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domingo, 29 de junho de 2008

Calor e uma semana de pausa

Carris, 11 de Fevereiro de 1986

Vencido por uma noite quente e de muito calor, decidi adiar a minha próxima ida às Minas dos Carris para dias mais amenos.

Entretanto este blogue vai de férias por uma semana só devendo ser novamente actualizado a 7 de Julho.

Para refrescar ficam umas fotografias de Carris em Fevereiro de 1986.
Fotografias: © Miguel Campos Costa / Rui C. Barbosa

sábado, 28 de junho de 2008

Catalogar

Carris, 26 de Abril de 2008

No dia 29 de Junho vou novamente a Carris. Vamos tentar continuar o trabalho de catalogação dos abrigos rústicos existentes na área.

Espera-nos um dia quente com temperaturas a rondar os 33ºC e um índice de UV Alto (7). O vento irá soprar de NE a 11 km/h com rajadas a 22 km/h. A probabilidade de ocorrência de trovoadas é de 1%.

Fotografia: © Miguel Campos Costa / Rui C. Barbosa

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Carris, princípio dos anos 80

Carris, anos 80

A imagem que ilustra esta entrada no blogue é um documento histórico com um grande valor para a História das Minas dos Carris.

Nela podemos ver em primeiro plano o edifício da secretaria, cantina e de recepção do minério. Ao seu lado esquerdo (para quem olha no ecrã) vemos o pequeno edifício que servia de oficina nos tempos de actividade mineira. A meio da fotografia estão os edifícios de habitação e ao seu lado direito a base de alvenaria que serviu de apoio para a casa do pessoal superior da mina. Contígua a esta base encontra-se uma pequena arrecadação e a garagem. Atrás é visível a cozinha da casa do pessoal superior da mina e ao seu lado direito os antigos balneários.

Como é visível todos os edifícios tinham telhado e as janelas estavam intactas no início dos anos 80 quando o complexo ainda era guardado e vigiado.

Fotografia: © Miguel Campos Costa / Rui C. Barbosa

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Velhos mapas (III)

Carris, anos 70

Este mapa faz parte de um prospecto em francês editado nos anos 70. A zona que nos mostra é sobejamente conhecida de todos. No entanto, interessante neste mapa é o facto de a estrada para a zona dos Carris estar representada como uma estrada florestal transitável o que nos leva a deduzir que a zona teria um interesse relevante para os visitantes do Parque Nacional da Peneda-Gerês.

Ainda no mesmo prospecto surge a seguinte frase: "Le bons chemins du périmètre forestier permettent aujoud'hui au touriste de parcourir en automobile une grande partie de la "serra" en passant par les sites ler plus dignes de visite. Il est recommandé à ceux qui faute de temps veulent voir le plus de choses possible en un jour (mauvaise besogne!) de commencer par la Pedra Bela et le Pnt de l'Arado puis de continuer par Leonte, Carris (1.507 m) Portela do Homem, Albergaria, Ponte Feia, Bouça da Mó, Cruzeiro de S. João do Campo, Junceda et Calcedónia."

Sobre Carris é dito o seguinte: "A Carris point culminant de la "serra" dans un paysage aux immenses horizons, on découvre les restes d'une récente exploitation de mines de wolfram."

Assim, questiono como foi possível e quem são os culpados por ser ter perdido um potencial desta natureza? Quem não foi capaz de conciliar estes dois importantes aspectos da preservação da Natureza num estado quase bruto e selvagem, e a possibilidade de se criar pontos de visita de interesse no alto da Serra do Gerês? Porque se deixou chegar a um estado em que se teve de proibir (e como se gosta de proibir neste país!!!) para preservar?

Fotografias: © Rui C. Barbosa

terça-feira, 24 de junho de 2008

A chave da cozinha das Minas dos Carris

Carris, 1 de Junho de 2008

É uma realidade, é difícil encontrar artefactos de interesse nas Minas dos Carris. Já procurei por quase todos os cantos, buracos nas paredes, restos de tectos, debaixo de pedras, por entre ressequidos tijolos e nada... não há nenhuma descoberta fantástica que possa constar dos anais arqueológicos nacionais. Tirando uma fechadura misteriosa e o resto de uma pá ferrugenta (a lendária "pá do Serrinha") o meu espólio sobre as Minas dos Carris resume-se a papéis e mais papéis, e uns milhares de fotografias...

