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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Novidades sobre a Portaria 1245 - Posição provisória da FCMP

O Carlos Moreira, do N Aventuras, informou-me sobre a posição provisória da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP) em relação à Portaria 1245/2009, de 13 de Outubro, que transcrevo a seguir:

"O Decreto-Lei nº 142/2008, de 24 de Julho, na sequência da Lei nº 11/87, de 7 de Abril, e da Resolução do Conselho de Ministros nº 152/2001, de 11 de Outubro, cria a Rede Fundamental de Conservação da Natureza (RFCN) e estrutura o Sistema Nacional de Áreas Classificadas (SNAC). Do articulado do Decreto-Lei em causa destacamos o Artigo 43º, número 1 e alínea v. No entanto, alertamos para o facto de não ser de todo correcto analisar o conteúdo da alínea v sem que o mesmo seja devidamente enquadrado pelo que é dito no número 1: “Constitui contra-ordenação ambiental muito grave, punível nos termos da Lei nº 50/2006, de 29 de Agosto, a prática dos seguintes actos e actividades quando previstos como proibidos ou interditos nos diplomas que criam ou reclassificam áreas protegidas, nos respectivos diplomas regulamentares ou nos regulamentos dos planos de ordenamento de áreas protegidas.” Seguem-se, então, diversas alíneas de que destacamos a v: “A prática de actividades desportivas não motorizadas, designadamente mergulho, alpinismo, escalada ou montanhismo, e de actividades turísticas susceptíveis de deteriorarem os valores naturais da área”. Portanto, na verdade, na alínea v não “está claramente descrita a proibição das actividades de Alpinismo, Montanhismo ou Escalada”, conforme é referido no e-mail enviado por Ana M. Duarte. Essa proibição pode ocorrer apenas nos termos descritos no número 1. A questão que se deverá colocar, no nosso ponto de vista, é porque é que essas ctividades de ar livre (de que destacamos o alpinismo, a escalada e o montanhismo por serem desportos tutelados pela FCMP) podem ser enquadradas como actos considerados passíveis de contra-ordenação muito grave, a par de: escavações ou aterros, abertura de poços, furos e captações; modificação do coberto vegetal; instalação ou ampliação de depósitos de ferro-velho, de sucata, de veículos, de areia ou inertes ou de outros resíduos; abandono, depósito ou vazamento de entulhos ou sucatas ou quaisquer outros resíduos; depósito ou lançamento de águas residuais industriais ou domésticas na água, no solo ou no subsolo; etc.? Creio que aqui é que se localiza a pedra de toque do tema em discussão. No mínimo deve haver alguma confusão! Quais são os impactes ambientais associados à prática dessas actividades de ar livre que justifiquem um articulado do género daquele com que a alínea v nos brinda? Será igualmente de salientar que constitui contra-ordenação ambiental grave a prática não autorizada dos acto e actividades previstos no número 1 quando previstos como sujeitos a autorização ou parecer dos órgãos de gestão das áreas protegidas. E é precisamente aqui que nos defrontamos com a já famosa Portaria 1245/2009.

A Portaria nº 1245/2009, de 13 de Outubro, que "define as taxas devidas pelos actos e serviços prestados pelo Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB)", está a levantar uma enorme contestação no que concerne ao Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG) (mas aplica-se igualmente às outras áreas protegidas). Por exemplo, no tocante ao canyoning, cada vez que se queira descer um rio deve-se pedir autorização para tal e a mesma custará a módica quantia de 200 euros! Que diz canyoning pelas mesmas razões dirão alpinismo, montanhismo ou escalada… Que grande negócio, não é? E assim se descobre a pretensa galinha dos ovos de ouro para financiar uma área protegida!

Como tão bem ironizou Eça de Queirós, na obra A Cidade e as Serras, para fazer algo é necessário possuir meios: “(…), os quatro Elementos: o ar, a água, a terra e o dinheiro. Com estes quatro elementos, facilmente se faz uma grande lavoura.” Ora o PNPG é bastante rico em ar, água e terra, pelos vistos só falta mesmo é o dinheiro para poderem fazer a sua “lavoura”. E depois ainda se acha estranho que se pense que os "burocratas do ambiente" agem de má fé (ou em acto de desespero!) perante os praticantes de actividades de ar livre.

