sábado, 14 de setembro de 2024

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCXL) - O Cabeço do Cantarelo (II)

 


O magnífico Cabeço do Cantarelo ergue-se sobre o Vale do Alto Homem, Serra do Gerês.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Os dias que se acalmam

 


No Parque Nacional da Peneda-Gerês, com a chegada de Setembro, os dias acalmam-se.

As manhãs surgem frias, se bem que as tardes trazem memórias do Verão que se extingue e se agarra com 'unhas e dentes' aos calendários ajudado pelas previsões de dias quentes para a segunda quinzena.

Os espaços turísticos, aqueles que estão apinhados de gente, mas que ao ICNF não interessa regular, tornam-se mais calmos, mas os sinais do rebuliço vão ali permanecer até os ventos serem mais fortes, os caudais se avolumarem e a chuva ir empapando as memórias que ficam pelos recantos ou limpando as folhas cheias de pó na Estrada da Geira. Na Pedra Bela, o papel higiénico e os lenços amontoam-se nos recantos ou são espalhados como folhas pelo vento; no Arado, o rio tem um cheiro nauseabundo dos urinóis e outros que tais; no Poço Azul é a dança dos montinhos de pedras e das pontas de cigarro escondidas nas rochas; na Cascata de S. Miguel e no Rio Homem é o brilho da gordura dos protectores solares que mancha a água; pela Mata de Albergaria espalha-se o lixo, a vegetação partida e o óleo dos carros na estrada; junto a muitas fontes ou em acessos a zonas balneares são inúmeros os locais de defecação assinalados com o papel higiénico ou com lenços; em muitos locais no Parque Nacional fica a marca da falta de vigilância, da falta de civismo, da falta de respeito e conhecimento do local que se deveria proteger. 

A recente proposta por parte do ICNF sobre o Regulamento Geral para o Parque Nacional da Peneda-Gerês revela uma incrível incapacidade de «regular». É inacreditável como em cerca de 140 anos de convívio com as populações locais, o Estado nada aprendeu! Da mesma forma, após 13 anos de utilização de um Plano de Ordenamento baseado em premissas falsas e adaptado após interesses de uma Fundação falida com um contrato com o Estado, as mesmas pessoas também nada aprenderam.

Quando se avaliam pedidos de autorização sentados numa secretária, utilizando o Google Earth e sem o conhecimento do terreno, temos estes resultados. Quando o Estado tem funcionários em serviço que não conhecem o terreno sobre o qual decidem, temos estes resultados. Quando o Estado visita um Parque Nacional e nos aparece de fato e gravata, temos estes resultados. Quando o Estado demora demasiado tempo a decidir sobre indemnizações aos criadores de gado, temos estes resultados. Quando o Estado quer criar um couto proteccionista e extremista sem ter em conta várias dinâmicas que aqui ocorrem, temos estes resultados.

Em 2010 o Estado foi o culpado dos enormes incêndios que ocorreram na Serra do Gerês porque não quis escutar a população. Parece que vamos para o mesmo caminho; aprenderam absolutamente nada!

Estes são os dias que se acalmam. Em breve virão as chuvas e o frio vai fazer com que as lareiras se acendam, e as memórias de tudo isto diluem-se como a poeira nos dias ventosos. As revoltas do Facebook irão necessitar de mais movimentos do indicador e as obras na Fecha de Barjas irão prosseguir até que em 2025 a paisagem que conhecemos deixe de existir.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCXXXIX) - O Cabeço do Cantarelo (I)

 


O magnífico Cabeço do Cantarelo ergue-se sobre o Vale do Alto Homem, Serra do Gerês.


Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)


quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Junta de Freguesia de Cabril entrega material didático aos alunos

 


O executivo da Junta de Freguesia de Cabril fez a entrega de um kit de materiais aos alunos de Cabril que estudam nas escolas do concelho de Montalegre. 

Espera-se que todos os estudantes, professores, funcionários, pais e encarregados de educação se dediquem e deem valor aos ensinamentos e às atividades que a comunidade escolar irá oferecer ao longo deste novo ano letivo que hoje se inicia. 

