Nos tempos do Gerês Termal em finais do Século XIX e princípios do Século XX, muitas eram as publicações que nomeavam o Borrageiro como o ponto mais elevado da Serra do Gerês. Ainda inóspito e afastado das Caldas, o Borrageiro era um dos pontos de passagem daqueles que nesses tempos eram adeptos da «villegiatura» com as longas jornadas serranas.
Nos nossos dias facilmente se atinge este píncaro serrano com os seus 1.430 metros de altitude rasgando os céus do Gerês. A caminhada pode iniciar-se na Portela de Leonte por um carreiro em frente à antiga Casa Florestal de Leonte. Utilizado pela vezeira, este carreiro - por vezes lajeado - vai-nos levar ao Prado do Vidoal (muitas erradamente denominado "Prado Mourô") passando pela Chã de Carvalho. No sopé do Outeiro Moço, o Prado do Vidoal proporciona-nos uma bela vista para os altos do Pé de de Medela, Carris de Maceira, Cântaros e Cabeço de Lavadouros.
Deixando o Prado do Vidoal para trás, seguimos a Norte do Outeiro Moço em direcção à Preza (Freza), passando por um interessante conjunto de teixos. Na Preza somos brindados pela magnificência da paisagem que se estende até ao Prado Teixeira desde o Prado do Cambalhão (Camalhão). O vale é ladeado por alguns altos que se destacam, tal como o característico Pé de Salgueiro.
Prosseguindo para o Borrageiro, tomamos a direcção Este na Preza e após passar o antigo marco de delimitação do Gerês Florestal do Século XIX, vamos trepar em direcção à Chã da Fonte e daqui flanqueamos ligeiramente à direita para passar junto do Arco do Borrageiro, uma curiosa formação granítica. Seguindo as mariolas, em breve veremos o repetidor do Borrageiro e a trepada final é relativamente simples.
Ficam algumas fotografias do dia...
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
Excelente, o texto, em especial, mas também as imagens.
ResponderEliminarImagem de marca do autor de ambos.