Quando pensávamos que já teríamos visto de tudo o que poderia acontecer no Parque Nacional, eis que uma ameaça silenciosa se move nas sombras e vai lentamente se formando para atacar o nosso único Parque Nacional.
Não se esqueçam dos rostos que ilustram este texto, pois são eles que dentro de algum tempo poderão ser a mais grave ameaça que a vida selvagem do Parque Nacional da Peneda-Gerês alguma vez terá enfrentado.
Esta é uma ameaça que tem de ser eliminada logo nesta fase e todos temos de nos unir para que esta gente se mantenha longe dos limites da Peneda-Gerês.
Há já muito tempo que correm rumores de que as cabras selvagens são caçadas na Serra do Gerês por gente que é transportada de helicóptero, gente esta ligada às esferas mais altas do Estado (juízes, secretários de estado, etc.) e que usam as serranias geresianas para os seus devaneios sanguinários onde a morte sádica e somente por puro divertimento ocupa um lugar central.
Os artigos em questão publicados na revista "Caça & cães de caça" na sua edição de Outubro de 2016, mostram ("A cabra-montês no Gerês - Poderemos vir a caçá-la?" e "O potencial da cabra-montês do Gerês") as intenções desta gente sem escrúpulos pertencente ao denominado SCI Lusitania Chapter (Safari Club International) que somente se interessa pela vida selvagem como uma forma de satisfazer o seu prazer da morte.
Não se esqueçam destas caras e destes nomes!
Este é um alerta geral a todos os que amam o nosso único Parque Nacional e a todos os amantes da Natureza.
Perante tamanha ameaça, o ICNF e o PNPG devem de imediato se pronunciar sobre este assunto, esclarecendo qual a sua posição (apelo a todos o envio deste pedido de esclarecimento para o ICNF - icnf@icnf.pt - e para o PNPG - pnpg@icnf.pt):
Assunto: Caça à cabra-selvagem no Parque Nacional da Peneda-Gerês - Pedido de esclarecimento
Assunto: Caça à cabra-selvagem no Parque Nacional da Peneda-Gerês - Pedido de esclarecimento
Ex.mos Senhores,
Recentemente tive conhecimento de um artigo publicado na revista 'Caça & cães de caça', no seu nº 228 - Outubro de 2016, no qual se considera a possibilidade e se apontam supostos estudos que apontam a possibilidade da ocorrência de actos de caça à cabra selvagem que se encontra no território do nosso único Parque Nacional.
Perante tal artigo, não posso deixar de mostrar a minha indignação perante esta possibilidade e gostaria de um esclarecimento formal por parte do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e do Parque Nacional da Peneda-Gerês sobre o mesmo.
Com os melhores cumprimentos,
Nome
Cidade
Se desejarem podem também enviar para o diferentes grupos parlamentares através dos seguintes endereços de correio electrónico: gp_psd@psd.parlamento.pt, gp_ps@ps.parlamento.pt, bloco.esquerda@be.parlamento.pt, gp_pp@cds.parlamento.pt, gp_pcp@pcp.parlamento.pt e PEV.correio@pev.parlamento.pt. O endereço de correio electrónico do PAN é geral@pan.com.pt.
Ousar lutar! Ousar vencer! Vamos matar este mal pela raiz!
Fotografias em cima retiradas da revista "Caça & cães de caça"
As fotografias seguintes mostram o que se passa já no Parque Nacional da Peneda-Gerês, a caça furtiva existe e é uma realidade! As fotografias mostram caçadores furtivos na Lamalonga...
Ousar lutar! Ousar vencer! Vamos matar este mal pela raiz!
Fotografias em cima retiradas da revista "Caça & cães de caça"
ADENDA
As fotografias seguintes mostram o que se passa já no Parque Nacional da Peneda-Gerês, a caça furtiva existe e é uma realidade! As fotografias mostram caçadores furtivos na Lamalonga...
Olá Rui.
ResponderEliminarNão frequento nem revistas nem esses meios; daí a surpresa, embora, creio, já há uns anos ouvira coisa semelhante.
Para já decidi partilhar na minha página esta tua entrada no blog, pelo que de insólito e inaceitável me suscita (a ser tudo ou parcialmente verídico).
