandalismo e sujidade que se vê pelo PNPG quando tu própria tens um blogue onde divulgas o que de melhor tem a tua terra. Para quem tem telhados de vidro, atiras muitas pedras.
Se pareço ou não um dos habitantes do PN, isso a mim não me diz nada e dizer que considero as outras opiniões como «ignorantes» é muito pouco sensato da tua parte. Eu não considero as opiniões «ignorantes», agora não me venhas pedir para considerar opiniões não fundamentadas.
Se tivesses o cuidado de ler o relatório que foi feito pelo ICNB, IP relativamente às propostas que foram feitas no ambito da discussão pública do POPNPG, talvez não tivesses dito mais essa barbaridade porque mais uma vez falas sem conhecimento de causa sobre as propostas que eu possa ter dado para enriquecer o PNPG. Tu deste alguma? E já agora, depois de leres a proposta lê também a opinião do ICNB, IP talvez possas ficar um pouco surpreendida.
Eu disse que tu podes ser a pessoa que mais contribui para a destruição das minas no futuro, nao falei do passado, eu volto a mencionar FUTURO. Eu nao tenho duvidas que tu tenhas visitado as minas mais vezes que eu, mas eu nao conheço a serra atavés de gps nem identifico qualquer foto ou locais pouco visitados com coordenadas, até pq tu referes nomes que para os habitantes tem outra designação. Em relação á opinião do ICNB nao fiquei surpreendida, como também nao fico surpreendia com nada que venha do POPNPG, nunca nada foi cumprido nem da parte dos habitantes, nem da parte do PNPG.
Quando falas em "fundamentar" mais do que um "bela teoria" são os exemplos que vemos diariamente, tu preocupas-te com as taxas que tens a pagar é normal, achas que os habitantes se preocupam com as taxas que os visitantes vão pagar? Segundo estes até deviam pagar mais, mas claro que não te dizem a ti. Antes de tentarmos realizar alguma coisa devemos conhecer bem pessoas do PNPG e os seus verdadeiros objectivos.
Um exemplo na caça, achas que os caçadores cumprem caçar o nº de animais que lhes está atribuído por dia? Se as leis não se cumprem por parte de alguns habitantes, se o PNPG nunca fez cumprir a lei. Então o que é que está errado no POPNPG com excepção do pagamento de taxas …. Quanto ao blog boa continuação…
Cumprs
Alice Lobo
Mais uma vez falas muito, mas não dizes absolutamente nada.
Esta conversa termina por aqui.
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