Após a noite em Königshütte, esperávamos este dia por ser um dos troços mais curtos de todo o Harzer Hexenstieg. Porém, acabaria por se tornar na caminhada mais longa da nossa presença na Alemanha.
Deixando Königshütte seguimos em direcção às ruínas de Königsburg. Estas são as ruínas de um castelo medieval que surge pela primeira vez referido em 1312 como "castrum Königshof", quando o bispo Albrecht von Halberstadt comprou o castelo de Knappen Heinrich von Botvelde. Em 1324, há outra menção como "castrum Köningshof acqisivit". Somente em 1709 é descrito pela primeira vez como Königsburg. Nessa altura, já estava em ruínas.
Quando Paul Höfer realizou extensas escavações entre 1898 e 1901, presumiu ter descoberto o tão procurado palácio (Pfalz) de Bodfeld e produziu várias publicações sobre o mesmo.
Em 1931, Carl Schuchhardt sugeriu, através dos avanços na investigação dos solos, que tal estava incorreto e, pouco depois, tal foi confirmado por Paul Grimm, que conseguiu estabelecer que os achados, especialmente a cerâmica, não eram anteriores ao século XIII. Embora os resultados desta pesquisa da década de 1930 tenham sido consistentemente reconhecidos pela comunidade científica, Königshütte ainda hoje anuncia que Königsburg é o palácio de caça de Bodfeld e um dos locais históricos mais importantes do Harz.
O dia deveria levar-nos à represa de Talsperre Königshütte, porém, e devido a uma «pequena distracção» acabaríamos por seguir a "rota Sul" do Harzer Hexenstieg, adicionando mais 15 km aos 12 km inicialmente previstos.
O desvio levou-nos a percorrer as vastas florestas do Harz, cruzando inúmeros diques até conseguirmos chegar ao percurso inicial...
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
Sem comentários:
Enviar um comentário