Para preparar a travessia integral entre a Portela do Homem e Pitões das Júnias a ter lugar a 1 de Agosto com a Honovitours, fui rever e preparar parte do percurso aproveitando uma janela de oportunidade meteorológica com temperaturas não muito altas.
Esta caminhada marcou também os meus 1.000 km de montanha em 2020 num desafio a continuar até ao final do ano.
A passagem entre as Minas dos Carris e a aldeia de Pitões das Júnias é sempre um desafio aliciante para quem goste de percorrer as serranias do Gerês ou tenha a paixão pela caminhada em montanha. Não sendo um percurso muito longo, é desafiante mesmo utilizando os modernos instrumentos de orientação que muitas vezes nos levam por caminhos que vão desaparecendo da memória dos homens ou por caminhos que são traçados com ajuda do Google Earth no conforto do computador sem haver a mínima noção do que de facto existe no terreno. Partilhados com vaidade, estes traçados levam muitas vezes à ocorrência de situações não desejáveis para quem depois os utiliza, podendo mesmo depois conduzir a situações de resgate.
Assim, e apesar de conhecer o percurso, é sempre aconselhável fazer um reconhecimento na companhia de outra pessoa que nos poderá fornecer uma outra perspectiva do seu recorrido, e foi isso que aconteceu.
Na companhia do AM, saímos de Pitões das Júnias baixando para a Mata do Beredo em direcção ao Carvalhal do Teixo e Fojo de Pitões das Júnias, ladeando então a Fraga de S. João pela sua face Sul. De seguida, passamos perto de Currachã e entramos na vertente direita da Corga da Pala Nova que nos permite a passagem dos Cornos de Candela, abrindo o horizonte para as Biduiças. A certo ponto, fez-se um desvio para visitar o escondido Curral dos Cornos de Candela (?), apontando de seguida para a Corga de Candela e descendo então para o Curral de Biduiças com o seu característico abrigo pastoril. Daqui, seguiu-se para Entre Caminhos e encetamos a longa descida da Abelheira.
Apesar da ajuda da meteorologia, não deixou de ser um percurso penoso principalmente devido à falta de água nas nascentes e cursos de água usuais, o que implica uma precaução adicional o mesmo acontecendo em caso de dias mais quentes.
À passagem da Corga de Candela assinalei os 1.000 km de montanha em 2020! Obrigado a todos os que partilharam estes quilómetros comigo... Ainda temos muitos mais até ao final do ano!
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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