A volframite e a molibdenite ainda hoje estão presentes nas escombreiras das Minas dos Carris e nas suas galerias abandonadas
O molibdénio é um elemento químico de símbolo Mo e número atómico 42. A sua densidade é 10,2 gcm-3 e a sua temperatura de fusão é de 2617ºC.
Segundo António Moura, “três quartos do molibdénio é usado em ligas metálicas e, em particular, nos designados moly steel, aços para aplicações que requerem alta resistência a elevadas temperaturas (partes de motores de aviões e automóveis), resistência à corrosão e baixa expansão térmica. Contudo, uma das aplicações mais vulgares é no fabrico do suporte do filamento das lâmpadas de incandescência. O bisulfureto de molibdénio (MoS2) é usado como lubrificante e aditivo anti-corrosão” (Moura, António (2010) “Metais e semi-metais de Portugal”, Palimage, Coimbra, pág. 97).
O molibdénio não se encontra livre na natureza e muitas vezes os seus compostos foram confundidos com compostos de outros elementos, tais como o carbono e o chumbo. Carl Wilhelm Scheele (1778) reagiu o mineral molibdenite (MoS2) com ácido nítrico obtendo um composto com propriedades ácidas que chamou de "acidum molibdenae" (Molibdénio deriva do grego "molybdos", isto é, “como o chumbo” ao ser confundido com este). Peter Jacob Hjelm (1782) isolou o metal impuro mediante a redução do composto anterior com carbono. O molibdénio foi usado apenas em laboratório até finais do século XIX. Na altura foi então utilizado como agente de ligação criando-se ligas com boas propriedades.
A Mina dos Carris foi a única mina portuguesa a vender concentrados de molibdenite.
Texto adaptado de "Minas dos Carris - Histórias Mineiras na Serra do Gerês" (Rui C. Barbosa, Dezembro de 2013)
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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