Aquando do último Magusto Celta de Pitões das Júnias, um passeio pelos seus carvalhais e pelas ruínas da velha aldeia do Juriz.
Saindo da aldeia em direcção a Oeste, viramos a Norte mal deixamos o velho tanque para trás. Descemos por um velho caminho e embrenhamo-nos nos frondosos carvalhais da Mata do Beredo, passando o pequeno rio para a sua margem direita. Daqui, seguimos velhos carreiros por entre a vegetação e atingimos o Castelo e depois a aldeia medieval de Sancti Vincencii de Gerez.
A cerca de 1000 metros para Sudoeste da aldeia de Pitões das Júnias e camuflado por um denso carvalhal encontra-se um povoado abandonado nos limites da Serra do Gerês.
Aqui, conservam-se vestígios de cerca de 40 casas de planta quadrangular, construídas com blocos graníticos, alguns toscamente aparelhados. Os arruamentos entre as casas estão também bem conservados, sendo que ainda mantêm o lajeado. O espaçamento entre as casas é de cerca de 3/4 metros, algumas conservam pouco mais de um metro de parede, mas consegue-se imaginar, sem grandes esforços a arquitectura desta aldeia.
Os carvalhos vão invadindo, pouco a pouco o interior de cada casa, conferindo a este sítio uma beleza rara. É a aldeia Medieval de Sancti Vincencii de Gerez, referida nas Inquirições Afonsinas de 1258, cuja ocupação se terá desenvolvido durante a Idade Média até inícios da Idade Moderna.
Situa-se na encosta do monte do Castelo, relativamente abrigada e rodeada de linhas de água. Relativamente ao abandono desta aldeia os motivos apontados, como a peste, não passam de meras especulações, pois não temos evidências que o possam comprovar. A poucos metros do povoado e junto à linha de água encontram-se abundantes restos de escória.
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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