Num dia primaveril com saída do Campo do Gerês e subida pelas Vitoreiras em direcção ao Prado de Gamil. Daqui, e por breves metros tomando o Trilho das Silhas dos Ursos, flectindo à esquerda para o Prado, seguindo depois em direcção à base dos espigões do Pé de Cabril. Continuando no carreiro, baixei depois ao Tirolirão.
Era aqui que um Geresiano de nome 'Marujo' permanecia longos dias nos idos dos princípios dos anos 40 do século XX, produzindo carvão numa furna que ardia por 8 ou 9 dias e que era guardada por 5 dos seus filhos. O carvão era depois utilizado para o aquecimento e as tarefas do dia-à-dia nos ricos hotéis das Caldas do Gerês.
Na mesma altura o carvão era produzido em diversas zonas da Serra do Gerês, nomeadamente no Teixo - parte superior do Vale do Alto Homem - onde ainda se podem encontrar pequenos muros de pedra solta que serviam de abrigo aos carvoeiros. Aqui, o carvão era também vendido vindo às costas em jornadas pela serra desde as aldeias de Fafião, Pincães ou Xertelo.
Deixando Tirolirão para trás, segui para a Portela do Confurco e baixei para a Portela de Leonte, seguindo depois a recém pintada estrada na direcção de Albergaria e tomando a estrada da Geira regressei ao Campo do Gerês.
Ficam algumas fotografias do dia...
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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