Mais recentemente recebi algo que veio valorizar a minha parca colecção de artefactos dos Carris. No fundo, é algo que pensei jamais existir mas que foi religiosamente guardado pelo Miguel Campos Costa e que ele decidiu ficar para mim. Já aqui referi que nunca tive a oportunidade de conviver de perto com o Miguel, se bem que a nossa ligação àquele local é muito forte e foi através do tema "Minas dos Carris" que acabamos por nos conhecer. O Miguel deixou-me ficar muita informação sobre as Minas dos Carris, mas o objecto a que eu dou mais valor é a chave que abria a fechadura da porta da cozinha que servia a cantina pequena das Minas dos Carris.
Fica o meu agradecimento eterno ao Miguel. Sei que sempre que for a Carris estarei perto dele e estarei atento aos seus conselhos. Fizemos a homenagem devida ao Miguel e gostava que o lugar onde essa homenagem se encontra fosse agora conhecido como "Varanda do Miguel".

Fotografia: © Rui C. Barbosa

Para uma história do vandalismo em Carris...

Carris, 2 de Janeiro de 1985

Tentar contar a história do vandalismo em Carris é algo de muito complicado por razões que são óbvias. Confesso que tirando vários casos mais recentes que quase testemunhei (quanto mais não seja pelas minhas idas mensais ao local), não me posso referir a nenhum em particular.

Para enquadrar a curta nota que irei referir mais adiante, deixem-me referenciar que em 1984 o último guarda das Minas dos Carris ainda se encontrava de corpo e alma no local. No entanto, o Serrinha, alcunha pela qual era conhecido entre as pessoas mais chegadas, dividia a sua pacata vida entre as Minas dos Carris e as Minas das Sombras com umas descidas ocasionais a Lobios ou às Caldas do Gerês para comprar mantimentos. Nas suas permanências nas Sombras, as Minas dos Carris ficavam assim à mercê dos (talvez) raros visitantes. Os últimos dias do ano de 1984 as Minas dos Carris estavam sem guarda. O Serrinha deslocara-se provavelmente para as Sombras e é nesta altura que um grupo chega aos picos mais altos do Gerês. O que esse grupo fez nos Carris ficar-lhes-ia na consciência e deverá hoje ser estupidamente lembrado como um grande feito na Serra do Gerês... devem ser tão valentes como os últimos a enfrentar um touro enfraquecido e moribundo....

No dia 31 de Dezembro de 1984 chegaram duas pessoas a Carris. Cansados após a longa e penosa caminhada pelo Vale do Alto Homem, procuraram as chaves das casas no local que lhes havia sido indicado. Ali estavam elas, escondidas em baixo de uma pedra. Dirigiram-se às casas... nenhuma das chaves abriam as portas pois as fechaduras tinham sido vandalizadas pelos valentes. Só conseguiram abrir uma das portas e felizmente era a que daria para uma pequena sala com uma lareira onde acabariam por passar a noite. Repararam também que uma das janelas de um dos quartos de uma das casas ainda habitáveis estava partida. O vento, a chuva e a neve entravam na casa...

...assim foi acelerada a destruição das casas em Carris.

Fotografia: © Miguel Campos Costa / Rui C. Barbosa

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Velhos mapas (II)

Carris, 8 de Maio de 1971

Esta é uma parte de um velho mapa do Parque Nacional da Peneda-Gerês (talvez o primeiro mapa do parque nacional) no qual surge representada a velha estrada florestal para os Carris que são mesmo assinalados pelo desenho de uma casa rústica. Nos mapas actuais do parque nacional, este é um caminho quase esquecido (de propósito?) afastando assim os visitantes daquela zona.

No antigo mapa estavam representadas algumas distâncias dentro do parque nacional numa secção informativa de passeios para montanhistas ou cavaleiros, a salientar: Gerês - Abrótegas - Altar de Cabrões - Gerês... 38,5 km; Gerês - Carris... 21,5 km.
Ainda nos textos que acompanhavam o mapa estão aconselhadas algumas panorâmicas que os visitantes do parque nacional não deveriam deixar de visitar: Borrageira e Altar de Cabrões...