Cumprimentos
Carlos M. Silva
Olá Carlos,
ResponderEliminarA caça furtiva existe na Peneda-Gerês, este é um facto já visto e provado pelas imagens que terminam a publicação.
O artigo citado no meu texto refere a intenção de se avançar para a autorização à cabra selvagem no Parque Nacional. No Parque Natural de Baixa Limia - Serra do Xurés ela já é uma realidade autorizada pelo parque espanhol.
Ainda há pouco foi investido milhares de euros na Aldeia do Salgueiro para repovoar os montes com a cabra montanhês..mais parece que o investimento foi feito por esses particulares para poderem "brincar"..é triste.
ResponderEliminarViva,
ResponderEliminarSó faltou os mails dos grupos parlamentares, eu ainda tinha o do pan e para lá enviei, tb dei conhecimento aos marfinhenses anti-touradas, pode ser que o divulguem.
Abraços e obrigado pela iniciativa e por me ter dado conhecimento desta barbaridade.
Olá Frederico,
ResponderEliminarSem dúvida que ten razão. Vou acrescentar!
Cumprimentos!
Não querendo alimentar polémicas, as fotografias com a cabra montês aqui expostas são todas descontextualizadas, pois não são captadas em Portugal e nenhuma foto publicada aqui no blogue mostra alguém a caçar ilegalmente a caçar o que quer que seja. Estas fotos são em Espanha. Gostaria também de perguntar se sabem a origem da cabras montês no Gerês e o que se passa ao lado (donde vieram) no Xurês? Sabem quantas cabras há no Gerês, como vivem, do que se alimentam, que doenças podem transmitir se não houver um controlo no caso de sobre população e nesse caso o artigo na revista em questão. Sabem as mais valias que podem advir da sua caça controlada e regulada até para a sobrevivência e gestão do Parque Natural da Peneda/Gerês? Falem apenas do que sabem e não inventem. Para que conste. Os prémios internacionais de conservação da Natureza atribuídos a propriedades em Portugal, são todos em zonas de caça, porque vocês, nem pela caça nem pela natureza, nada fazem. O projeto lince que tantos milhões deu a instituições (bolsos) para a recuperação do lince ibérico foi abandonado na serra da Malcata (onde tem sido proibida a caça) e foi introduzido em zonas de caça (onde já há 2 ninhadas registadas) no Alentejo. Tirem as devidas conclusões.
ResponderEliminarACMA...
ResponderEliminar- "as fotografias com a cabra montês aqui expostas são todas descontextualizadas, pois não são captadas em Portugal", que são descontextualizadas e qualquer pessoa que saiba ler irá ler as legendas que estão nas fotos e se ler o texto chegará à conclusão do porquê ali estar as fotos...
- "nenhuma foto publicada aqui no blogue mostra alguém a caçar ilegalmente a caçar o que quer que seja", pois não e ninguém diz que as fotos mostram alguém a caçar ilegalmente, o texto diz que são caçadores furtivos avistados em zona da Serra do Gerês onde a caça não é permitida. Inferir o que ali andavam a fazer é simples e lógico.
- "Estas fotos são em Espanha", as fotografias foram obtidas em Portugal, Lamalonga - Serra do Gerês, a 21 de Dezembro de 2014. Se não sabe a origem das fotos abstenha-se de tecer comentários ridículos.
- "Gostaria também de perguntar se sabem a origem da cabras montês no Gerês e o que se passa ao lado (donde vieram) no Xurês?", sim sei! Você sabe?
- "Sabem quantas cabras há no Gerês", cerca de 370.
- "como vivem", felizes sem ter gente sem escrúpulos a caçá-las... pelo menos do lado português. Infelizmente do lado das touradas já não é assim...
- "do que se alimentam"....
- "que doenças podem transmitir se não houver um controlo no caso de sobre população e nesse caso o artigo na revista em questão"... há sempre que haver a razão para os desvarios dos caçadores...
- "Sabem as mais valias que podem advir da sua caça controlada e regulada até para a sobrevivência e gestão do Parque Natural da Peneda/Gerês?"... vocês estão-se nas tintas para a sobrevivência do PNPG! O voss interesse é óbvio para toda a gente que não se alegra por matar um animal indefeso a centenas de metros de distância com armas equipadas com miras telescópicas. São todos os valentes...
