No 41º aniversário do Parque Nacional da Peneda-Gerês, aquilo que o visitante vê ao percorrer as serranias da Peneda, do Soajo, da Amarela e do Gerês, é o resultado de uma pujante má gestão do território e de relações cultivadas ao longo do último século.
Herdeiro dos Serviços Florestais e metastaseado com atitudes que cavaram um profundo fosso entre a preservação e a realidade social, o Parque Nacional da Peneda-Gerês é um exemplo académico de um paradigma perdido. Assim, foi desperdiçada uma oportunidade de se criar um modelo a nível mundial para a conservação da Natureza e em seu lugar surgiu um monstro que mais do que tudo deixou a sua marca que se vai renovando ao longo dos anos em cada incêndio, em cada conflito, em cada ruína de um património perdido em nome de nada.
Ao fim de 41 anos de uma política desastrosa é-me difícil em tempo útil encontrar um sinal positivo que aqui possa utilizar para glorificar o trabalho feito.
Imaginado como um couto ambientalista fundamentalista, aqueles que contribuíram para a degradação do nosso único parque nacional irão continuar impunes, como seria de esperar, num Portugal que vê o próximo mês como uma agoniante espera por algo que o distraia de uma crise lodosa na qual se atolou por muitos anos.
Parabéns PNPG... ou o que sobra de ti...
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