"E, para aqueles que estão a começar ou que retornam: aproveitem para aprender, criar amizades, brincar e, acima de tudo... serem muito felizes."

Fotografias: Junta de Freguesia de Cabril

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCXXXVIII) - O Vale do Alto Homem visto desde o Cabeço do Cantarelo

 


O imenso Vale do Alto Homem visto desde o Cabeço do Cantarelo numa paisagem soberba da Serra do Gerês.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Os últimos dias da Vezeira

 


Os ventos sopram frios, na serra o chão cobre-se de quita-merendas e os teixos mostram as suas bagas vermelhas. O Outono está a dias de distância e os ciclos cumprem-se.

A Vezeira do Vilar da Veiga desceu das pastagens serranas para a Portela de Leonte no dia 8 de Setembro. A 15 de Setembro, os animais serão levados para o eido. Por seu lado, a Vezeira de Rio Caldo irá descer a 29 de Setembro; alguns animais ficarão ao feirio até os dias não ficarem demasiado invernosos. Noutras aldeias do Parque Nacional da Peneda-Gerês os rituais são semelhantes.

Os ciclos cumprem-se e o frio eventualmente chegará.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCXXXVII) - Abrigo pastoril do Curral de Bebedoiro

 


O abrigo (forno) pastoril do Curral de Bebedoiro, Serra do Gerês.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

terça-feira, 10 de setembro de 2024

Caminhadas do blogue Carris em Agosto de 2024

 


Em Agosto de 2024 percorri 310,7 km em caminhada de montanha, com um D+ 12.194 metros, totalizando 2.122,5 km e 88.327 metros D+ em 2024.

Estas foram as caminhadas do blogue Carris em Agosto de 2024:

Trilhos PNPG - Trilho Interpretativo de Lamas de Mouro

- Serra do Gerês - Da Pedra Bela ao Vale de Teixeira

- Serra do Gerês - Das caldas do Gerês ao Campo do Gerês pelo Curral de Gamil

368... Minas dos Carris e depois a volta

- Serra do Gerês - Do Campo do Campo por Monserra e Junceda

Outros trilhos - Caminho do Prado (PR1 CNF)

Entre S. Bento do Cando e a Sra. da Peneda, uma jornada pelos fraguedos silenciosos

Trilhos seculares - Aos Prados da Messe e Borrageiro pela Costa de Sabrosa

- Caminhada pela Mata de Albergaria

Outros trilhos - Nas Fraldas da Serra da Nogueira

Outros trilhos - Por Trilhos das Minas da Ribeira

Serra do Gerês - Do Arado ao Poço Azul e Arrocela

Serra Amarela - Caminhada ao Alto da Serra Amarela em dias de estio

- Serra do Gerês - Prados Caveiros e Prados da Messe

- Caminhada 'Memórias do Campo do Gerês'

Serra da Peneda - A primeira etapa da Grande Rota 50 e o Vale do Rio Laboreiro

Serra do Gerês - Da Portela de Leonte às Velas Brancas

Serra do Gerês - Em busca da Poça da Ana Teresa

369... Da Portela do Homem a Xertelo pelas Minas dos Carris

- Trilhos lá fora - Da Portela d'Home a Baltar e Ermida da Sra do Xurés

- Caminhada 'À volta da aldeia'

- Trilhos seculares - Os altos de Pitões das Júnias

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Visita guiada às Minas dos Carris

 


No dia 14 de Setembro de 2024, terá lugar uma visita guiada às Minas dos Carris, Serra do Gerês.

Mais informações aqui.

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCXXXVI) - Sinais de Outono

 


Um pouco por todo o Parque Nacional da Peneda-Gerês vão surgindo os sinais do Outono.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Inscrições abertas para a IIIª Reunião de Escaladores

 


O Clube Nacional de Montanhismo - Clube Alpino Português, anunciou a abertura das inscrições para a IIIª Reunião de Escaladores que terá lugar a 28 e 29 de Setembro de 2024, em Campo do Gerês - Terras de Bouro.

