Carris, 30 de Junho de 2013
...suavemente deslizando para os momentos onde a realidade se mistura com a fantasia dos sonhos, acabei por perder o surgir da Lua no horizonte. Quando dei por ela, já estava bem altaneira a passear pelas constelações e a linha a Este já estava bem marcada com o rubor da alva que ia surgindo aos poucos.
Mesmo com as festividades e a música da distante Pitões, o silêncio era quebrado também aqui e ali pelos sons da noite. Ao longe, a corça avisava o resto do grupo que as ruínas não estavam sós e com o passar das horas o típico som dos morcegos era substituindo pelo tímido chilrar matinal dos pássaros que saudavam a luz de um novo dia.
Ao longe, no horizonte, os tons iam-se sucedendo como na tela de um pintor indeciso. Num céu quase sem nuvens, restava a certeza da hora em que os raios de Sol brotavam da terra, se bem que o espectáculo começara muito antes. Todos os grandes picos de Pitões bem como a Nevosa, iam-se tornando cada vez mais parte da paisagem à medida que a luz ia inundando os contornos da montanha...
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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