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sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

356... Minas dos Carris na tranquilidade de um dia de neve

 


Esta foi uma caminhada quase sem parar às Minas dos Carris num maravilhoso dia invernal de neve. As condições muito agrestes no complexo mineiro fizeram com que não tivesse a habitual paragem por entre as ruínas.

Na noite anterior, à chegada ao Campo do Gerês, a chuva tinha um comportamento estranho no pára-brisas do carro. Parecia chuva-neve, mas assim algo de muito difuso, porém o frio fez-me logo concluir que certamente a neve caía nas alturas dos Carris. Foi o suficiente para me decidir pela primeira visita de 2024 ao complexo mineiro.


A caminhada fez-se de manhã cedo ao longo do Vale do Alto Homem e a passagem pelo Rio Maceira já me havia confirmado que, de facto, os pontos mais elevados da Serra do Gerês estavam engalanados de branco.

Ao passar na ponte sobre o Rio Homem, via-se que a Encosta do Sol já tinha o seu manto branco e assim a neve já deveria marcar presença pelas alturas da Ponte do Modorno, e assim foi.


ou menos simples até pouco depois do Modorno, a vegetação tombada pelo peso da neve iria dificultar o caminho em alguns pontos. De resto, a paisagem absorvia todos os sentidos e o assombro da montanha enchia a alma.

A verdadeira surpresa do dia surgiria à vista de um maravilhoso conjunto de pegadas de lobo na neve que me acompanhariam até às ruínas que ali estavam, envoltas numa mortalha fria e húmida com um vento que soprava a neve e arrepiava a pele. A visibilidade era baixa e somente a muito custo, e com alguma sorte por entre uma abertura, lá consegui vislumbrar os Currais das Negras, que seriam local de passagem no dia seguinte.

Ficam as fotografias e principalmente as memórias deste dia na montanha.












































Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

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