É usual muitas vezes ouvir as pessoas a queixarem-se de que o Parque Nacional da Peneda-Gerês tem um déficit de informação aos seus visitantes e que faltam estruturas de apoio.
Em parte concordo com esta visão. De facto, por vezes não se torna fácil encontrar a informação de que se necessita e muitas vezes a informação oral que é transmitida não é a correcta ou está incompleta, o que por si só pode levar a situações que podem terminar mal para quem visita o nosso único Parque Nacional. Por outro laso, o sítio institucional do Parque Nacional da Peneda-Gerês (e do ICNF no geral) é tão mau que nos perdemos numa miríade de ligações desnecessárias ou pouco úteis. No entanto, existem outros sítios na rede onde a informação está disponível com clareza para quem a quiser (de facto) encontrar.
Sendo uma região montanhosa, ela acarreta riscos para quem não a conhece (e mesmo para quem a conhece) e principalmente para quem a visita sem se preparar de forma conveniente ou achar que as roupas compradas na Decathlon são o suficiente para a grande aventura das suas vidas (o tal 'efeito Decathlon'!).
Em finais de 2018 muitos dos currais existentes na Serra do Gerês foram identificados com placas de localização para assim facilitar um possível resgate a quem possa ficar perdido na serra.
Recentemente, tive conhecimento de que o Parque Nacional está a renovar muitas das placas informativas existentes na sua área. Vejo isto como um esforço para precaver futuros incidentes para o visitante mais desprevenido, aquele que é capaz de perder horas para comprar um bilhete para um espectáculo, mas que já não é capaz de encontrar a informação que necessita. Este é um trabalho quase inglório pois veja-se o exemplo da placa que informa a Ribeira da Água da Adega que deve ser a placa que mais vezes é (re)colocada no seu lugar ou mesmo o exemplo (não institucional) do que aconteceu com a placa informativa relativa ao percurso que é percorrido no quilómetro vertical que percorre parte das curvas de S. Bento e que terá sido surripiada dias após ter sido colocada.
O mesmo acontece com algumas estruturas de apoio ao visitante (já para não falar do recorrente tema das Casas Florestais, uma verdadeira atitude - mais uma - de lesa pátria por parte da governação Cavaquista), como é o exemplo da fotografia em cima. Esta estrutura serve de abrigo temporário a quem percorre o Trilho da Águia do Sarilhão e nos últimos tempos tem servido de tela para pinturas de qualidade dúbia ou combustível para pequenas fogueiras.
O PNPG tem as costas grandes, mas há visitantes que mereciam uma poltrona pelas costas abaixo ou uma processionária no esfíncter...
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