...como os tempos mudam...

Fotografias: © Rui C. Barbosa

Outros lugares de Carris (LVI)

Carris, 30 de Agosto de 1999

Entrada para a antiga cantina pequena das Minas dos Carris contígua ao escritório e ao local de recepção do minério. Serviu ao longo de muitos anos de residência ao último guarda das minas. Abandonada, caiu nas mãos dos vandalos. Foi-se degradando, tal como o resto dos edifícios, e servindo de abrigo aos garranos que por ali deambulam. Nos nossos dias, até já nem para isso serve...

Fotografia: © Rui C. Barbosa

Notas históricas (XXXVI)

Carris, 8 de Dezembro de 1983

(Esta entrada no blogue é baseada nos escritos de Miguel Campos Costa).

O Miguel passou muitos dias, semanas nas Minas dos Carris. O seu amor pela Serra do Gerês é impar e felizmente deixou-nos muitas das suas memórias escritas em pequenos cadernos. Muitas dessas memórias são apontamentos pessoais que não cabem no escopo deste blogue, outras porém fazem o relato de dias passados.

Nas suas estadias em Carris o Miguel conviveu de perto com o último guarda das minas, o Sr. Domingos (Serrinha). Em Dezembro de 1983 o Dr. Domingos contou-lhe que "...nos 18 anos que já passou em Carris nunca viu tanta neve como no Inverno passado (82 / 83). Disse-nos ele ininterruptamente desde o dia 17 de Abril até ao dia 21 de Maio de 1983. Disse também que a neve tapou as casas em Carris (andava-se em cima dos fios do telefone e ele tinha de cavar um buraco e passar pela parte de cima junto do tecto (...)) e que em fins de Junho ainda havia neve em Carris. Diz ele que esteve para morrer pois tentou ir para as Sombras e enterrou-se até aos ombros e que nunca tinha visto nada assim."

Fazendo lembrar o grande nevão de Fevereiro / Março de 1955 no final do qual foi organizada uma expedição de socorro para resgatar os mineiros de Carris, este relato é impressionante e é um exemplo da vida difícil que as Minas de Carris proporcionava já após muitos anos de inactividade.

Fotografia: © Miguel Campos Costa / Rui C. Barbosa

domingo, 22 de junho de 2008

Panorâmica do Modorno

Carris, 11 de Fevereiro de 1986

Nos primeiros dias deste Verão que esperamos seja condescendente com as nossas florestas, deixo-vos aqui uma panorâmica de um Inverno passado. É uma maneira de olhar que só um homem sensível como o autor da fotografia era capaz de ter... Uma panorâmica do Modorno no Inverno de

Fotografia: © Miguel Campos Costa / Rui C. Barbosa

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Outros lugares de Carris (LV)

Carris, 1 de Abril de 2007

Carris antes da chegada da neve...

Fotografia: © José Afonso Duarte

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Carris em tons de cinza...

Carris, 11 de Janeiro de 2003

As Minas dos Carris após dias de neve e em tons de cinza...

Fotografia: © Miguel Grilo

terça-feira, 17 de junho de 2008

Notas históricas (XXXV)

Carris, 25 de Fevereiro de 1943

A história dos primeiros anos de exploração mineira na zona de Carris mostra-nos um «combate» intenso pela posse das concessões mineiras registadas a partir de Junho de 1941. Estas disputas só terminaram em Setembro de 1943 quando os detentores dos diferentes registos mineiros cederam as suas concessões à Sociedade Mineira dos Castelos, Lda.

Com sede no Porto, a Sociedade Mineira dos Castelos poderia certamente fazer parte das muitas sociedades mineiras alemãs que naqueles anos conturbados da Segunda Guerra Mundial exploravam muitas minas no território nacional.

No fundo, a cedência das concessões à Sociedade Mineira dos Castelos vem terminar com as disputas que impediam a exploração do volfrâmio na zona dos Carris e do Salto do Lobo, abrindo assim a porta para a exploração em massa dos filões aí existentes.

