Carris, 19 de Julho de 2007
...o pôr-do-sol é como um punhal, uma maldição.
As sombras que se projectam, eternas no granito frio da montanha...
Não desejamos a luz da manhã...
...vivemos eternos na penumbra da noite, como fantasmas num infinito vazio de estrelas...
Como uma maldição...
...eternamente presos numa realidade que não é a nossa...
O corpo estremece ao toque frio dos teus dedos...
...o aceno final quando partimos para lá dos vales... olhamos juntos para os cumes de gelo...
Tudo o que me fazes...
...talvez nada importe perante o teu sorriso.
...Negro como o metal frio que em volve, como uma realidade distorcida...
...porque não notas?
Imensamente, um abismo negro perante os meus pés...
...algo que me tire a dor. A recordação do beijo...
...o que percorre a minha pele?
Um murmúrio... um suspirar... fechas os olhos, ao eterno...
Lentamente deslizamos para a memória... um esquecimento eterno...
Fotografia: © Rui C. Barbosa
1 comentário:
Será que as respostas aparecem quando os anjos cantarem?
..Onde estará a porta que abrirá o caminho?
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