Um regresso ao Trilho Interpretativo de Lamas de Mouro, um percurso circular com início e fim junto da Porta do PNPG de Lamas de Mouro.
Este é um percurso de pequena rota (PR) também denominado PR6 MLG (ou "PR IX Interpretativo de Lamas de Mouro" na rede de trilhos de Melgaço). A informação do Município de Melgaço sobre este percurso pode ser encontrada aqui (o mapa do percurso pode ser encontrado aqui e o respectivo track aqui). O velho folheto pode ser encontrado aqui.
Antes de iniciar o percurso, fiz uma curta visita à Porta do PNPG de Lamas de Mouro, a primeira destas estruturas a ser inaugurada no nosso único Parque Nacional. A Porta do PNPG de Lamas de Mouro é uma das cinco Portas do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Estas, são estruturas de recepção ao visitante, localizadas nas principais entradas da área protegida, em relação com a rede viária. Aqui pode-se visitar uma exposição onde são apresentados aspectos genéricos da região, bem como informação sobre percursos pedestres e valores naturais e culturais do PNPG. Nesta Porta está patente a exposição temática ‘Ordenamento do Território’, onde se abordam as especificidades naturais e culturais do território de Melgaço, com especial incidência para a história, organização e ocupação dos solos na emblemática freguesia de Castro Laboreiro. O espaço exterior presta-se a descanso e a passeios junto ao rio Mouro.
Uma ressalva relativamente à informação inicial apresentada logo a quem entra no edifício, Ali, encontramos um placar do tempo do ICN (Instituto da Conservação da Natureza) e ainda se faz referência ao vergonhoso 'Pan Park', a origem de muitos dos males que agora assolam o PNPG.
O Trilho Interpretativo de Lamas de Mouro inicia-se junto da ponte de madeira que atravessa o curso do Rio de Mouro, dirigindo-se de imediato para junto da velha Casa do Guarda de Lamas de Mouro e entrando no bosque. O traçado do PR6 MLG (PR IX) vai-nos oferecer uma variedade de paisagens que nos vai surpreender entre as montanhas graníticas e os pequenos prados em torno da aldeia de Lamas de Mourto. De especial nota o atravessamento da Ponte de Porto Ribeiro, de traçado medieval, situa-se numa zona onde, segundo a lenda, o emir árabe Jusão tinha uma grande coutada de caça, daí vindo-lhe o nome.
A origem da aldeia de Lamas de Mouro perde-se na penumbra dos tempos da idade média. O pequeno lugar foi surgindo em redor de um templo religioso de indícios românicos que antigamente funcionava como batistério das aldeias vizinhas. Por entre as ruelas do lugar devemos ficar atentos ao antigo relógio de sol, ao moinho e ao forno comunitário.
Na última etapa do percurso surge a possibilidade de apreciar uma paisagem onde se destacam áreas cobertas por vegetação rasteira tendo a Serra da Peneda como pano de fundo.
Este é assim um percurso pequeno, mas que permite uma visão muito abrangente de diferentes habitats (floresta, galeria ripícola, zona montanhosa e matos baixos) o que reflete a sua importante riqueza paisagística e natural.
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
Acho que é importante ressaltar que após passar lamas de mouro e se descer para o ribeiro, o trilho está a ficar tapado e com algumas silvas, além de que há ausência de marcações depois de passar o ribeiro
ResponderEliminarTambém passei pelo mesmo, mas na altura pensei que me havia enganado no percurso e que este segue em frente no ponto onde se começa a descer para o ribeito.
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