Caminhar pelos bosques de Pitões das Júnias é entrar num mundo encantando onde a qualquer momento os nossos sentidos estão à prova a descortinar a passagem de um ser místico por entre a folhagem dos carvalhos que compõem a paisagem.
O dia estava frio, muito frio com a neve a compor a paisagem nas longas encostas sobranceiras à estrada que conduzia à aldeia transmontana. A neve havia chegado pela noite, intensa para mudar o cenário. Tornar-se-ia mais intensa nas horas seguintes, mas por enquanto bastava para dar aquele ar de 'momento único' para ser vivido com a intensidade que a roupa permitia.
A volta não seria longa, seguindo o traçado dos trilhos já marcados que nos levariam à medieval S. Vicente do Jurês. Por entre o que resta das suas casas, esperamos sempre encontrar algo de novo ou vislumbrar algum pormenor que nos tivesse escapado da última visita. Esta já tinha sido ganha com a visão das cabras selvagens vigilantes no cimo do Castelo.
Por entre murmúrios e torrentes açoitadas pelo frenético correr das águas, passaríamos pelo passadiço que nos levaria às proximidades da Cascata de Pitões das Júnias e depois até ao Mosteiro de Sta. Maria das Júnias, tudo por entre o vento frio que se fazia sentir e a ameaça de um ou outro aguaceiro mais atrevido.
Pela noite. chegaria mais neve...
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Os comentários para o blogue Carris são moderados.