sábado, 27 de junho de 2009

...um infinito vazio de estrelas.

Carris, 19 de Julho de 2007

...o pôr-do-sol é como um punhal, uma maldição.
As sombras que se projectam, eternas no granito frio da montanha...
Não desejamos a luz da manhã...
...vivemos eternos na penumbra da noite, como fantasmas num infinito vazio de estrelas...

Como uma maldição...
...eternamente presos numa realidade que não é a nossa...
O corpo estremece ao toque frio dos teus dedos...
...o aceno final quando partimos para lá dos vales... olhamos juntos para os cumes de gelo...

Tudo o que me fazes...
...talvez nada importe perante o teu sorriso.
...Negro como o metal frio que em volve, como uma realidade distorcida...
...porque não notas?

Imensamente, um abismo negro perante os meus pés...
...algo que me tire a dor. A recordação do beijo...
...o que percorre a minha pele?
Um murmúrio... um suspirar... fechas os olhos, ao eterno...
Lentamente deslizamos para a memória... um esquecimento eterno...

Fotografia: © Rui C. Barbosa

1 comentário:

Manuela disse...

Será que as respostas aparecem quando os anjos cantarem?
..Onde estará a porta que abrirá o caminho?