O evento terá mais de 2400 metros de vias que vão estar disponíveis para serem escaladas. 

Querem quiser participar já se pode inscrever preenchendo o questionário disponível através do link.

A inscrição é obrigatória para participar! 

Barragem de Paradela - Que futuro é este?

 


Um Parque Nacional que quer proibir o acesso a muitas das suas zonas com a imposição de um Regulamento Geral «sem pés nem cabeça» é o mesmo Parque Nacional que será adornado com painéis solares em duas suas suas albufeiras.

No dia 15 de Outubro de 2024, pelas 15h00, terá lugar uma Conversa Auto-organizada pela Associação Acendalha sobre o projecto solar flutuante e híbrido eólico de Paradela, na Casa do Povo de Paradela.

Os povos de Paradela, Outeiro e de outras aldeias não se podem deixar enganar com promessas de dinheiro fácil e de fantasiosa qualidade de vida que estas empresas prometem. O dinheiro não vale tudo!

Por uma Natureza Livre de painéis solares! Por uma paisagem natural! Por um Parque Nacional que seja Parque Nacional!

Pedras nos painéis!

Ousem Lutar! Ousem Vencer! Viva Força Popular!

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCXXXV) - Argiope bruennichi (II)

 


Em finais do Verão é usual surgirem as grandes teias da aranha-vespa que formam consideráveis colónias. No caso da fotografia, este belo exemplar foi fotografado na Serra da Peneda.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

domingo, 8 de setembro de 2024

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCXXXIV) - O Prado do Vidoal e o Outeiro Moço

 


A paisagem de final de Verão do Prado do Vidoal, Serra do Gerês, tendo o Outeiro Moço como pano de fundo.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

sábado, 7 de setembro de 2024

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCXXXIII) - Rio de Teixeira

 


O aspecto desolador do Rio de Teixeira, Serra do Gerês, nos dias finais do Verão.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

"Buscas por turista perdido em trilho em Arcos de Valdevez"

 


Notícia do jornal O Amarense para ler aqui.

O homem estaria integrado num grupo, mas acabou por sair do trilho e perder-se, na zona do Santuário da Peneda, o que desencadeou a operação de busca e resgate.

Aparentemente, o "turista" referido no título desta notícia, seria na realidade um homem integrado num grupo em peregrinação ao Santuário da Peneda.

Será o título inocente neste notícia? Sabe-se que nas últimas semanas o tema do pagamento dos resgates de montanha tem sido badalado pelos municípios do Parque Nacional da Peneda-Gerês após a ocorrência de dois «resgates mediáticos» na Serra da Peneda e na Serra de Soajo. Sabendo que muitos leitores apressados se ficam pelos títulos das notícias, a conclusão será óbvia.

O Amarense deveria repor a verdade e corrigir o título desta «notícia».

Fotografia: O Amarense

O "residente" no novo Regulamento de Gestão do Parque Nacional da Peneda-Gerês

 


Desde o alvor do Parque Nacional da Peneda-Gerês, que podemos deslocar para 1888 com a chegada dos Serviços Florestais à Serra do Gerês, que a relação entre os povos serranos e o Estado, na pessoa das diferentes instituições, sempre foi conflituosa.

Entre a posse administrativa por parte do Estado de vasta área da Serra do Gerês e a destruição de sementeiras e plantações por parte das populações, a relação foi-se amenizando com os passar dos anos num país atrasado e de «brandos costumes», tendo sempre presente a pesada mão do Estado.

Com a chegada do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) em 1970/1971, as relações voltaram a agonizar-se por entre uma conservação ambiental extremista e que nunca se interessou ou preocupou muito pelas necessidades das populações. Os conflitos foram surgindo aqui e ali, bem como os incêndios florestais, única arma das populações perante uma administração autista.