Segundo o Decreto-Lei nº 108/2009, de 15 de Maio, o licenciamento das actividades de animação turística passou a estar centralizado a nível nacional (num “balcão único”) e a aplicar-se exclusivamente a empresas. Até que enfim! Após vários anos a tentar-se demonstrar que colocar no mesmo saco empresas e associações era um erro crasso, como estabelecia o Decreto-Lei nº 204/2000, de 1 de Setembro, lá foi reconhecida essa evidência e substituída essa “pérola” da legislação pátria. Esse Decreto-Lei nº 204/2000 é, pasme-se (!), considerado “hoje desajustado da realidade”. Antes tarde do que nunca.

Mas regressemos ao que aqui nos traz. Se por um lado o Decreto-Lei 108/2009 acabou com a necessidade das associações se licenciarem, a Portaria nº 1245/2009 veio estabelecer uma “Tabela de taxas” para “Actividades associadas a turismo, visitação e desporto” cujo valor base é de 200 euros e cujo montante pode ascender aos 1000 euros. Se forem afectados meios humanos da Área Protegida acresce aos valores indicados mais 20 euros por cada hora de afectação. Ora daí não viria mal ao mundo caso os planos de ordenamento não considerassem a generalidade das actividades de ar livre sujeitas a autorização. Como é óbvio, as regras são diferentes para cada área protegida portanto vamos centrar-nos no caso concreto do PNPG, cujo Plano de Ordenamento esteve em discussão pública até ao dia de hoje.

Sem prejuízo dos diversos aspectos positivos do POPNPG (que também os tem), gostaria de salientar, para atalhar caminho, o cavalo de batalha dos praticantes de actividades de ar livre: as actividades sujeitas a autorização (Artigo 8º - Actividades Condicionadas). Segundo o ponto o) do Artigo 8º: “A prática de actividades desportivas e recreativas não motorizadas, designadamente alpinismo, escalada ou montanhismo, e de actividades turísticas susceptíveis de deteriorarem os valores naturais, nomeadamente quando integrem mais de 15 participantes, bem como a realização de eventos desportivos ou recreativos, excepto em equipamentos existentes, como campos de futebol, piscinas, centros hípicos ou pavilhões polidesportivos.” Portanto, conforme se pode depreender do acima exposto, a prática por exemplo de canyoning, porque é uma actividade desportiva não motorizada, estará sujeita a autorização.

Na verdade, a confusão que graça entre as actividades enquadradas em designações tão dispares (para não dizer “disparatadas”) quanto “turismo activo”, “turismo de aventura”, “turismo de natureza” e, até, “oferta de experiências” (ora esta!) não revela mais do que um upgrade do negócio que se tem vindo a estabelecer, nos últimos anos, em torno das áreas protegidas. As empresas pagarão agora o licenciamento num “balcão único” e as associações ou até grupos informais de amigos ou familiares passam a pagar, no mínimo, os tais 200 “euritos” por cada pedido de autorização. O melhor mesmo será instalar um parque aquático no PNPG (à semelhança de "campos de futebol, piscinas, centros hípicos ou pavilhões polidesportivos”) onde os praticantes possam praticar canyoning mais em conta e, sobretudo, de modo a que não se sintam coagidos a pagar uma taxa injusta ou, a não fazê-lo, se sintam uns fora da lei.

O que está em causa é o direito de praticar um desporto ao ar livre em liberdade, ou seja, sem ser coagido, perseguido, multado ou algo do género. Os desportistas estão fartos de, há anos a esta parte, assistirem a um agravamento da “paranóia” colectiva que se tem vindo a instalar paulatinamente nas mentes de muitos praticantes de actividades de ar livre no tocante ao clima persecutório que se tem vindo a implantar. E o pior é que não se trata de uma mania da perseguição, trata-se de uma lamentável realidade.

Praticar um desporto não é crime, é um direito e, mais, é um dever de cada um.

Não praticantes não defendem que tenham o direito de “andar” por onde e quando quiserem, muito menos numa área protegida cujos condicionalismos no que concerne à conservação da natureza, quando devidamente justificados, seriam os primeiros a acatar.

A gestão adequada de uma Área Protegida no que respeita à prática de actividades de ar livre passa por estudos sérios sobre a matéria: monitorização das actividades, estudos de impacte ambiental, determinação de capacidades de carga, etc. Não basta surgir com números mágicos, como quem tira um coelho da cartola, avançando com fictícias capacidades de carga.

