Carris, 16 de Junho de 2007
Aos poucos perdemos a nossa lembrança, a lembrança daquilo que fomos... do que conseguimos...
Deixamos morrer, esquecer o que nos tornou fortes... fomos definhando com o tempo há espera que a névoa se levantasse...
Ou então fazemos por omitir, escondemos a nossa História como que com o certo medo, um receio de que ela volte... se repita no rodar em torno da estrela...
Temos o dom de nos desprezar a nós próprios, deixamos o passado fugir...
Porque matámos a nossa memória, deixamos as ruínas ganhar...
Foi assim que fizemos nas montanhas quando voltamos as costas ao mar e prostramos o nosso olhar por terra...
...é assim que Carris está, fazemos por omitir... perdemos a sensibilidade do nosso lembrar...
Fotografia © Rui C. Barbosa
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