Há mais de 12 anos, o debate público sobre o actual Plano de Ordenamento (influenciado por um contrato nunca bem explicado entre o Estado Português e a falida Fundação PAN Parks), veio mostrar o imenso fosso existente entre o Parque Nacional e as populações, resultando em perdas lastimáveis devido à cegueira da gestão do PNPG. Todos se lembrarão dos grandes incêndios que iluminaram as noites de Verão na Serra do Gerês (que levaram até à evacuação de parte das Caldas do Gerês) e da criminosa actuação do poder central no combate ao incêndio na Serra Amarela que levou à luxuosa exibição (tarde demais) de novas e brilhantes viaturas na Portela do Homem.

Em toda a sua existência de 53 anos, a relação entre o PNPG e os residentes nunca foi fácil e parece que muita gente quer que assim continue.

Atente-se à definição de "residente" do PNPG (definição essa que poderá vir a ser lei)... No seu Artigo 6º (Definições), alínea o) é referido que "para efeitos do presente regulamento são adotadas, sempre que existam, as definições constantes dos diplomas legais aplicáveis em função da matéria e, ainda, as seguintes:... «Residente» - pessoa singular que habita no território do Parque Transfronteiriço Gerês-Xurés, constituído pelo Parque Nacional da Peneda-Gerês e pelo Parque Natural Baixa Limia - Serra do Xurés."

Note-se que em vários casos (Campo do Gerês, Lamas de Mouro, etc.), os limites do PNPG atravessam aldeias e lugares, onde parte da aldeia está dentro do PNPG e outra parte não, isto é, haverá pessoas que vivem nessas aldeias ou lugares que, à luz no novo Regulamento Geral, poderão ser legalmente considerados «residentes» ou «não residentes» vivendo na mesma aldeia ou lugar, ou mesmo vivendo em lados opostos da mesma rua.

A questão pode parecer menor, porém em termos legais, terá uma importância significativa, havendo habitantes de muitas aldeias (por exemplo, agricultores, criadores de gado, etc.) que têm os seus trabalhos ou propriedades dentro dos limites do PNPG, mas que assim deixam de ser considerados «residentes». O mais peculiar é que um cidadão espanhol residente dentro da área do Parque Natural Baixa Limia - Serra do Xurés será considerado residente, enquanto pessoas de nacionalidade portuguesa que dependem directamente do seu trabalho dentro da área do PNPG ou que residem em aldeias divididas pelo limite administrativo do nosso único Parque Nacional, não serão (por lei) considerados «residentes».

Estamos assim...

Fotografia © Nuno Sousa (Todos os direitos reservados)

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCXXXII) - O Vale do Alto Homem em final de Verão

 


O Vale do Alto Homem, Serra do Gerês, é aqui fotografado numa tarde de final de Verão, tendo como pano de fundo a Serra Amarela encimada pelas nuvens de fumo dos criminosos incêndios de Ermelo, Arcos de Valdevez, e Bande, Galiza.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

As alterações à visitação nas Áreas de Protecção Total (e outras) do Parque Nacional da Peneda-Gerês

 


A partir do dia 4 de Setembro de 2024, encontra-se em Consulta Pública o Regulamento de Gestão do Parque Nacional da Peneda-Gerês (bem como o Programa Especial do Parque Nacional da Peneda-Gerês).

Estes podem ser acedidos aqui.

O Regulamento de Gestão do Parque Nacional da Peneda-Gerês vem introduzir algumas alterações na visitação do nosso único Parque Nacional, nomeadamente em termos de cargas e, num ponto que não me parece inteiramente claro, nos percursos e trilhos pedestres em todo o território do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG).

Assim, na Subsecção II (Disposições Específicas Por Regime de Protecção), o novo Regulamento estabelece (no seu Ponto 2, alínea d)), que nas áreas do protecção total a actividade humana apenas é permitida "nos trilhos e condições identificados no presente regulamento."

Isto significa, logo à partida, que qualquer trilho que não esteja identificado no Regulamento de Gestão (como, por exemplo, o percurso ao longo da Encosta do Sol ou o percurso pela cumeada da margem esquerda do Vale do Homem), não é permitido o acesso a essas zonas. Nem é de perder tempo a pedir autorizações para esses percursos...