A 23 de Fevereiro de 1943 tem lugar na cidade do Porto uma reunião na qual os detentores do registo mineiro 318 (José Maria de Freitas, António Barroso, Domingos Lopes, Domingos Gonçalves Pereira e Adriano Ferreira Fontes) cedem todos os seus direitos a António Augusto Gomes. A cedência de direitos é feita em troca de 80 contos... De salientar que os detentores do registo 318 haviam dado entrada na Câmara Municipal de Montalegre com o pedido de concessão a 20 de Setembro de 1944.

Por outro lado, a 25 de Fevereiro tem lugar uma outra reunião na cidade do Porto na qual António Augusto Gomes cede os direitos de concessão a Hans Carl Walter Thobe, sócio-gerente da Sociedade Mineira dos Castelos. Da mesma forma a cedência de direitos é feita em troca de 80 contos, podendo-se assim pensar que António Augusto Gomes teria sido um mero intermediário na troca efectuada.

Neste dia tem também lugar uma outra reunião na qual a sociedade Domingos da Silva Lda. cede todos os direitos do registo mineiro 303 a Hans Carl Walter Thobe (a cedência é feita ao preço de 95 contos). Não deixa de ser interessante o facto de nos documentos que atestam esta cedência o nome de António Augusto Gomes surgir como sócio-gerente e em representação da firma Domingos da Silva Lda., facto que não aconteceu a 23 de Fevereiro quando se levou a cabo a cedência do registo 318 e que poderia ter posto em causa essa cedência.

Fotografia: © Rui C. Barbosa

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Escuteiros, Carris e o Parque Nacional da Peneda-Gerês

Carris, 1 de Junho de 2008

Há alguns meses atrás tive a oportunidade de expor aqui um acto de vandalismo praticado nas ruínas das Minas dos Carris por um grupo de pessoas que se diziam pertencer a um movimento escutista nacional, nomeadamente ao Corpo Nacional de Escutas, movimento do qual faço parte desde 1982. Digo "que se diziam pertencer" porque não vi naquelas imagens aquilo a que nós podemos chamar de "Escuteiros". Não, também não me interessa a verdadeira definição de "Escuteiro", sim essa que está a pensar procurar no dicionário para depois me contrapor... Isso não adianta até porque estes comentários são moderados e obviamente que só aqui entram aqueles que eu quero! Tenho dito!

Neste momento o CNE... (não é a Comissão Nacional de Eleições!) só é a maior associação de jovens a nível nacional. Sendo uma associação que tem como um dos seus objectivos a protecção "...das plantas e dos animais" (apesar de haver escuteiros que gostem e apoiem as touradas, mas isso é outra estória) o CNE é um pólo potencial para, juntamente com outras associações de protecção da natureza (onde para este caso incluo grupos de montanhismo e afins), poder colaborar com o Parque Nacional da Peneda-Gerês para a sua protecção e preservação.

No entanto, deixem-me contar aqui algumas situações que no passado me fizeram pensar (sim, porque ainda perco tempo a fazer essa coisa que rareia neste país). Há vários anos iniciei uma série de Campos de Trabalho no parque nacional. Esses campos de trabalho, denominados "Projecto Escutista de Vigilância Florestal do Parque Nacional da Peneda-Gerês" (só pelo nome já merecia uma condecoração!), tinham como objectivo auxiliar o parque nacional nos meses de Verão a combater a verdadeira praga do campismo selvagem, das merendas fora dos locais a elas destinadas e dos fogos florestais. O parque nacional dava-nos um grande apoio logístico e durante 31 dias sentíamo-nos como os verdadeiros "Guardiões do Templo" como na altura o Jornal de Notícias (sim, esse jornal que apoia as touradas... lhéc!) nos chamou. No entanto pude constatar a opinião que muitas pessoas dentro da área do parque nacional (e mesmo a maioria dos funcionários do parque nacional no terreno) tinha sobre os escuteiros... no fundo, eram aqueles quase arruaceiros que só faziam asneiras, destruíam as casas de abrigo, acampavam fora dos locais autorizados e a sua conduta não era uma conduta... de escuteiros. Bom, obviamente que este era só um dos lados da moeda! Havia quem não gostasse pura e simplesmente dos escuteiros e então quando surgiu um projecto de apoio à vigilância florestal, fomos quase um alvo a abater.

