A última caminhada de Outubro de 2023 levou-me desde o Campo do Gerês até à Mata de Albergaria, com regresso ao ponto de partida pela Estrada da Geira.
A parte inicial do percurso levou-me até à Chã de Junceda e à Casa Florestal de Junceda seguindo o traçado da Grande Rota da Peneda-Gerês.
Iniciando a caminhada junto da Igreja do Campo do Gerês, segui em direcção ao Museu Etnográfico de Vilarinho da Furna e Museu da Geira na Porta de Campo do Gerês. Depois, segui a estrada municipal por cerca de 400 metros, na direção da aldeia, flectindo à direita, no sítio identificado por um marco miliário para um caminho rural que acompanham um pequeno ribeiro. Mais adiante, atravessei o ribeiro por uma pequena e a partir daqui, inicia-se a subida até Junceda, seguindo nos primeiros quilómetros pela vertente da corga do Coval, um vale profundo, de vegetação abundante, formado pelas nascentes do Cabeço de Pinheiro, até chegarmos à Chã do Salgueiral e depois à zona do Cabeço de Pinheiro.
Aqui, o percurso atravessa uma zona relativamente húmida, alagada em períodos de forte pluviosidade. O tipo de vegetação que aqui ocorre enquadra-se no habitat “urzais-tojais mediterrânicos não litorais”, considerado uma das comunidades de conservação prioritária no Parque Nacional. Ao longo do caminho, no período da floração, observam-se várias espécies da flora natural da região, destacando-se os tapetes de tormentelo e as orquídeas selvagens, como o satirão-macho, valores naturais que devem ser protegidos.
Chegado à Chã de Junceda, vemos que o local é marcado pela presença de uma antiga casa de Guarda Florestal, atualmente abandonada, em volta da qual se dispõe uma área florestal, com uma grande diversidade de espécies, entre os quais pinheiro-silvestre, bétulas, carvalhos e cedros. Daqui, tomei por breves instantes o traçado do Trilho da Silha dos Ursos, abandonando-o logo de seguida para subir um pouco até ao Vale do Meio e depois Manga de Tojeira.
Baixando para a Boca do Rio, segui até perto da Fonte de Gamil, enveredando de seguida na direcção do Prado ao ladear a Fenteira do Prado. Como é usual nestes períodos de chuva, o Prado estava alagado, dificultando um pouco a passagem até ao curral. Deixando o Prado, segui então em direcção ao Vale do Rio Gerês para atingir a base dos espigões do Pé de Cabril passando antes por Onde Cria a Pássara e iniciando então a descida para a Portela de Leonte passando pela Portela do Confurco.
Chegado à Portela de Leonte, e após um pequeno descanso com café feito na hora, segui para a Mata de Albergaria, apreciando o espectáculo da Natureza em tons de Outono.
Ficam algumas fotografias do dia...
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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