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terça-feira, 20 de agosto de 2024

Análise livre ao resgate na Serra de Soajo a 19 de Agosto de 2024

 


Urge-se a tomada de medidas que regrem a circulação de visitantes e responsabilizem os comportamentos irresponsáveis e negligentes em zonas de alta montanha e principalmente dentro do território do PNPG. Circular na serra não é passear na cidade,” Filipe Guimarães, Comandante dos Bombeiros de Arcos de Valdevez.

Na tarde do dia 19 de Agosto de 2024, um casal espanhol solicitou ajuda devido ao facto de se encontrar em dificuldades em plena Serra de Soajo.

As operações de «resgate» envolveram vários meios dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez e a determinada altura, foi solicitada a ajuda de um helicóptero da Força Aérea Portuguesa que acabaria por recolher o casal e o seu animal de estimação, colocando-os em local seguro e fora de perigo. Segundo o jornal on-line, O Minho, "estavam tão longe de sítio com acesso a veículos que foi necessário ativar a equipa da Força Aérea “Os Zangões – Esquadra 552”, sediada em Ovar."


A acção terá sido facilitada por vários factores "como, por exemplo, o facto de o local onde o jovem casal pediu ajuda ter cobertura de rede de telemóvel."

O casal foi recolhido numa zona denominada Encosta do Rio da Lapa, localizada «abaixo» da Chã dos Almofes, a pouco mais de 1 km da estrada que liga a Adrão vindo do Mezio e não muito longe da Branda da Urzeira.


Após solicitação de ajuda por parte do helicóptero, este meio demorou cerca de duas horas para chegar ao local onde se encontrava o casal espanhol.

A distância entre Travanca (Mezio) e a Branda da Urzeira é de cerca de 2,6 km através de carreiros de montanha bem definidos. Entre a Branda da Urzeira e o local de «resgate» seria de cerca de 1 km. 

Urge-se a tomada de medidas que regrem a circulação de visitantes e responsabilizem os comportamentos irresponsáveis e negligentes em zonas de alta montanha e principalmente dentro do território do PNPG. Circular na serra não é passear na cidade.”



As notícias referentes a esta ocorrência (O Minho e E24), não indicam qualquer problema de saúde no casal que «apenas» se terá perdido no emaranhado de caminhos e carreiros existentes naquela zona.

Assim, e quando se questiona os gastos despendidos nos resgates, quem paga a decisão de solicitar um meio aéreo que demorou quase duas horas a chegar, para uma ocorrência onde uma equipa apeada, nessas duas horas, quase ia e vinha?

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