Neste contexto, acho perfeitamente justificável que se tenha de solicitar autorização para efectuar uma determinada actividade numa área protegida, tal como acho perfeitamente “anormal” taxar tal autorização (sobretudo quando os montantes em causa são despropositados). Mais, acho perfeitamente justificável que existam áreas de “reserva integral”, zonas em que não se possa praticar certas actividades ou interdição durante determinados períodos do ano, mas tal deverá ser sustentado por estudos. De outra forma tal não será mais do que a aplicação prepotente de regras injustificadas e até, por vezes, manifestamente erradas. Se dúvidas existirem no tocante a conceitos ou erros crassos cometidos nestas matérias basta dar uma vista de olhos sobre a legislação publicada até à data. A título de exemplo, salientamos o mito das “marcas correspondentes às normas internacionais de sinalização de percursos pedestres”. Mito recorrente que surge na Portaria nº 53/2008, de 18 de Janeiro, entre outra legislação.

Na verdade, não existem marcas internacionais para a marcação de percursos pedestres (ponto). Acompanhar a evolução e a excessivamente morosa implementação do Programa Nacional de Turismo de Natureza, aplicável na Rede Nacional de Áreas Protegidas, desde 1998 até hoje, também constitui um exercício bastante esclarecedor...

Por último, não posso deixar de referir a estranheza e a perplexidade que determinadas tomadas de posição, face à prática de actividades de ar livre nas áreas protegidas, me têm suscitado, quando paralelamente assisto à proliferação de aerogeradores, pedreiras, vias de comunicação e outros "sinais de desenvolvimento” nessas mesmas áreas.

Pedro Cuiça

Lisboa, 2 de Dezembro de 2009"


Fotografia © Rui C. Barbosa

18 comentários:

  1. Até que enfim que a Federação de Campismo diz qualquer coisa, só é pena ser provisória e não dizer de uma vez por todas de que lado está! Igualmente, é triste uma posição federativa vir a público por via de um clube, pelo menos é um clube com reconhecido trabalho e com mérito.

    Um Aparte: Parabéns Carlos a ti ao N Aventuras por estarem nesta Luta que pertence a gente de montanha!

    Contudo fica aqui algo que convém relembrar:

    Leia-se na página 20 da Revista “Campismo” n.º 19, do ano 2008, propriedade da Federação Portuguesa de Campismo, o seguinte artigo: “Actividades em Áreas Protegidas - (…) informa que, sem prejuízo de outras autorizações ou licenças exigíveis por lei, as iniciativas ou projectos que se integrem nas modalidades de animação ambiental acima mencionadas, carecem de licença, titulada por documento a emitir pelo ICNB. Neste contexto, a Federação de Campismo e … de Portugal (FC...P) apela ás suas associadas que consultem a legislação e procedam de acordo com a mesma.” Talvez o Pedro Cuiça não se recorda do que escreveu!!!

    Bom! Sem Comentários!

    Emanuel de Oliveira

    Presidente do Clube Celtas do Minho

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  2. Emanuel,

    Eu sinceramente sinto me muito triste por não ter tido nenhuma resposta aos mails e pedidos de ajuda que ja enviei para a federação... Ontem resolvi enviar um ao Sr. Pedro Cuiça, até agora continuo sem resposta...Eu nao descuto nem clubes nem federações, so reclamo um direito de cidadão e peço ajuda a federação que pertenço... Fiquei muito feliz com a presença de um membro dos NAventura na secção de esclarecimente no Gerês e com a sua atitude... Mas quanto a Federação até agora nada...

    Sou federada na FCMP ficou muito triste por ainda não saber se posso contar com eles ou não...:(

    Saudações montanheiras
    Dorita Carronda

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  3. O que se arranja para fazer uma "guerrinha"??? QQ coisa serve para dizer mal, vamos colocar de parte as questões pessoais e avançar para outros campos, tais como a manifestação.
    Se forem ao Blog do EC/DC Portugal, podem ler a "http://ecdcportugal.blogspot.com/2009/11/saga-da-franga-dos-ovos-de-ouro.html" ou no Blog ILINX(http://canyonilinx.blogspot.com/), a posição e as ideias do Pedro Cuiça sobre este assunto! Pena é que só olhem e leiam dois ou três Blogs :))))
    Não estou a fazer de advogado, porque o Pedro não precisa.
    Pois Dorita, na sessão do dia 18, estavam 3 elementos da FCMP, sentados atrás de mim, por vezes não damos pelas pessoas, mas elas estão lá, não é amiga?
    Abraço

    Abraço

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  4. Caro Jorge,

    Tens toda a razão, este é o momento de nos unirmos... e olhem que as coisas não estão nada fáceis.

