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sábado, 30 de junho de 2018

"Depois do passado sangrento, Fafião tenta reconciliar-se com o lobo"


O Art Nature Fest vai realizar-se pela primeira vez na aldeia comunitária, na sexta-feira e no sábado, e dá protagonismo ao lobo ibérico, uma espécie que, no passado, foi o principal alvo a abater da população, mas hoje está em perigo e precisa de ser defendida.

Para ler aqui.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

quinta-feira, 28 de junho de 2018

O pôr do sol dos meus dias


O crepúsculo cai arrastando consigo o silêncio dos cantos escuros
As sombras transmutam-se na cor pálida de ramos retorcidos em florestas de sonhos
Sinto-me pairar sobre uma paleta de ténues cores de fogo
A antecâmara dos meus medos onde vivem anjos e demónios famintos
Caminho de pés descalços sobre estaladiças folhas de Outono numa floresta escura
Silhuetas pálidas dançam à minha volta; são como fantasmas que me transpassam a alma à luz tépida do luar
Procuro-te desde sempre por entre as sombras dos dias e no sonho encontrei-te para lá dos montes e colinas
Sussurro palavras ao vento e todos os momentos eu espero por algo que nunca chegará
Transporto os fragmentos das nossas memórias para lá das muralhas quentes que adornaram o ocaso
Três lágrimas correram pelo meu rosto
Três rosas adornam o teu olhar
...e chega o pôr do Sol dos meus dias.


Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Palavras cor de gelo


Que esconde o teu olhar?
Mistérios insondáveis que habitam o interior do teu ser
Para além das palavras esculpidas em gelo
Resta o calor tépido dos lençóis e o clamor dos dias que se anunciam do fim
São fugazes as sombras que vivem nos recantos agora escuros e frios da memória
E são silenciosamente vazios os momentos nos quais existimos
Os dias passam em sentido único construindo um passado que não existe
O meu lugar jaz, ali, vazio e nem a memória da sombra persiste.
Verei o último nascer do Sol
Sentirei o seu ínfimo calor ao ver as sombras que correm para se esconder
Depois...
Depois será um nada cheio de espaços vazios e em silêncio; a eternidade será o meu conforto na escuridão
Irei viver nas memórias de um ser etéreo, belo, de pele clara e olhos negros.
O meu último sorriso será solitário e para mim próprio, ver-me-ei no lugar onde te procurei e nunca te encontrei...
Depois...
Depois serei a brisa do vento numa manhã quente de Verão
...serei o raio de Sol numa tarde de Inverno
...serei o vislumbre da estrela errante numa noite de Outono
...serei o veludo das pétalas no primeiro dia de Primavera
...serei a água que te corre sobre a pele
...o teu conforto num momento de solidão
...um reflexo fugaz nas ondas de um lago
...a voz que grita por ti numa noite de tempestade
...a Lua numa noite fria
No fim, serei uma folha branca repleta de palavras cor de gelo.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

terça-feira, 26 de junho de 2018

Paisagens da Peneda-Gerês (CCL) - Natureza morta no Vale do Homem


A eterna beleza das árvores que morrem de pé no Vale do Homem, Serra do Gerês.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Paisagens da Peneda-Gerês (CCXLIX) - Pôr-do-Sol desde o Pé de Cabril


O pôr-do-Sol visto desde o Pé de Cabril, Serra do Gerês, a 24 de Junho de 2018.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

"Contra o fim do mundo"


Por sétimo ano nos dias 26 e 27 de maio tiveram lugar as Jornadas galego-portuguesas de Pitões das Júnias, organizadas pelo grupo de trabalho Desperta do teu sono, a Academia Galega da Língua Portuguesa e a Junta de freguesia de Pitões das Júnias.

Para ler aqui.

Fotografia: http://pgl.gal/author/Maria_Dovigo/


Paisagens da Peneda-Gerês (CCXLVIII) - Mata do Beredo


São de fantasia e sonho os carreiros na Mata do Beredo, Serra do Gerês, onde moram as fadas e duendes da nossa imaginação.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

domingo, 24 de junho de 2018

Recordando os topónimos Admeus e Adpropeixe


Há já muitos anos aqui e aqui, tentei saber algo mais sobre os topónimos Geresianos de Admeus e Adpropeixe.

Fica aqui uma tentativa de explicação destes nomes por parte de José Cunha-Oliveira no seu blogue  toponímia galego-portuguesa e brasileira:

Desafia-me Rui C. Barbosa para esclarecer a origem dos topónimos Admeus e Adpropeixe, em Vilar da Veiga, Terras de Bouro, região da serra do Gerês. conheço bem a região, mas não encontro caminho andado que me permita chegar seguramente ao significado dos referidos topónimos.


Posso tentar uma proposta de "decifração". admitamos que Admeus e Adpropeixe estão pela forma "A de Meus" e "A de Propeixe", formas vulgares na toponímia para designar "a [aldeia] de...". nesse caso, resta-nos "decifrar "Meus" e "Propeixe". Quanto a "Propeixe", parece admissível a evolução a partir de um antropónimo "Propitius" (Propício) na forma genitiva "propitii". referir-se-ia, assim, a uma aldeia, herdade ou território que teria pertencido a alguém com esse nome, "Propício". Teríamos de admitir, no entanto, um duplo genitivo, já que Propitii já quer dizer "[propriedade] de Propitius". mas isso é relativamente comum. significaria, simplesmente que a forma "Propeixe" estava já estabilizada quando lhe foi acrescentado o indicativo "a de".

Quanto a "Meus", a interpretação é mais difícil, podendo apenas admitir-se uma relação com a apicultura e a extração de "mel".

Que a significação destes lugares se relacione com propriedades rústico-agrícolas em tempos remotos não me parece nada de extraordinário, tanto mais que no século XIII era já essa a vocação atestada daquele território.

Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Trilhos seculares - A Costa de Istriz


Tirando proveito dos trabalhos de combate ás invasoras, percorri parte da Costa de Istriz, Serra do Gerês.

Este percurso oferece-nos uma interessante perspectiva do Vale do Rio Gerês a partir da Fonte do Escalheiro, percorrendo parte da Costa de Istriz e permitindo uma passagem muito perto do topo da Cascata de Leonte.

Devidamente interpretado e ligado com o Trilho da Silha dos Ursos, seria um percurso único na serrania Geresiana.









Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

261... De Pitões a Cabril pelas Minas dos Carris


Foi uma travessia entre Pitões das Júnias e Cabril com uma passagem pelas Minas dos Carris e seguindo por Cornos de Candela, Fornalhinhos, Curral das Lamas de Compadre, Currais das Negras, Curral das Abrótegas, Lamas de Homem, Couço, Lagoa e Taboucinhas.

Ficam algumas fotografias da jornada...


















































Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)