Nas áreas de protecção parcial, as restrições são menos restritas, mas sempre condicionadas às condições identificadas no regulamento.

Mas, de que forma são definidos os trilhos e condições identificados no regulamento? De facto, uma das questões que se colocava com o actual Plano de Ordenamento do Parque Nacional da Peneda-Gerês, era saber quais eram as cargas de visitação específicas para cada zona/área/ percurso. O 'futuro' Regulamento de Gestão pretende esclarecer essas dúvidas com essas defenições de cargas.

No seu Capítulo III (Atividades Turísticas e Desportivas), Secção II (Disposições Específicas), Artigo 49º (Visitação Pedestre), no seu Ponto 2, define:

Em áreas de proteção total a atividade de visitação ou passeio pedestre apenas pode ser realizada nos seguintes percursos e condições:

a) Percurso Portela do Homem – Carris, pelo vale do Homem, sujeita a autorização do ICNF, I.P. e limitada a uma carga máxima de 10 pessoas por grupo, guia incluído, quando organizada como atividade de animação turística, ou de 6 pessoas, quando realizada sem a intervenção de animadores turísticos, e a uma carga máxima diária de 3 animações turísticas e de 18 pessoas, quando desenquadradas de uma atividade de animação turística;

b) Percurso Prados da Messe, sujeita a autorização do ICNF, I.P. e limitada a uma carga máxima de 10 pessoas por grupo, guia incluído, quando organizada como atividade de animação turística, ou de 6 pessoas, quando realizada sem a intervenção de animadores turísticos, e a uma carga máxima diária de 3 animações turísticas e de 18 pessoas, quando desenquadradas de uma atividade de animação turística;

c) Percurso da Geira Romana, sujeita a autorização do ICNF, I.P. quando realizada por grupo com mais de 10 pessoas.

No seu Ponto 3, é definido o seguinte...

Em áreas de proteção parcial a atividade de visitação ou passeio pedestre depende de autorização do ICNF, I.P., quando realizada por grupo com mais de 10 pessoas, e apenas pode ser realizada nos trilhos, caminhos e estradas representados na cartografia constante do anexo I, nos termos do n.º 3 do artigo 46.º, e ainda nos seguintes percursos sinalizados quando localizados em áreas de proteção parcial:

a) Grande Rota Peneda-Gerês;

b) Travessia das Serras da Peneda e Soajo;

c) Trilho Interpretativo da Serra Amarela;

d) Percurso Castro Laboreiro – Lamas de Mouro;

e) Trilho do Megalitismo;

f) Percurso Lamas de Mouro – Dorna;

g) Trilho Curro da Velha;

h) Romeiros da Peneda, Rota de Sistelo;

i) Romeiros da Peneda, Rota dos Bicos;

j) Trilho da Peneda;

k) Trilho do Fojo da Cabrita;

l) Trilho de Rouças;

m) Trilho dos Currais;

n) Trilho da Águia do Sarilhão;

o) Trilho Interpretativo das Silhas dos Ursos;

p) Trilho da Preguiça;

q) Trilho do Sobreiral da Ermida do Gerês;

r) Trilho do Sobreiral da Ermida do Gerês (alternativo);

s) Trilho do Pão, Azeite e Miradouros de Fafião;

t) Trilho do Fojo da Portela da Fairra;

u) Trilho dos Poços Verdes do Sabroso;

v) Trilho do Pastoreio.

Uma nuance muito interessante e particularmente peculiar do Regulamento Geral, é a (futura) definição (por lei) dos percursos e trilhos pedestres permitidos de serem utilizados neste tipo de actividades. Assim, atentem ao mapa presente na página 50 da proposta do Regulamento Geral. Para o Instituto da Conservação na Natureza e das Florestas (ICNF), a «rede» de percursos pedestres existentes no PNPG resume-se aos que estão identificados naquele mapa e somente serão permitidas actividades de pedestrianismo através daqueles percursos.