    Um abraço!

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  5. Jorge meu amigo:),

    Eu soube da presença deles e até falei com um ou varios nem todos se identificaram como tal... Vê os comentarios que deixei no blogue Rotas do Barroso...

    Mas que não respondem aos meus mails/pedidos... isso é um facto...
    Mas repito... naõ discuto clubes, nem federações... so direitos mesmo, e se ha aqui alguem que não entra em "guerrinhas" tu melhor do que ninguem sabes que sou pessoa de paz...

    No meu blogue menciono todo o tipo de ajuda que tenho vindo a receber... inclusive mail que recebi de agradecimento depois de aceder a tua lista de blogues a nivel de canyoning. Por isso eu não vejo "guerrinhas" so factos mesmo...

    Beijinho
    Dorita

    PS: e até sabado;)

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  6. Caro Jorge Nogueira,

    relativamente à FPC não retiro nada do que disse, pois contra factos não há argumentos e se pesarmos numa balança o que a FPC e a FPME têm feito e assumido pelas causas da Montanha, é notória a diferença, destacando-se obviamente a FPME!!!

    No entanto tens toda a razão é tempo para os clubes e montanheiros estarem unidos, manifestando com dignidade, transparência e frontalidade a sua posição contra estas e outras medidas que ponham em causa os direitos constitucionais.

    Agora só nos resta dizer:

    ATÉ SÁBADO!

    Emanuel de Oliveira

    Presidente do Clube Celtas do Minho

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  7. Amigos montanheiros revoltados :)

    Acho que não vale a pena falarmos do passado pois o que interessa de momento é estarmos unidos sobre esta causa.

    Emanuel, a FCMP irá publicar o seu parecer publicamente e já tem reunião agendada com o ICNB em Braga. A direcção da FCMP pediu para divulgar o parecer pois o N iniciou a Petição Publica e o Rui do Blog Carris a marcha protesto em Braga, sendo assim e para não perdermos tempo publicamos o parecer provisório.

    Dorita, obrigado pelo apoio.

    Jorge, na secção do dia 18 os elementos presentes eram sócios do N que fazem parte dos quadros tecnicos da FCMP mas não estavamos a respresentar a FCMP pois não temos competências para tal.
    Na minha opinião poderemos estar seguros que a FCMP tudo esta a fazer para ajudar as associações nesta causa.

    Até Sábado

    Saudações Montanheiras
    Carlos Moreira

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  8. Eu sinceramente espero que após esta manifestação as representantes destes 'desportos' assumam finalmente o papel que tanto advogam e que levem a bom porto a luta que foi iniciada pelos blogues e que ao princípio tanto cepticismo terá recebido.

    Espero que essas direcções tenham realmente a capacidade de transmitir ao governo a posição de todas as facções (porque é disso que se trata) e que consigam um resultado que a todos agrade.

    ...e não tenham receio de dar murros na mesa porque se vão para reuniões com receio de dar murros na mesa, então escusam de perder o vosso tempo.

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  9. Caro Amigos,

    Apenas não compreendo o seguinte:

    1.Porque é que a FPC apresenta uma posição provisória!? Por acaso para a FPC a actual situação, por si só, não exige uma posição concreta e imediata!?

    2. Porque é que a posição provisória é manifestada por via de um clube e não directamente pela própria FPC!?

    3. Porque é que a FPC agenda uma reunião com o PNPG/ICNB Braga e não com a Direcção do ICNB em Lisboa!? Tanto quanto sabemos a Portaria aplica-se a todo o território classificado, isto é áreas protegidas e sítios da Rede Natura 2000!

    Ao contrário do que muitos pensam, a FPME não está nesta luta por absurdos protagonismos, pois vem há muito tempo chamando a atenção sobre estas confusões do ICNB que hoje, "ainda bem", tornaram-se uma preocupação de muitos e atingindo a todos! Para ver se despertam!!!
    Esta problemática tem vindo a ser badalada publicamente pela FPME junto dos clubes desde que entraram em revisão e discussão os diferentes planos de ordenamento. Para não dizer que na última Assembleia da UIAA, a FPME manifestou a sua preocupação e posição, ao nível internacional, onde a FPC, como membro, nem fez o favor de estar representada!!!
    Mais, nas diversas sessões de esclarecimento, nunca estiveram presentes dirigentes da FPC, contudo lá se encontravam os elementos da FPME ou seus representantes.

