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terça-feira, 21 de setembro de 2021

Serra do Gerês - Por Pitões das Júnias e terras de Outeiro

 


Os últimos dias de Verão e a vontade de voltar ao alto de S. João da Fraga, levaram-me a Pitões das Júnias num dia que não poderia começar da melhor maneira para uma caminhada através de bosques e penedias.

Na passagem pela Portela do Homem, e enquanto ia tomando nota mental das subidas e descida da temperatura exterior (chegaria aos 3,5 º por Tourém), vi um vulto a descer a encosta junto à estrada. Perante a surpresa e o espanto, nem tive tempo de preparar a máquina fotográfica para registar o belo exemplar de veado que caminharia por breves segundos em frente do carro antes de se enveredar pelo mato, escondendo-se da vista para todo o sempre. Um momento destes só poderia ser um bom presságio das horas que se seguiriam.

Ora, o objectivo era a Capela de S. João da Fraga e foi com esse ponto em vista que iniciei a caminhada a partir do parque de estacionamento junto à antiga Escola Primária de Pitões das Júnias. Ao passar pelo centro, já animado, da aldeia surge um "vai apressado amigo" vindo de amigos de velha data e de momentos passados ao borralho em magustos celtas que mais cedo ou mais tarde irão voltar!



Descendo então as vertentes em direcção ao Ribeiro das Aveleiras, seguindo o traçado do PR Trilho de Santa Maria das Júnias, vamos passar as Fisgas. O caminho vai-nos levar a passar perto do Castelo e da aldeia velha de Júriz, seguindo depois através de um maravilhoso e encantado bosque (Carvalhal do Fosso por Soengas) até ao caminho que nos vai levar a passar pelo Carvalhal do Teixo e depois subir para S. João da Fraga. Esta subida faz-se pausadamente, apreciando os sons da serra e as suas paisagens à medida que a capela branca no topo do fraguedo vai ora surgindo, ora escondendo-se da nossa vista. À medida que vamos ganhando altitude, os picos dos Cornos da Fonte Fria vão ganhando o lugar de destaque nesta paisagem panorâmica que se alarga entre frondosos bosques que escondem contos de fadas e duendes, até à albufeira da Barragem de Paradela e aos picos graníticos de arranham os céus.

Após uma curta paragem junto da Capela de S. João da Fraga para registar tão adiado momento, encetei a descida pelos periclitantes degraus que, em determinado troço, se escondem como que por magia em determinada perspectiva. Sendo ainda cedo, decido então dirigir-me na direcção do Curral de Currachã e aqui, tomando o caminho florestal à sombra dos Cornos de Candela, iniciar a descida pelo vale do Ribeiro de Teixeira e pelas encostas das Voltas do Pala Serra até chegar à travessia do Ribeiro de Beredo para tomar então o traçado da Grande Rota da Peneda-Gerês que me levaria de volta para Pitões das Júnias passando pela Portela da Fairra, Mata de Beredo e Campesinho, e base da Cascata de Pitões das Júnias, seguindo depois pelo passadiço.

Ficam algumas fotografias do dia...

























Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

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