Como é que o ICNF chegou a esta conclusão? Foi extremamente fácil! Nos últimos 12 anos, quando alguém pedia autorização para qualquer caminhada, o ICNF solicitava o envio do percurso em gpx ou kml. Através de um trabalho estatístico, o ICNF chegou à conclusão sobre os percursos mais utilizados, restringindo assim os muitos outros que existem no território do PNPG. Na verdade, nada que já não se estaria à espera!

Uma última palavra para a definição implícita de 'caminhada de animação turística' e 'caminhada em grupo informal'.

Quero fazer desde já uma declaração de intenção ao referir que o autor deste blogue e autor deste texto trabalha de forma profissional como animador turístico desde 2019 e que as minhas actividades profissionais no PNPG são do conhecimento geral e público. No entanto, quero referir que não concordo de todo com esta diferenciação. Não vejo em que sentido uma actividade comercial de animação turística com guia seja diferente ou tenha outro impacto diferente da presença de um grupo informal que respeite as mesmas regras de visitação de um empresa de animação turística. 

Este texto só é referente às actividades de visitação em pedestrianismo.

A Consulta Pública termina a 15 de Outubro de 2024 e é conveniente que todos tenham um papel fundamental em tornar este novo Regulamento Geral o mais abrangente possível para a visitação, sem descriminações.

Participem e enviem as vossas opiniões, reclamações, sugestões, seja o que for, para depois evitar terem de fazer «manifestações» envergonhadas em dias de chuva na Porta do Mezio...

Quaisquer comentários, correcções ou sugestões a este texto são bem-vindas.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCXXXI) - Homens de granito a caminho do Redondelo

 


As peculiares formas graníticas esculpidas pela passagem dos anos a caminho do Redondelo, Serra do Gerês.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Consulta Pública do Programa Especial do Parque Nacional da Peneda-Gerês e Regulamento de Gestão

 


No dia 4 de Setembro de 2024, entrou em Consulta Pública o Programa Especial do Parque Nacional da Peneda-Gerês e Regulamento de Gestão.

Esta consulta pública está aberta a todos os que queiram participar e contribuir com sugestões ou alterações ao Programa Especial e Regulamento de Gestão do Parque Nacional da Peneda-Gerês.

O Programa Especial do Parque Nacional da Peneda-Gerês vem substituir o articulado no Plano de Ordenamento do Parque Nacional da Peneda-Gerês.

A Consulta Pública e participação pode ser feita aqui.

A Consulta está aberta até 15 de Outubro de 2024.

Participem! Depois não se queixem.

terça-feira, 3 de setembro de 2024

"Jovem turista alemã gravemente ferida em lagoa na serra do Gerês"

 


Notícia do jornal O Minho para ler aqui.

Uma jovem turista alemã ficou gravemente ferida, a meio da tarde desta terça-feira, na Lagoa do Teixo, do Parque Nacional da Peneda-Gerês, em Cabril, Montalegre, distrito de Vila Real, tendo sido transportada de emergência para o Hospital Central de Braga.

Fotografia: Joaquim Gomes / O MINHO

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCXXX) - Fraga de Bruzaleite

 


Uma perspectiva da enigmática Fraga de Bruzaleite, Serra do Gerês, pelas alturas de Pitões das Júnias.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Paisagens da Peneda-Gerês (MDCXXIX) - O Covelo

 


O Covelo visto a caminho do Redondelo, Serra do Gerês, tendo como pano de fundo a Serra Amarela.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

"Bombeiros de Salto resgatam casal perdido na serra do Gerês"

 


Notícia d'O Minho para ler aqui.

Os Bombeiros de Salto regataram na noite deste domingo um casal perdido na serra do Gerês, em Cabril, Montalegre, tendo um ‘drone’ sido decisivo para a rapidez da localização do casal, a seguir auxiliado no regresso através de caminhos de “pé-posto”.

Fotografia: DR

domingo, 1 de setembro de 2024