O velho elevador da Mina do Salto do Lobo, Minas dos Carris, Serra do Gerês.
Segundo Virgílio Murta, o poço mestre, obra de seu orgulho, foi “proposta, projectada e dirigida por mim e executada num tempo recorde, pois foi atacada simultaneamente em todos os pisos já existentes. Foi o primeiro poço em Portugal a usar máquinas do mesmo tipo dos elevadores de edifícios, e não guinchos, como é usual. A jaula que descia vazia servia de contra-peso da que subia carregada. A porta de aço com aspecto de cruzeta era aberta pela jaula que chegava e fechada quando descia, garantindo a segurança do pessoal.” A jaula do elevador estava equipada com um sistema de amortecimento na parte superior constituído por uma série de molas. O funcionamento do elevador era exactamente como um elevador de edifício de apartamentos quando comandado do interior. Se fosse comandado das estações de carga e descarga, era o guincheiro do piso superior, após receber o respectivo sinal, dado por toques de martelo numa chapa, que dirigia a operação . Para isso havia um código de toques, por exemplo, um toque, sobe minério, dois toques sobem martelos, etc. Por serem mecânicos, eram muito seguros. Os códigos usados eram indicados por círculos brancos pintados sobre tábuas pretas ao lado dos manobradores e dos guincheiros e variavam de mina para mina. As comunicações entre pisos eram efectuadas através de um sistema de tubagens, o «telefone», no qual se falava e escutava através dos tubos.
Segundo Virgílio Murta, o poço mestre, obra de seu orgulho, foi “proposta, projectada e dirigida por mim e executada num tempo recorde, pois foi atacada simultaneamente em todos os pisos já existentes. Foi o primeiro poço em Portugal a usar máquinas do mesmo tipo dos elevadores de edifícios, e não guinchos, como é usual. A jaula que descia vazia servia de contra-peso da que subia carregada. A porta de aço com aspecto de cruzeta era aberta pela jaula que chegava e fechada quando descia, garantindo a segurança do pessoal.” A jaula do elevador estava equipada com um sistema de amortecimento na parte superior constituído por uma série de molas. O funcionamento do elevador era exactamente como um elevador de edifício de apartamentos quando comandado do interior. Se fosse comandado das estações de carga e descarga, era o guincheiro do piso superior, após receber o respectivo sinal, dado por toques de martelo numa chapa, que dirigia a operação . Para isso havia um código de toques, por exemplo, um toque, sobe minério, dois toques sobem martelos, etc. Por serem mecânicos, eram muito seguros. Os códigos usados eram indicados por círculos brancos pintados sobre tábuas pretas ao lado dos manobradores e dos guincheiros e variavam de mina para mina. As comunicações entre pisos eram efectuadas através de um sistema de tubagens, o «telefone», no qual se falava e escutava através dos tubos.
Texto extraído do livro "Minas dos Carris - Histórias Mineiras na Serra do Gerês", Rui C. Barbosa - Dezembro de 2013
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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