Teve lugar no dia 30 de Agosto de 2025, a apresentação do livro "A Região do Gerês e a Estrada da Geira", da autoria do investigador Fernando António da Silva Cosme e com fotografias de Luís Borges.
A apresentação decorreu no Núcleo Museológico de Campo do Gerês e contou com a presença de uma sala cheia para saudar esta versão revista e aumentada desta derradeira obra do seu autor.
"A Região do Gerês e a Estrada da Geira - Dialetologia, História, Arqueologia, Etnologia e Fauna na Toponímia" é o culminar de imenso trabalho iniciado em 1966 que levou Fernando Cosme a percorrer as paisagens físicas e humanas da região do Parque Nacional da Peneda-Gerês e não só. A recolha toponímica atingiu mais de 15.000 elementos através do contacto directo com as populações, investigando e aprofundando a verdadeira razão de ser da sua origem e, como tal, estabelecendo os fundamentos da História local muitas vezes ameaçada nos nossos dias pela vulgaridade e simplicidade das redes sociais na sobreposição da razão de ser pela facilidade da ignorância.
Assim, "A Região do Gerês e a Estrada da Geira" é o trabalho base, o verdadeiro farol, que nos guia pela História desta região e que nos revela as raízes que muitas vezes são esquecidas ou escondidas.
Antes da apresentação do livro, que contou também com a presença de Luís Borges cujas fotografias ilustram a obra de Fernando Cosme, o Núcleo Museológico de Campo do Gerês recebeu a exposição de fotografia “Gerês: A Terra Fala”.
Com fotografias de da autoria de Luís Borges, a mostra apresenta um conjunto de registos visuais que captam a essência natural e cultural do território, revelando ao público a beleza inconfundível das paisagens, da fauna e da identidade que caracterizam o Parque Nacional da Peneda-Gerês.
“Integrada no programa MEMORAR – Mediação Cultural do Arquivo Municipal de Braga, a mostra convida os visitantes a percorrerem as paisagens naturais do Parque Nacional da Peneda-Gerês, através de imagens que resgatam a memória coletiva das comunidades que ali viveram. Mais do que um simples registo fotográfico, este trabalho propõe um diálogo entre o território e as pessoas que o nomearam ao longo dos séculos, recuperando topónimos como Currais, Medas, Mariolas, Fojos do Lobo ou Silhas dos Ursos. Palavras que, muitas vezes de origem celta ou latina, são testemunhos da relação ancestral entre o ser humano e a natureza, uma herança cultural que resiste ao esquecimento”, segundo a organização.
O autor esteve presente nesta apresentação oficial da exposição, proporcionando aos visitantes uma oportunidade especial de contacto directo com a sua obra.
A exposição constitui mais um contributo para a preservação da memória e para a valorização do património natural da região, estando aberta ao público durante todo o período em exibição.
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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