- "Falem apenas do que sabem e não inventem." :)
- "Para que conste" ?
- "Os prémios internacionais de conservação da Natureza atribuídos a propriedades em Portugal, são todos em zonas de caça, porque vocês, nem pela caça nem pela natureza, nada fazem." Ahahahahahahahah... espere um pouco que vou ali chorar a um canto e volto já....
Por que não avançar com uma petição à AR nesse sentido?...
ResponderEliminarJosé,
ResponderEliminarÉ sempre uma possibilidade, se bem que acho que nesta altura ainda um pouco cedo pois não se sabe em que fase o processo está.
O que sabemos é que mesmo dentro do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas haverá gente interessada em que isto vá adiante. Como é óbvio, haverão sempre as justificações absurdas como aquelas dadas pelos nosso amigos do Ribatejo aqui no comentário em cima (sim, os mesmo que se humedecem com as touradas) para justificar a caça à cabra selvagem.
Temos de estar atentos.
Cumprimentos,
Rui Barbosa, eu até entendo o ACMA assumir que são tiradas em Espanha, as fotos dizem lá na legenda "Sierra Nevada", "Mach montês caçado por Bernardo Leal em Espanha", "Beceite" (na Catalunha), "Gredos" (Espanha central), qq um assumirira o mesmo...
ResponderEliminarOlá!
ResponderEliminarAs fotos são obviamente tiradas em Espanha e foram ali colocadas de propósito com o texto que as antecede: "Não se esqueçam dos rostos que ilustram este texto, pois são eles que dentro de algum tempo poderão ser a mais grave ameaça que a vida selvagem do Parque Nacional da Peneda-Gerês alguma vez terá enfrentado."
Com os melhores cumprimentos,
Não sei se poderemos confiar no ICNF, pois vejam o caso da Reserva Natural da Serra da Malcata em que o ICNF entregou 3.000 hec. a Associação de caça de Penamacor. Mais tarde numa reunião da CETS (Carta Europeia de Turismo Sustentável) a Drª Sofia falou dessa mesma entrega, dizendo que os caçadores eram bastante úteis para a conservação da espécies e que só tinha pena que o número de caçadores em Portugal estava a diminuir.
ResponderEliminarNâo, não podemos confiar no ICNF. Desde que o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade foi transformado no ICNF após a fusão com a Autoridade Florestal Nacional, que o instituto ficou ainda mais infestado de amantes da caça.
ResponderEliminarSe é para falar de conservação da espécie, que introduzam predadores naturais que eles farão o trabalho bem feito, de certeza.
ResponderEliminarObrigado pela partilha e pelas imagens, Rui Barbosa! Bem haja!
Ora, Hugo, mais nada!
ResponderEliminarDeixem a Natureza trabalhar e ela fará um serviço bem feito sem a sede sanguinária dos caçadores!
Cumprimentos
Aqui fica a informação que está no Facebook do PAN. Obrigad@
ResponderEliminarhttps://www.facebook.com/PANpartido/photos/a.920439104683852.1073741876.890462117681551/1184366541624439/?type=3&theater
Uma noticia enganosa com fotos que não documentam animais caçados na Peneda.
ResponderEliminarFica informado que nessa área há zonas de caça autorizadas com os devidos planos de gestão aprovados. Claro que a cabra montesa não está contemplada nessa gestão.
Lamento que se faça uma colagem de fotos de caçadores com armas de classe D , provavelmente caçando caça menor legalmente, como perdizes ou coelhos, a furtivos de caça maior.O cão utilizado e apresentado na foto é um perdigueiro que em nada se utiliza para fins de caça maior.
Não quero acreditar que haja má fé na maneira como este artigo foi apresentado mas simples ignorância do acto cinegético.
Tenho pena que não apresente outro artigo que vem na mesma revista, nas páginas seguintes, e que retrata a situação que se vive num parque perto de madrid e onde foram seguidas as medidas que muitos atrás apontaram. Têm neste momento um grave problema de sustentabilidade do parque, mesmo com a introdução dos predadores naturais.( a Peneda Geres já os tem e mesmo assim o numero de efectivos de cabra não pára de crescer, e ainda bem).
