As horas foram passando e as tarefas do dia completas; com uma curta tarde para passar, decido pôr botas ao caminho e «dar um salto» pela Junceda desde o Campo do Gerês.
Café e pequena merenda para um lanche rápido, deixei o Campo do Gerês para trás e enveredei pelas Vitoreiras seguindo velhos carreiros seculares que, trepando a encosta, vão vencendo o tempo e os declives. Em pouco tempo estava a passar o Prado de Gamil olhando para as nuvens cor de chumbo que cobriam a Serra Amarela.
Imperava o silêncio na Geresiana serra e o prado estava impávido de calmaria. Ao longe, os regatos faziam-se ouvir de peito cheio após os últimos dias de chuva. Na verdade, a paisagem e as gentes preparam-se para o Inverno que aí virá... se fosse só o Inverno!
Deixando Gamil para trás, ia saltando entre os bordos do regato que em tempos de pouca chuva se transforma em caminho. Passando a Fonte de Gamil, segui na direcção da Tojeira e depois, pela Manga da Tojeira, segui para a Junceda.
Fui seguindo pelo estradão já decidido a regressar a casa, mas não sem antes parar um pouco e saborear um café perante a magnificência da paisagem que perante mim se ia criando e transmutando com os raios de Sol filtrados pelas nuvens sobre o Castelo na Serra de Santa Isabel. Minutos que valeram por um dia juntamente com o põr-do-Sol que me esperava um pouco mais adiante...
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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