Com o passar das semanas de trabalho em campo essas opiniões foram-se alterando (ok, há sempre os velhos do Restelo... mas sobre esses não vou gastar as molas deste teclado...) e a opinião no final era de que os escuteiros podiam ser uma força (de trabalho) útil no parque nacional.

Claro que há escuteiros e escuteiros... Há aqueles que colaboram, ajudam e deixam o mundo um pouco melhor... Há aqueles que só a sua presença é um mero factor de distúrbio. Basta em Carris procurar um pouco e vemos as marcas nas paredes desses valorosos escuteiros...

Fotografia: © Rui C. Barbosa

domingo, 15 de junho de 2008

Outros lugares de Carris (LIV)

Carris, 12 de Abril de 1995

...uma longa escombreira na Lamalonga.

Fotografia: © Rui C. Barbosa

sábado, 14 de junho de 2008

Notas históricas (XXXIV)

Carris, anos 60

Fazendo parte da Sociedade das Minas do Gerês, Lda., a empresa britânica Mason and Barry, Ltd informa 2 de Setembro de 1962 que não pode continuar a pagar os salários e outros encargos com a exploração mineira. Na carta que é enviada ao governo (mas que por engano é endereçada ao Banco de Fomento), o major P. Cross Brown, representante da empresa que se desloca a Portugal, refere que o Director Geral da Direcção-Geral de Minas e Serviços Geológicos lhe havia solicitado para não proceder ao encerramento da mina.

Luís Aníbal Teixeira Sá Fernandes comunica por escrito a 21 de Dezembro de 1965 a desistência do cargo de Director Técnico devido à falta de pagamento do seu salário desde Junho de 1963, num total de 15500$00. Um novo Director Técnico (Eng. Virgílio de Brito Murta) é proposto a 12 de Janeiro de 1966, sendo aprovado por despacho ministerial a 8 de Fevereiro de 1966.

A 15 de Novembro de 1968 o Tribunal do Trabalho de Braga solicita à Direcção Geral de Minas e Serviços Geológicos – Secretaria de Estado da Industria, informações sobre as concessões registadas em nome da sociedade mineira e sua localização. A resposta é dada a 29 de Novembro de 1968.

O processo de penhora da Sociedade das Minas do Gerês, Lda., inicia-se a 9 de Dezembro de 1968.A 6 de Novembro de 1970 é proposto um novo Director Técnico (Eng. Rodrigo Viana Correa) cuja nomeação é aprovada a 3 de Dezembro de 1970 com publicação a 22 de Dezembro do Diário do Governo.

Fotografia: © José Rodrigues de Sousa

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Fauna (III)

Carris, 1 de Junho de 2008

Cores metálicas num gigantesco mundo em tamanho pequeno...

Fotografias: © Jorge Cardoso

terça-feira, 10 de junho de 2008

Outros lugares de Carris (LIII)

Carris, 1 de Junho de 2008

Uma homenagem a Portugal, como um mar na montanha...

Fotografia: © Jorge Cardoso

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Um outro olhar... (VII)

Carris, 1 de Junho de 2008

Um outro olhar sobre as Minas dos Carris pela objectiva de Jorge Cardoso.

Fotografias: © Jorge Cardoso

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Notas históricas (XXXIII)

Carris, anos 50

A concessão definitiva da Mina da Corga das Negras é solicitada a 11 de Fevereiro de 1948 por uma Comissão Liquidatária da Sociedade Mineira dos Castelos que fora nomeada pelo Ministério da Economia.

O alvará da Corga das Negras I é enviado para a Sociedade Mineira dos Castelos a 24 de Fevereiro de 1948 e recebidos a 27 de Fevereiro. Juntamente com o alvará da Corga das Negras I são também enviados os alvarás das concessões da Lomba do Viso, Gralheiros, Escouva, Alto das Tentieiras, Alto do Rosso e Cabeça do Homem n.º 1.

