Carris, 28 de Fevereiro de 2006
"...o pequeno hobbit caminhava pelo caminho pedregoso, sabendo certo o seu destino." Não é uma linha dos Senhor dos Anéis, mas muitas vezes é como eu me sinto a caminhar para Carris. Sei para onde o caminho me leva, "...porém nunca sabes o teu destino...".
Cada ida a Carris tem, deve ter, uma volta. O local chama-nos incesantemente, uma voz que se houve por entre os passos pesados sobre o volume da mochila ou um grito longínquio trazido pelo vento que nos afaga o rosto.
Cada ida a Carris tem, deve ter, a sua volta. Sei que um dia tudo terminará e não mais poderei caminhar a Carris, mas o local vai continuar a chamar-me... incessantemente, uma voz que escuto por entre os passos leves no caminho ou um murmúrio vago trazido pelo rio que nos refresca o corpo.
Cada ida a Carris tem, deve ter, a sua volta. Ficando sozinho perante o abismo, a tontura do último passo... o local chamou... incessantemente, um pensamento que se esvai por entre os passos cansados no caminho ou o último olhar... triste?, á montanha que agora nos abraça...
Cada ida a Carris deve ter a sua volta...
Fotografia © Rui C. Barbosa
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