quinta-feira, 2 de junho de 2011

Pedaços de história (I)

A 24 de Outubro de 1952 a Sociedade das Minas do Gerês solicita a junção ao processo da mina do Salto do Lobo das suas certidões de registo e matrícula na Conservatória da Comarca de Vieira do Minho, cumprindo assim o disposto na condição segundo indicada no alvará de concessão. A 27 de Outubro o requerimento é devolvido pelo facto de a assinatura não estar reconhecida. A 3 de Novembro o processo é novamente enviado pela sociedade, dando entrada na Repartição de Minas do Ministério da Economia a 4 de Novembro.
Os alvarás provisórios de várias concessões mineiras são enviados para a Sociedade das Minas do Gerez a 30 de Janeiro de 1953. Nestes alvarás encontram-se as seguintes concessões (alvará / concessão / designação): 4997 / 910-P / Lamalonga n.º 1; 4998 / 911-P / Lamalonga n.º 2; 4999 / 912-P / Lamalonga n.º 3; 5000 / 913-P / Pinhedo; 5001 / 914-P / Corga das Negras n.º 2; 5002 / 915-P / Cidadelhe; e 5003 / 916-P / Altar de Cabrões.
A 17 de Outubro de 1953 a Sociedade das Minas do Gerez envia um requerimento ao Engenheiro Chefe da Circunscrição Mineira do Norte no qual solicita o prosseguimento do licenciamento dos edifícios que são constantes dos requerimentos da Sociedade Mineira dos Castelos feitos a 1 de Março de 1944 (Casa de habitação para o Pessoal Superior da Mina, bloco de casas para casais, escritórios e cantina, enfermaria e balneário) e 23 de Maio de 1944 (dormitório, dois armazéns e camaratas). O requerimento da entrada na Direcção Geral de Minas (Circunscrição Mineira do Norte) a 17 de Outubro e na Repartição de Minas do Ministério da Economia a 22 de Outubro.
A Circunscrição Mineira do Norte informa a 20 de Outubro de que não existe qualquer impedimento para uma autorização superior à continuação da construção dos edifícios no Salto do Lobo. No entanto refere que “…se bem que alguns dos quartos tenham uma capacidade de apenas 20 m3 a circunstância de todos terem janelas para o exterior e destas construções ficarem localizadas numa região de baixas temperaturas e batidas pelos ventos, é de aceitar as dimensões existentes”, não fazendo reparo algum que impeça a sua aprovação. De notar que todas as construções já se encontravam em pé e a serem utilizadas nesta data, tal como faz referência a informação da Circunscrição, “…As construções são de alvenaria ordinária, algumas na totalidade, outras até ao primeiro pavimento e daqui em armação de madeira revestida a luzalite sendo o dormitório em blocos de betão, todas com cobertura de luzalite, e encontrando-se já construídas e a funcionar em boas condições de salubridade.” 

A aprovação dos edifícios ocorre a 20 de Outubro e a autorização superior é dada a 16 de Dezembro de 1953 pela Secção de Minas e Pedreiras do Conselho Superior de Minas e Serviços Geológicos. O despacho ministerial de aprovação é de 17 de Dezembro, mas datado de 15 de Janeiro de 1954 sendo publicado no Diário do Governo n.º 18 IIIª Série, de 22 de Janeiro de 1954. O projecto aprovado (triplicado) é devolvido à Sociedade das Minas do Gerês a 23 de Janeiro de 1954 (ofício 560/3/DG) e a recepção é feita a 26 de Janeiro de 1954, juntamente com a cópia do despacho ministerial.

Fotografia © José Rodrigues de Sousa / Rui C. Barbosa

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