quinta-feira, 31 de julho de 2025

GR34 e GR50 afectadas pelos incêndios no PNPG

 


Em resultado do incêndio que lavra no Parque Nacional da Peneda-Gerês desde o dia 26 de Julho, os traçados da Grande Rota da Peneda-Gerês (GR50) que percorrem a Serra Amarela e o traçado da Grande Rota da Serra Amarela "Trilho da Serra Amarela" (GR34), terão sido severamente afectados, recomendando-se assim que se evitem percorrer estes percursos nos próximos tempos.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Uma facada nas costas do Parque Nacional... e de quem cá vive

 


No dia 30 de Julho, o vice-presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca, José Alfredo, disse que o incêndio que lavra desde a noite do dia 26 é "uma facada no coração" do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), único parque nacional do país.

Eu digo que o incêndio que lavra desde a noite do dia 26 é uma facada nas costas do Parque Nacional e de todos que nele vivem!

Abandonado pelos sucessivos governos, sem uma gestão eficaz, sem um diálogo eficaz entre tutela e populações, sem meios, com pouca vigilância, o PNPG é mais uma vez vítima de um grande incêndio que se inicia na mesma zona onde onde há três anos havia ocorrido situação semelhante.




É incompreensível que um incêndio florestal que se inicia no dia 20, possa atravessar toda a Serra Amarela e hoje (dia 31 de Julho) consegue chegar às encostas de VIlarinho da Furna! Num terreno onde o combate a pé é quase impossível, os meios aéreos escasseiam e tardaram em aparecer, pois segundo a Ministra da Administração Interna, é irrelevante saber o número de meios aéreos nos diferentes teatros de operações. A sua demição seria pouco! E recordemos que os bombeiros e sapadores podem ser super-homens, mas não são "homens super" e o combate em encostas escarpadas é um risco de vida que nao deve ser corrido.




No final vamos ter uma paisagem calcinada, desvalorizada, com a fauna e a flora afectada nos próximos anos e com uma população desolada e a sentir-se (ainda) mais abandonada. Virão os lamentos, pois - diga-se - que já chega de boas intenções e as mesmas conversas todos os anos.

Haja respeito por quem vive no Parque Nacional e que se demita quem tiver de se demitir.

Parem de gozar connosco! Sois uma vergonha! Uns inúteis e incompetentes! E para garantir a vossa segurança, por favor, não venham cá para fazerem os vossos discursos patéticos e paternalistas. A coisa pode correr mal.





































Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Dia Mundial do Vigilante da Naturza

 


Em mais um dia de catástrofe ambiental no Parque Nacional da Peneda-Gerês, não posso deixar de assinalar o Dia Mundial do Vigilante da Natureza.

Se o Parque Nacional da Peneda-Gerês tivesse um corpo de Vigilantes da Natureza cuja função fosse preservar 24 horas por dia o nosso único Parque Nacional, talvez a Peneda-Gerês não estivesse a passar pela agonia das imagens que todos já vimos.

Porém, com 17 elementos para uma área de cerca de 70.000 hectares e muitas vezes com funções de vigilância do comportamento de quem visita as lagoas e cascatas, o seu trabalho acaba por ser inglório na protecção do PNPG.

Dêem-se melhores condições de trabalho aos Vigilantes da Natureza e aumente-se o seu efectivo, e assim talvez estas situações não se repitam.

sábado, 26 de julho de 2025

Harzer Hexenstieg V (Trilho das Bruxas de Harz V) - Entre Rübeland e Treseburg

 


O Trilho das Bruxas de Harz ("Harzer Hexenstieg" no original em alemão) é um percurso pedestre de cerca de 100 km que decorre entre Osterode am Harz e Thale, na Alemanha, seguindo pelas montanhas de Harz e atingindo o seu ponto mais elevado no Monte Brocken.

O percurso foi projectado pela Associação de Transportes de Harz e pelo Clube de Harz Club, sendo parte de um sistema de percursos pedestres denominado "Harzer Wandernadel".

No nosso quinto dia no Harzer Hexenstieg, percorremos a etapa que liga Rübeland à pequena vila de Treseburg.

Deixando Rübeland, seguimos em direcção ao espaço Harzdrenalin - uma zona de recreio e desportos radicais que se encontra junto de uma barragem no Rio Bode. Aqui, atravessamos a Ponte Titan - supostamente a maior ponte suspensa da Europa - sobre o Vale Rappbode e com um comprimento de 458,5 m. Concluída na Primavera de 2017, esta elegante construção de cabos ancora-se com umas impressionantes 947 t de tensão nos penhascos de ardósia de ambos os lados do vale. Quatro cabos de suporte principais, cada um com 65 mm de diâmetro, formam a espinha dorsal da estrutura de 120 t. Dois cabos de estabilização mantêm a ponte em forma — e em posição durante ventos fortes. A passarela gradeada com 120 cm de largura é ladeada por um corrimão com 130 cm de altura e protegida por uma rede de aço inoxidável.




Deixando a ponte, seguimos através dos típicos bosques germânicos e prados até chegar engtrar num longo vale, iniciando a descida para Altenbrak, rodeada por montanhas verdes, prados e florestas magníficas. 

Com uma cordilheira baixa, um clima terapêutico e a sua localização na região turística do Vale do Bode, conhecida pelos seus inúmeros mitos e lendas, Altenbrak proporciona uma experiência de férias única. Aqui encontramos trilhos relaxantes, mas emocionantes, exercícios de spa e rotas de caminhada nórdica.




Passando Altenbrak, e seguindo por um velho caminho mineiro, chegaríamos a Treseburg, terminando mais um dia no Trilho das Bruxas de Harz.








Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)