    A FPME, derivada da publicação desta portaria, já solicitou uma reunião com o Presidente do ICNB, fez chegar o seu manifesto e apelo a cada bancada parlamentar e multiplicou-se em pedidos de apoio e de intervenção à UIAA, federações e clubes para além das nossas fronteiras.

    Todavia deixo aqui uma questão que gostava de ver respondida, à semelhança das outras questões:

    A FPME desistindo das suas próprias acções (como é do conhecimento público) para apoiar e fortalecer esta Marcha de Protesto, organizada por um movimento cívico, será que se encontra em busca de protagonismo próprio!?

    Será a FPME está preocupada em ver quem organiza a Marcha de Protesto!? Se é da FPC ou da FPME, isso interessa quando estão em causa valores muito mais altos!?

    Ora, meus Senhores, sejamos coerentes! O problema é de TODOS e para além dos Montanheiros e Escaladores, existe gente que vive e sobrevive nestes territórios. Daí que o problema vai muito além das limitações à prática desportiva. É um problema sobretudo social, de perda de direitos, pois sobretudo atinge quem vive nessas áreas!

    A posição da FPME tem sido clara desde o início e, desde que foi fundada por clubes de montanha, como sabem!

    Uma coisa vos afirmo que: "conhece-se a árvore pelos seus frutos!".

    Vamos esperar para ver!

    Emanuel de Oliveira

    Presidente do Clube Celtas do Minho

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  10. Caros Gestores dos blogues dos Carris, Bordejar e Alma de Montanhista

    Apenas quero dizer em nome pessoal e do Clube que oficialmente represento que concordamos com a vossa tomada de posição e que estaremos ao vosso lado nesta luta que se avizinha dura e longa, pois também tem sido a nossa luta como bem sabem!

    Um Abraço e Até Sábado

    Emanuel de Oliveira

    Presidente do Clube Celtas do Minho

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  11. Caros montaheiros

    Por engano mencionei na primeira mensagem do N, deste blog, que a FCMP tinha uma reunião agendada com o ICNB em Braga. Esta informação esta errada e peço desculpa aos leitores. A reunião será com o ICNB...simplesmente.

    Emanuel, de futuro só irei falar sobre o tema em destaque e agradeço que não intitules mais o N Aventuras como meio comunicativo da FCMP.

    Boas actividades

    Carlos Moreira

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  12. Sim. Realmente, neste caso em particular, devemos tentar esquecer as picardias federativas e unir as vozes contra uma parede clara. A de restrição da liberdade.

    Paulo Roxo

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  13. Desculpa Carlos,

    compreendo perfeitamente a tua posição, a qual pode trazer-te algum incómodo. Contudo que fique claro que eu não "intitulei o N Aventuras como meio comunicativo da FCMP", pois o que está afirmado neste post é o seguinte:

    "O Carlos Moreira, do N Aventuras, informou-me sobre a posição provisória da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP) em relação à Portaria 1245/2009, de 13 de Outubro, que transcrevo a seguir:"

    Provavelmente haja um erro de interpretação da nossa parte, assim como o post vem assinado em nome pessoal pelo Pedro Cuiça e não por um dirigente da Federação de Campismo.

    Desculpa novamente, deve ter sido erro de interpretação da nossa parte!

    Um Abraço e Bem-Hajas

    Emanuel de Oliveira

    “A verdade é filha do tempo, e não da autoridade.” Galileu

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  14. Olá Rui,

    Peço desculpa por estar a usar o teu Blog, mas quando falava em "guerrinhas" não era à Dorita que me referia!
    Desculpa Dorita ;)

    Abraço

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  15. Amigo Rui, Peço-te o direito de resposta:

