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quarta-feira, 7 de março de 2018
Seríamos... para a eternidade
Sinto o teu último olhar banhado na tristeza da despedida
A profundidade do teu silêncio que me assombra as noites de solidão
As palavras que não me dizes
As lágrimas que choro gelam no chão frio de granito
Enquanto fecho os olhos e sinto na tua ausência o teu último abraço
A noite que vai caindo entre nós
Como uma manta de negro cetim
As paredes do quarto derrubam-se sobre mim, esmagam o meu ser
Os dias são frios e desolados sem ti
E a solidão transforma-se em dias que vão passando
Deixo que a noite me tome em seus braços
Quero adormecer para um sonho que seja a realidade
...não acordar mais.
Vejo-te nas sombras que me seguem
Imagino o teu sorriso e a tua voz
São as vozes que me chamam, chamam para um quarto escuro
Onde no seu canto frio me aconchego para os dias do fim
Grito em silêncio e ouço os ecos do desespero
Dos dias que não voltam
Da eterna noite na qual encontro refúgio
Para lá das sombras da vida, surge o Amor
As lágrimas preenchem o vazio no meu coração
A mágoa que me assombra
O silêncio que me preenche
A vida que se esvai
A luz que se extingue
O fogo que se apaga
Nunca te esqueças de mim
Porque ficará sempre a saudade do teu beijo
Seríamos... para a eternidade
Fotografia: © Rui C. Barbosa (todos os direitos reservados)
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