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quinta-feira, 31 de março de 2022

Nova página Rui Barbosa - Hiking & Trekking

 


Com o objectivo de fornecer uma melhor informação sobre as actividades que irei realizar no futuro, decidi criar um sítio na Internet que seja independente das redes sociais e que permite um contacto mais personalizado com deseja ter um contacto mais directo com a Natureza e Montanha.

Assim, o principal meio de divulgação das actividades que organizo estará agora no endereço https://www.barbosa-trekking.pt/ que desde já convido a visitar.

Trilhos seculares - À Mata de Albergaria pelo Redondelo e Prado

 


A caminhada que, vencendo os declives da Fraga do Sarilhão e da Fraga de Cima, nos leva pelas encostas do Redondelo, oferece-nos uma magnífica paisagem sobre o inundado Vale do Rio Homem entre a Serra Amarela e a Serra do Gerês.

A imensidão dos espaços vai aumentando há medida que o espelho de água se afunda na paisagem e a montanha vai ganhando fôlego perante nós. Entrando no Covelo, a Serra Amarela diminui-se no domínio da paisagem, desaparecendo ao passar o colo que nos abre para o Prado. Aqui, o velho abrigo pastoril está agora mais engalanado com as árvores «recentemente» plantadas que, num futuro longínquo para lá da escala dos homens, trarão a sombra que irá refrescar os corpos nos quentes dias do estio.


Caminhando na dureza do granito, segue-se na direcção do "farol da serra", o Pé de Cabril, que vai dominar as alturas durante alguns minutos. O Vale do Rio Gerês vai-se formando e ganha volume ao passar por Onde Cria a Pássara ao mesmo tempo que as paredes alcantiladas do ciclope se verticalizam num prumo obsceno. Aos pés do gigante atinge-se o ponto mais elevado da jornada, começando a descida para a Portela do Confurco ao aparecer no horizonte os recortes dos limites do Gerês com a Serra Amarela.

No velho portelo abaixo do Confurco surgem as memórias de Vilarinho da Furna alinhadas numa velha calçada portuguesa que vai resistindo à passagem dos anos. Chega-se ao velho caminho florestal e orienta-se na direcção da Mata de Albergaria onde se chega após 3 km de asfalto que rasga a mata por entre uma paisagem que se vai transmutando a cada dia, engalanando-se de Primavera.

Após uma paragem num canto recôndito perto do Curral de Albergaria, o caminho final pela Estrada da Geira e a chegada a casa.

Ficam algumas fotografias do dia...










Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Paisagens da Peneda-Gerês (MCCLI) - Pé de Cabril

 


Pé de Cabril, o 'farol da serra', ergue-se sempre majestoso e imponente na agreste paisagem geresiana. 

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Trilhos seculares - Ao Alto do Borrageiro

 


A caminhada até ao Alto do Borrageiro, Serra do Gerês, é uma boa opção para um percurso para uma manhã e para quem queira ter uma boa experiência de montanha sem percorrer grandes distâncias.

Saindo da Portela de Leonte e tomando o velho carreiro da vezeira que segue a Este, vamos subir até ao Prado do Vidoal passando pela Chã de Carvalho. No Vidoal, seguimos na direcção da grande mariola e o Outeiro Moço onde se segue um carreiro que nos leva ao Colo da Preza que nos permite uma magnífica paisagem sobre o Vale de Teixeira.

Na Preza, vamos continuar a subir para Este seguindo as mariolas que nos marcam o caminho para a Chã da Fonte e daqui até perto da Fonte da Borrageirinha. Esta indica-nos o caminho a seguir para quem quiser visitar o Arco do Borrageiro, uma formação granítica peculiar que nos mostra a forma como as rochas se moldam com o efeito dos agentes erosivos.

Um pouco antes do Arco do Borrageiro encontramos novas mariolas que nos levarão ao Alto do Borrageiro com o seu decrépito marco geodésico e a velha antena de comunicações.






















Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Trilhos seculares - Mata de Palheiros

 


Contígua à Mata de Albergaria, Serra do Gerês, a Mata de Palheiros é um bosque climácico dominado pelo carvalho-alvarinho, mas onde surge também o carvalho-negral bem como outras espécies características dos carvalhais galaico-portugueses que constituíam a vegetação primitiva da grande parte do Noroeste português.

A sua importância é atestada pela classificação como reserva biogenética pelo Conselho da Europa em 1988. Embora existam outras manchas de carvalhal importantes no Parque Nacional da Peneda-Gerês – tais como em Castro Laboreiro, Mata do Cabril, Beredo e Rio Mau – a Mata de Albergaria/Palheiros distingue-se pela sua extensão e por ser única em Portugal, uma dos mais bem conservadas da Península Ibérica. Ocupa uma área de 1.371,3 ha na serra do Gerês, ao longo do vale do rio Homem e dos seus pequenos afluentes.


Nos tempos dos Serviços Florestais, a Mata de Palheiros era «guardada» por uma casa florestal da qual apenas restam pedras amontoadas após um incêndio que a destruiu em principios dos anos 70 e posterior demolição possivelmente já nos anos 80. Local ermo, isolado e pedido nas profundezas de um bosque, foi cenário de histórias bizarras e possivelmente local de reunião da contra-revolução que no quente Verão de 75 tentava fazer voltar Portugal para uma idade das trevas das quais ficaram sombras que hoje nos assombram.

Com o afogamento de Vilarinho da Furna, aquelas paragens ficaram ainda mais sozinhas e a Natureza veio reclamar a posse do que é seu por direito. Hoje, é uma importante área de reserva e preservação do Parque Nacional da Peneda-Gerês, estando integrada numa zona de protecção total.
























































Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)