Talvez um dos troços mais fascinantes da GR 50 Grande Rota da Peneda-Gerês, a ligação entre o santuário da Sra. da Peneda e o Mezio leva-nos por bosques seculares, paisagens ribeirinhas de rios de montanha, a percorrer os velhos caminhos romeiros e de ligação entre aldeias, e por paisagens de uma ruralidade que persiste na Serra da Peneda e na Serra de Soajo. Ninguém deveria visitar o Parque Nacional da Peneda-Gerês sem percorrer estas paisagens e este troço pode bem ser a imagem de marca da GR 50!
A Grande Rota da Peneda-Gerês 'GR 50' (1) em breve irá se transformar no "percurso principal para a visita" ao nosso único Parque Nacional. O percurso liga a fronteira da Ameijoeira, em Castro Laboreiro, a Tourém, nas terras transmontanas, transpondo as quatro serranias que constituem o Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG).
Aqui o percurso entre Ameijoeira e a Sr.a da Peneda.
Aqui o percurso entre Mezio e Soajo.
Aqui o percurso entre Soajo e Lindoso.
Aqui o percurso entre Germil e Campo do Gerês.
Aqui o percurso entre Campo do Gerês e Caldas do Gerês.
Aqui o percurso entre as Caldas do Gerês e Fafião.
Aqui o percurso entre Fafião e Xertelo.
Aqui o percurso entre Xertelo e Paradela do Rio.
Aqui o percurso entre Paradela do Rio e Pitões das Júnias.
Iniciamos o percurso onde havia terminado a minha primeira incursão na GR 50, a Sra. da Peneda. A rota faz-nos atravessar a aldeia em direcção ao lugar de Baleiral à margem do Rio da Peneda. Com a manhã fresca e húmida, a paisagem tinge-se dos tons cinza da névoa que vai cobrindo as ladeiras e socalcos que perfazem a serra num rendilhado de campos agrícolas ora abandonados, ora recém tratados.
Por entre bosques e bosquetes, vai-se descendo para o Rio Pomba e depois inicia-se uma subida de mais de 400 metros que nos levará por Tibo e terminará na encosta sobranceira ao Miradouro de Tibo. À medida que vamos subindo a paisagem afunda-se atrás de nós, abrindo-se para o Vale do Rio da Peneda e para os belos socalcos de Rouças. Mais acima, o aglomerado de casas da Gavieira surge-nos confortavelmente encaixado nas vertentes serranas. Estas paisagens vão ficar para trás quando entramos nos domínios dos vales vertentes do Rio Lima e nos aproximamos de Adrão. Com as serranias do Soajo a flectirem os músculos à nossa direita, a vista expande-se para lá do Lima, levando-nos às cumeadas da Amarela e do Gerês ainda adornadas de cachecóis de lã que se vão dissipando à medida que as horas contam na manhã.
Passando a Capela do Senhor da Paz deixamos Adrão para trás e chegamos à Branda de Bordença com o seu magnifico quadro bucólico. O caminho segue então em direcção a Ínsuas, que ladeamos, e entramos no Caminho Entre Outeiros, numa subida que nos levará a passar junto da abandonada Casa Florestal de Entre Outeiros.
A Grande Rota vai-nos depois levar por pastagens de montanha antes de finalmente entrarmos na Mata do Mezio à margem do Ribeiro de Mosqueiros que nos conduz ao final deste troço junto da Porta do PNPG.
Algumas imagens do dia...
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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