O texto a seguir é um artigo de opinião publicado na página O Gerês a 7 de Março de 2022 com o título "Posicionar" sobre um tema pertinente e que, a seu tempo, deveria merecer mais atenção por parte de quem fiscaliza.
Após alguns contactos e trocas de opinião, entre quem reconhecemos respeito mútuo dentro do Parque Nacional, a nossa comunidade assumirá uma posição mais agressiva relativamente às "ditas" empresas que operam ilegalmente dentro do Parque Nacional.
A nossa comunidade tolera todas as empresas que operam dentro do Parque Nacional, desde que legalizadas, desde que cumpram com todos os parâmetros do Turismo de Portugal. Há empresas que pagam impostos, há empresas que cumprem as regras porque caso contrário poderão ser punidas pelas entidades estatais que gerem o Parque Nacional e levam isto muito a sério, tendo que cobrar como é óbvio aos seus clientes um preço normal que dignifica o Parque Nacional, e não o transforma numa Quinta da Malafáia.
No entanto temos conhecimento de dezenas de personagens a brotar como pipocas no Parque Nacional que não são operadores turísticos legais, que todas as semanas enchem espaços do Parque Nacional com dezenas de pessoas não cumprindo nem com as leis do país nem com as leis do Parque cobrando valores irrisórios criando um autêntico deboche à região. Estes são os novos personagens que fazem das suas caminhadas de fim de semana uma forma de lucrar uns "trocos" livres de impostos, regras e consequências, não requisitando autorizações, fazendo uso dos abrigos do pastoreio sem autorizações, perturbando a natureza de forma drástica quando, como já foram vistos, vêm com trinta a quarenta pessoas para dentro do Parque Nacional, numa autêntica algazarra e em áreas críticas de proteção.
Meus caros, isto não é um Parque de Diversões Urbano, é um Parque Nacional, tenham santa paciência, ou se legalizam e trabalham legitimamente como os verdadeiros operadores turísticos e guias de montanha seguindo as regras do Parque ou então sofram as consequências de uma denuncia.
O Parque Nacional é de todos e para todos, aqueles que queiram cumprir com as suas regras, com as suas leis. A nossa tolerância para com estes artistas que destroem a imagem do Parque Nacional é e será sempre, Zero.
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