    Caro Emanuel Oliveira,
    Sou um jovem de 46 anos, que já anda nesta vida há quase 30!
    As Federações Portuguesas, conheço-as há muito tempo. Já fui federado em Portugal!
    Participei em algumas reuniões aquando da criação da FPME, e no Iº Congresso Internacional de Montanha, onde foi um dos temas de debate, (se te lembrares ou se lá estiveste). Depois vim assistindo ao desenrolar do filme e dos actores principais... Fiquei tão fã do que vi e assisti, que me federei em Espanha! Porquê? No sé, pero mi gusta! Mi gusta tanto, que já recuso propostas de membros de algumas federações, que estão tão contentes com o vosso trabalho que também querem ir para Espanha e pertencer ao clube do qual eu faço parte!Sou transmontano e raiano!Sou frontal e directo! Quem muito fala, pouco acerta, diz-se na minha terra.(Provérbio português)
    Não gosto de ver o nome de pessoas que não opinaram neste blog, sobre esta contenda, e de um momento para o outro vêm-se envolvidos em "Guerrinhas" de Federações,em que na minha opinião uma delas se está a aproveitar para proveito próprio e grande protagonismo, na tua pessoa! Para mim chega de frases filosóficas, não vou por aí!
    Só vos vi aparecer, depois de ter aparecido este movimento UNO com o qual me identifico, de praticantes (com um único objectivo) que querem o que por direito lhes pertence!
    Dia 12, estarei em Braga, se quiseres esclarecer o que por vezes as palavras deturpam estarei lá para te ouvir, se quiseres claro ;)por mim é-me igual!
    A bem da Natureza, dos praticantes de canyoning, escalada, pedestrianismo, montanhismo e demais modalidades; Regras SIM; Taxas Não!
    Jorge Nogueira
    *Presidente da Secção Portuguesa do EC/DC. :)
    *Isto só porque gostas de títulos!!! Em Espanha todos nos tratamos por tu!

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  16. Caro Jorge Nogueira,

    Creio que tens as tuas razões, as quais não me cabe a mim julgar! Eu falo da minha experiência, quer pessoal quer do contacto que tenho com os demais clubes e a própria FPME.

    Pois fica sabendo que sou minhoto raiano, talvez um pouco galaico, mas sobretudo sou Português e mesmo que estivesse federado numa outra Federação Ibérica (pois também estou), não é do meu proceder virar as costas ao meu país e fazer o que é mais fácil para alguns tão frontais: CRITICAR! Criticar e acusar sem conhecer o que está por detrás das diferentes entidades, bem como aquilo que a FPME tem vindo a fazer concretamente relativamente a este processo!

    É curioso para uma pessoa tão imparcial, só vira os canhões à FPME! Mas creio que isso tem vindo a ser um hábito de quem desconhece a situação desta federação. Pois aconselho-te a reunires com a Direcção da FPME, pois terá com certeza, todo o gosto em receber-te e esclarecer-te sobre todas as tuas questões. Visto que este meio, dada a sua dignidade e natureza que o Rui tem vindo a manter, não é o espaço certo para este tipo de reuniões. Caso contrário seria a minha pessoa, bem como o meu clube ou a FPME acusados de protagonismo e de aproveitamento!

    Realmente estive presente no Iº Congresso Internacional de Montanha e, desculpa se desconheço o teu contributo para o processo da criação de uma federação de clubes de praticantes de desportos de montanha, como o foi a FPME. Será que desististe tão prematuramente!!!?

    É triste, neste país, sempre que alguém faz algo de positivo é logo acusado de protagonismo individual. Daí que também compreendo que tenhas procurado refúgio no país vizinho!

    Contudo informo-te que esta luta não é de agora. Aconselho-te a leres os seguintes artigos que se encontram no site ou no blog do Clube:

    Em 06/05/2008 - Instituto da Comercialização da Natureza ou da Conservação!?
    Em 11/10/2008 – Pedido de Alteração da Lei (http://www.petitiononline.com/APLivres/petition.html)
    Em 29/06/2009 - A Lei Mudou e...Novamente no Caminho do Livre Acesso à Montanha
    Em 17/11/2009 - Novamente, Novas Taxas do ICNB!!!?

    Esta informação foi toda pública e reencaminhada também por clubes e pelos poucos montanheiros que se solidarizaram!!! Posso estar errado, mas também não vi lá o teu apoio! Espero agora não sermos acusados de tardios ou buscadores de protagonismo!?

    Na altura, como é típico neste país, poucos foram os que deram a cara, parecia que nada lhes atingia! Agora, os mesmos que ignoraram aquele alerta que muito afectava a nossa acção, vêem-se obrigados a estar nesta luta, tão digna como aquela! Ainda bem!!!

