No dia 30 de Julho, o vice-presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca, José Alfredo, disse que o incêndio que lavra desde a noite do dia 26 é "uma facada no coração" do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), único parque nacional do país.
Eu digo que o incêndio que lavra desde a noite do dia 26 é uma facada nas costas do Parque Nacional e de todos que nele vivem!
Abandonado pelos sucessivos governos, sem uma gestão eficaz, sem um diálogo eficaz entre tutela e populações, sem meios, com pouca vigilância, o PNPG é mais uma vez vítima de um grande incêndio que se inicia na mesma zona onde onde há três anos havia ocorrido situação semelhante.
É incompreensível que um incêndio florestal que se inicia no dia 20, possa atravessar toda a Serra Amarela e hoje (dia 31 de Julho) consegue chegar às encostas de VIlarinho da Furna! Num terreno onde o combate a pé é quase impossível, os meios aéreos escasseiam e tardaram em aparecer, pois segundo a Ministra da Administração Interna, é irrelevante saber o número de meios aéreos nos diferentes teatros de operações. A sua demição seria pouco! E recordemos que os bombeiros e sapadores podem ser super-homens, mas não são "homens super" e o combate em encostas escarpadas é um risco de vida que nao deve ser corrido.
No final vamos ter uma paisagem calcinada, desvalorizada, com a fauna e a flora afectada nos próximos anos e com uma população desolada e a sentir-se (ainda) mais abandonada. Virão os lamentos, pois - diga-se - que já chega de boas intenções e as mesmas conversas todos os anos.
Haja respeito por quem vive no Parque Nacional e que se demita quem tiver de se demitir.
Parem de gozar connosco! Sois uma vergonha! Uns inúteis e incompetentes! E para garantir a vossa segurança, por favor, não venham cá para fazerem os vossos discursos patéticos e paternalistas. A coisa pode correr mal.
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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