Castanheiro, 19 de Julho de 2009
Foi uma caminhada de mais de 31 km nas quais as paisagens de Torga pelas quais passeavamos nos faziam lembrar outros mundos na fantasia de Tolkien. Profundos vales, paredes escarpadas, um imenso verde e um imenso cinza granítico, por fim tudo sobre um infinito céu azul que nos recebeu em Xertelo já passavam das 8h30.
Facilmente atingimos o estradão que conduz para lá das Lagoas do Marinho, mas o nosso objectivo era o marco geodésico do Castanheiro (objectivo de uma outra actividade levada a cabo anteriormente). A chegada ao Castanheiro fez-se às 10h30 e depois de passarmos pelo Espigão da Lama de Pau e ao lado do Alto das Portas do Castanheiro. Após um descanso e do registo fotográfico de umas pequemas escombreiras que me haviam passado despercebidas a quando da minha primeira visita ao Castanheiro a 4 de Junho de 2007, decidimos transformar a caminhada num percurso circular em vez de regressarmos pelo mesmo caminho. Decidimos então rumar em direcção à Lamalonga seguindo pelo trilho que faz a cumeada sobre o vale da Ribeira das Negras. Ladeano a Matança, entramos na Lamalonga e iniciamos a ascenção até às Minas dos Carris onde acabamos por almoçar.
Para o regresso optamos por passar pela Lagoa do Marinho. Iniciamos então a marcha de regresso descendo pelo estradão que conduz às Minas dos Carris pelo Vale do Alto Homem até chegarmos ao ponto de água na Ponte das Abrótegas. Depois de abastecermos de água, seguimos em direcção às Lamas de Homem e depois pela Passagem de Maceiras descendo para o fantástico círco glaciar dos Cocões do Concelinho. Algumas fontes referem que aqui o gelo teve uma espessura de 150 metros. Após novo abastecimento de água prosseguimos em direcção ao Couce onde pudemos observar os denominados complexos morénicos do Vale da Ribeira do Couce e a paisagem agreste dos Chamiçais e da Terra Brava.
Chegados ao abrigo da Lagoa do Marinho tivemos a oportunidade de nos refrescar com a água fresca da sua fonte e observar como a ignorância de alguns poderia provocar um incêndio florestal quando alguns anónimos ocupantes do abrigo deixaram a fogueira no exterior a queimar o seu lixo, pondo-se em 'fuga' ainda antes da nossa chegada.
Após passarmos pelo abrigo chegamos finalmente ao comprimento e quase eterno estradão que nos levou de volta ao nosso ponto de partida na aldeia de Xertelo depois de passarmos pelas paisagens da Roca Alta, da parte traseira do Alto da Surreira do Meio Dia e das Lajes dos Infernos com muita gente a banhar-se nas água da Ribeira de Cabril junto do aproveitamente hidrográfico da EDP.
Foi uma actividade fantástica de mais de 10 horas pelas belas paisagens da mais bela montanha de Portugal.
Fotografias: © Rui C. Barbosa
1 comentário:
Olá Rui
Que grande aventura. Tenho pena de não ter podido participar. Essa zona do Xertelo e Lagoas do Marinho ainda não conheço... Quem sabe numa próxima...
Carlos
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