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domingo, 3 de maio de 2020

Dia da Mãe


Quis a coincidência do dia que demandássemos aquele local neste dia e por isso a história conta-se em poucas palavras.

Fruto de inúmeras caminhadas pelos fraguedos Geresianos, acabamos muitas vezes por caminhar em silêncio mesmo quando acompanhados. Foi o caso desta situação particular. O meu companheiro de caminhada adiantara-se uns poucos metros e em certo momento viu uma cabra selvagem que espreitava por sobre uma rocha. Estancando de imediato o passo, teve o cuidado para me alertar para a presença do animal que, estranhamento e como é usual, não se afastara rapidamente de nós, procurando refúgio em alcantilados para nós inacessíveis. De facto, procurara de certa forma se esconder, mas mantendo um certo estado de alerta na nossa direcção.

Procuramos então não ter movimentos bruscos enquanto íamos preparando as nossas máquinas fotográficas para irmos registando aquele momento, pois a cabra estava a uns escassos cinco metros de nós e permanecia no local.

Qual foi o nosso espanto quando de repente, começando a caminhar lentamente, a cabra finalmente foi procurar refúgio mais seguro e de repente, saindo por detrás da rocha onde se abrigava, uma pequena cria seguiu a sua Mãe que certamente naqueles momentos de aflição teve todo o cuidado e tranquilidade para não abandonar e assustar a sua pequena cria.

Ficou registado este momento que marcou este Dia da Mãe.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

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