A 31 de Outubro de 1950 a Sociedade Mineira dos Castelos solicita novamente a concessão definitiva da Corga das Negras I.

Um relatório de reconhecimento datado de 20 de Novembro de 1951 conclui que o jazigo da Corga das Negras I tem valor comercial para ser definitivamente concessionado. Na mesma data é feito um auto de demarcação que é posteriormente publicado no Diário do Governo n.º 298, IIIª Série, de 20 de Dezembro de 1952 (alvará de concessão n.º 4992). A 25 de Julho de 1950 a Comissão Liquidatária da Sociedade Mineira dos Castelos solicita a autorização para proceder à transmissão da concessão da Corga das Negras I para a Sociedade das Minas do Gerês, Lda. a quem foi vendida (nesta data a venda esta ainda sujeita à aprovação governamental). Nesta mesma data, a Sociedade das Minas do Gerês aceita a transmissão da concessão provisória da Corga das Negras I. A concessão foi vendida pelo valor de 1407$00 a 25 de Junho de 1950.

Fotografia: © José Rodrigues de Sousa

Vista do Modorno e Abrótegas

Carris, 1 de Junho de 2008

Por muito que se olhe, por muito tempo que se vislumbre a paisagem... locais que nunca se esquecem e que fazem despontar a vontade de, mais uma vez, lá voltar...

Fotografias: © Rui C. Barbosa

terça-feira, 3 de junho de 2008

Subindo para Carris, cores de Primavera

Carris, 1 de Junho de 2008

Capaz de proporcionar contrastes de cores únicos, o Vale do Alto Homem brinda-nos nestes dias com uma paleta de cores como só a Serra do Gerês é capaz de oferecer. Subindo para as Minas dos Carris com as cores da Primavera...
Fotografias: © Rui C. Barbosa

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Eternamente na montanha...

Carris, 1 de Junho de 2008


Para todo o sempre, junto do céu...


Fotografia: © Rui C. Barbosa

Outros lugares de Carris que já não existem destruídos pela estupidez do Homem

Carris, 1 de Junho de 2008

Antes de mais digo-vos que pensei por várias vezes antes de utilizar este título para esta entrada no blogue, mas depois de reflectir sobre a fotografia acima e comparando-a com a fotografia em baixo, não existem outras palavras que melhor possam ilustrar o que levou Carris à situação em que actualmente está. O problema é que passado todo este tempo, numa sociedade que se quer mais civilizada e mais 'social' este tipo de situações continuam a acontecer.

Na nossa pequenez somos muito pobres de espírito, consumimos os enlatados que os reflexos nos cabos nos dão todos os dias na televisão e iludimo-nos com manchas de vermelho em fundo durante semanas até que a realidade no caia em cima numa ressaca de oito anos que insiste em se manter disfarçada com a mentira de quem nos governa ou pretende governar.

"Ai!! Portugal, Portugal... do que é que estás à espera...?!!"

Fotografias: © Rui C. Barbosa

domingo, 1 de junho de 2008

120!

Carris, 1 de Junho de 2008

Novo regresso a Carris no dia onde os deuses do tempo nos brindaram com um dia singular... Uma caminhada através dos 9 km do Vale do Alto Homem já engalanado com as cores da Primavera, mas quase sempre com um céu cinzento proporcionando um lindo contraste. Como é usual a paisagem do vale ajuda sempre a superar a dificuldade de ter de se caminhar por um caminho que se mantém um martírio para as botas.

No total a caminhada demorou aproximadamente 3 horas e após um breve descanso continuei a preparar os próximos trabalhos de registo e catalogação dos abrigos de montanha que deverão ter lugar ainda este mês.

Em comparação com a minha última presença nos Carris as ruínas mantêm-se inalteradas e não vi qualquer alteração significativa relacionada com vandalismo. O principal problema que continua a afectar aquela zona é a enorme quantidade de lixo que marca todos os locais por onde passamos: ao longo do caminho e nas ruínas (principalmente na antiga fossa e junto dos locais onde as pessoas costumam descansar após chegar a Carris).
Fotografias: © Rui C. Barbosa