Carris: 330... Minas dos Carris e Lamalonga

Neste dia propus-me a descer até à imensa Lamalonga depois de subir o Vale do Alto Homem e passar pelas Minas dos Carris.

Para uma descrição detalhada da caminhada pelo Vale do Alto Homem, recomendo a leitura de "329... Minas dos Carris pelo Vale do Alto Homem".

Após passar pelos edifícios em ruínas e de abastecer de água, segui em direcção à Lavaria Nova. Aqui, segui pela estrada que existia ao lado do edifício e que nos leva à parte inferior. Tinha a ideia de tentar procurar uma descida que me permitisse chegar ao interior da Corga de Lamalonga sem andar a trepar pela ruína, mas após uma breve inspecção, não consegui encontrar qualquer passagem em segurança.

Seguindo então pela velha ruína, lá atingi o carreiro que desce a corga e em pouco tempo já me encontrava no silêncio da Lamalonga com os seus solitários currais. Fui percorrendo as margens da ribeira à medida que ia recolhendo objectos perdidos e me aproximava do último curral situado «por baixo» da Sesta de Lamalonga. Vacas e cavalos iam pastando sossegadamente pelas planuras, espantados com a visão de um ser estranho que por ali caminhava. O dia estava ameno e felizmente o calor não era implacável.

Após visitar uma larga eira que se encontra no fundo da Lamalonga, segui em direcção ao Curral das Cadeiras já fora de Lamalonga e após passar o Barroco de Trás da Pala. O carreiro levar-me-ia eventualmente a passar perto de Maceiras e depois na direcção dos Cocões do Couçolinho (Cocões do Concelinho), onde fiz uma paragem mais prolongada para o almoço. Aqui, tive finalmente, mas à distância, a visão das cabras selvagens que percorriam os topos das vertentes alcantiladas sobranceiras aos Cocões do Couçolinho.

Seguindo então na direcção dos Currais de Lamas de Homem, passei pelo Quelhão. Nos Currais de Lamas de Homem reparei nos restos de uma velha e enigmática ruína possivelmente do tempo dos Serviços Florestais. A Serra do Gerês está ainda cheia de mistérios e segredos para serem encontrados!