    Caro amigo, chamo-te também a atenção que eu não necessito de títulos, no entanto coloco o meu cargo como dirigente de um Clube legalmente constituído em Portugal e que tenho o prazer de representar, para manifestar a nossa posição oficial, pelo menos é o que obriga o protocolo. A frontalidade e transparência é algo que me identifica pessoalmente.
    Igualmente, com tanto discurso não vejo respondidas as minhas questões, mas sim a tentativa de julgamento público e daquilo que já estamos tão acostumados!
    Se te chega de frases filosóficas e preferes os provérbios, deixo-te com um ditado popular, talvez transmontano: “Quem confessa a verdade, não merece castigo!”

    Meu Caro, espero que te tenha esclarecido, apesar da extensão do comentário, mas seria de muito mau gosto ignorá-lo!

    Fica bem! Continuem a lutar, com o mesmo empenho, pois cremos que esta é a primeira de muitas batalhas que se avizinham!

    Emanuel de Oliveira

    Presidente do Clube Celtas do Minho

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  17. Eu como cidadão comum e não filiado, fico triste por ver tantas letras e no meio delas nada que contribua para o assunto em questão.
    Talvez fosse melhor começar a lançar ideias pró PNPG e deixar essas questões "clubisticas" para depois. Compreendo que o vosso empenho as vezes leve a que se recordem e se ressuscitem "quezilias" antigas entre Federações, mas agora pf deixem isso de lado em beneficio do que realmente interessa.
    Acredito que as duas Federações já tenham em mente ou mesmo que já tenham efectuado propostas sobre o assunto em questão, mas esses ideias / propostas poderiam também ser debatidas aqui em vez do que se discute actualmente.

    Começo por lançar uma que já algum tempo me pica a mioleira:

    A criação de um grupo de 10 voluntarios que possam, ao serviço do PNPG, efectuar incursões dentro do Parque para efectuar alguns trabalhos, como por exemplo a limpeza que anteriormente já feita e organizada por este blog, plantação de arvores nos prados para substituir as que morreram e onde não estejam a nascer novas, manutenção de alguns trilhos homologados, etc, etc. Mesmo até a informação e conhecimento que muitos montanhistas têm do local poderá ser proveitoso para o PNPG.

    É uma ideia muito em bruto mas gostava de a lançar à discussão...

    Como sabem , há muito a fazer dentro do Parque e a insuficiência de meios do PNPG pode ser em parte colmatada com a intervenção desta "brigada".

    Está também na hora do PNPG assumir as suas insuficiências e aproveitar o voluntariado, é de borla!

    Cumps

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  18. Mais uma vez!
    Caro Emanuel,

    Não te tiro a razão do que escreves, aliás tens bastantes fundamentos no que escreves, embora eu também tenha alguns, que te poderei explicar pessoalmente.

    Eu não aponto canhões à FPME, quando escrevi, escrevi no plural, referia-me às duas!

    Também não quero reuniões, porque estou bem como estou, e como escrevi há muita gente das Federações Portuguesas a querer estar como eu estou!
    Não procuro nada!

    Apenas não gosto que outras pessoas que não escreveram aqui, sejam envolvidas, não sei a propósito de quê, neste assunto!!!

    No congresso éramos muitos, não me lembro de ti, não tens que te lembrar de mim...

    Se desisti cedo! Talvez, mas cada um sabe da sua vida... aqui para ser reconhecido como canyonista, vai lá vai.. Mas bastou estar num canyoning em Espanha e estarem alguns canyonistas espanhois entre os quais o presidente da FGE, que nos estavam a avaliar sem nós sabermos, e logo ali 4 tugas fomos convidados a pertencer à Federação da qual era Presi!

    Vê lá a sorte dos Ecedecianos que nem cotas de clube pagamos, apenas a cota da Federação... e ainda nos pagam por fazer actividades e esse dinheiro já dá para pagar a cota do clube à FGE, e ainda nos comparticipam com algum dinheiro no material individual que compramos. É verdade!!! Chama-se a boa gerência!!!

    Nunca virei as costas a Portugal, por isso é que existe a secção Portuguesa, caso contrário seriamos Galegos, mas mantivemos a nossa identidade.

    Tal como tu, não quero alimentar mais polémicas, neste blog que é do Rui, como referes no teu Post!

    Por acaso não li os Artigos do Vosso Blog "mea culpa", mas também não leste os do meu e o do Pedro!

    Sem ressentimentos!!!
    Até amanhã.
    Abraço
    Jorge Nogueira

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