Um passeio pelos velhos lugares da Serra do Gerês, um passeio por topónimos esquecidos e quase escondidos, mas à vista de todos e por onde muitas vezes passamos sem lhes dar o respectivo nome.
Locais como o Miradouro de Fonte-à-Mão ou o Cabeço do Chapeleirão são sítios por onde passamos mas que nos nossos dias terão outros nomes ou dos quais desconhecemos o nome. Assim, serve o texto para dar nome a algo que vemos muitas vezes e que até nos chama a atenção, mas que não está ou saberemos identificar.
Foi um passeio de pouco mais de 8 km entre o entroncamento junto ao Lameirão, onde se encontra a Fonte de Lamas, e o Mirante Velho, seguindo depois pela estrada para voltar ao ponto de partida. Inicia-se o percurso na direcção da velha Casa Florestal de Lamas e continua-se a seguir o caminho em terra batida sempre a descer. À nossa esquerda, por entre as invasoras mimosas que compõe a maior parte do coberto florestal de porte, vai-se vislumbrando o Vale do Rio Gerês. O inclinado caminho desce pela Encosta de Lamas, ziguezagueando e perdendo altitude. Uma paragem ou outra permite observar a encosta adjacente onde se encontra (em cima) o Cabeço da Esteva que coroa as Palas da Rainha. Esta encosta é acessível por um velho caminho no qual a vegetação vai ganhando terreno e que num futuro poderá merecer uma visita.
Continuando a descida, o caminho vai-nos levar até à estrada asfaltada que liga o Campo do Gerês às Caldas do Gerês. Chegando à estrada, viramos à direita e segue-se em direcção ao Mirante Velho. Esta zona foi recentemente intervencionada para uma limpeza de infestantes, desnudando a encosta que se precipita em direcção à albufeira da Caniçada. Ao chegar ao Mirante Velho tem-se a oportunidade de vislumbrar o esplendor do Vale do Rio Gerês, mas de imediato nos apercebemos de um outro miradouro uns metros mais abaixo. Este é o Miradouro de Fonte-à-Mão. Memória, como os restantes, das intervenções dos Serviços Florestais, o miradouro merecia ele próprio uma intervenção que o tornasse um dos miradouros por excelência da Serra do Gerês e do Vale do Rio Gerês.
Deixando o Miradouro de Fonte-à-Mão para trás, segui pela estrada na direcção da Fonte da Forcada e d'As Voltas de S. Bento, parando um pouco no Miradouro das Voltas de S. Bento. Aqui e ali fazendo alguns atalhos, cheguei perto da velha Fonte da Recta para fotografar o Cabeço do Chapeleirão que é identificável à nossa esquerda e que serve quase de antecâmara para a zona do Escuredo. Nesta altura, deixei a estrada e enveredei por um carreiro que me levou pela encosta Sul do Escuredo para passar pelo pequeno Vale do Vidoeiro atravessado por uma pequena linha de água. Depois, tomei um novo carreiro que ladeia o Cabeço de Mouroselos e, atravessando a Queimada, me levou de novo para a Encosta de Lamas, voltando à Casa Florestal de Lamas. Depois de passar nas proximidades do marco triangulado de Poios, voltei ao ponto de partida percorrendo a Chã de Lamas.
Ficam algumas fotografias do dia...
Casa Florestal de Lamas
Marco triangulado de Poio
Miradouro de Fonte-à-Mão e albufeira da Caniçada
Miradouro das Voltas de S. Bento
Cabeço do Chapeleirão
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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