Com a ausência de uma caça controlada e sustentável perdem-se proveitos que serviriam para ter um parque melhor para todos os que ali vivem e visitam.
Tal como a caça controlada também os utilizadores do parque deviam pagar uma taxa para o visitar, caminhar, escalar, fotografar......
Os recursos obtidos serviriam para pagar a guardas do parque que zelariam a tempo inteiro, pela fauna, flora e controle de furtivos. Se cada utilizador , seja para caçar ou para visitar, pagassem taxas do mesmo valor, dava e sobrava.
Olá
ResponderEliminarEu é que agradeço a atenção dada pelo PAN a este assunto.
Cumprimentos,
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEm Defesa do PPG (?)
ResponderEliminarMesmo sendo um perfil criado unicamente para fazer um comentário acerca deste artigo. Usualmente não publico comentários anónimos e que se escondem atrás de perfis falsos sem se identificar, mas com este vou perder alguns minutos.
"Uma noticia enganosa com fotos que não documentam animais caçados na Peneda."
Pois não, mas toda a gente sabe disso, pelo menos aquelas pessoas que têm a inteligência de ler as legendes e de perceber o que está escrito no texto do artigo. Nota-se que não foi o caso...
"Fica informado que nessa área há zonas de caça autorizadas com os devidos planos de gestão aprovados."
Toda a gente que frequenta o PNPG e que tenha um conhecimento do seu POPNPG (sabe o que é') sabe que essas zonas estão regulamentadas. Elas existem para assegurar os direitos adquiridos dos residentes que há muito caçam em partes daquelas serranias. O artigo não aborda essa questão... Nota-se de novo a falta de compreensão do texto.
"Claro que a cabra montesa não está contemplada nessa gestão."
Alto! Ainda há esperança...
"Lamento que se faça uma colagem de fotos de caçadores com armas de classe D , provavelmente caçando caça menor legalmente, como perdizes ou coelhos, a furtivos de caça maior.O cão utilizado e apresentado na foto é um perdigueiro que em nada se utiliza para fins de caça maior."
Não, eu de facto é que lamento a falta de compreensão do texto... lá se foi a vã esperança...
"Não quero acreditar que haja má fé na maneira como este artigo foi apresentado mas simples ignorância do acto cinegético."
"Acto cinegético" palavras para disfarçar "somos uns sanguinários que só gostamos de matar animais única e simplesmente para gozo e nosso belo prazer..." A caça é isto, nada mais... por isso compreendo bem o "acto cinegético".
"Tenho pena que não apresente outro artigo que vem na mesma revista, nas páginas seguintes, e que retrata a situação que se vive num parque perto de madrid e onde foram seguidas as medidas que muitos atrás apontaram. Têm neste momento um grave problema de sustentabilidade do parque, mesmo com a introdução dos predadores naturais.( a Peneda Geres já os tem e mesmo assim o numero de efectivos de cabra não pára de crescer, e ainda bem)."
Ah, pois tem predadores naturais e as cabras não param de crescer... se calhar é porque os caçadores não gostam muito dos predadores naturais e estes sejam logo dizimados à vista... Porque será? Ter concorrência que realmente necessita de caçar é uma chatice!
"Com a ausência de uma caça controlada e sustentável perdem-se proveitos que serviriam para ter um parque melhor para todos os que ali vivem e visitam."
Ahahahahahah... vou ali de novo a um canto chorar e já volto.
"Tal como a caça controlada também os utilizadores do parque deviam pagar uma taxa para o visitar, caminhar, escalar, fotografar......"
Ahahahahahah, taxa para fotografar... volto já outra vez!
"Os recursos obtidos serviriam para pagar a guardas do parque que zelariam a tempo inteiro, pela fauna, flora e controle de furtivos. Se cada utilizador , seja para caçar ou para visitar, pagassem taxas do mesmo valor, dava e sobrava."
...é melhor ficar mesmo por ali.
Rui,tantas foram as vezes que caminhamos juntos pelos infinitos trilhos do Gerês e quase sempre comentávamos "como é que estes invólucros vieram parar aqui?...olhávamos um para o outro e ficávamos calados a digerir aquilo que no nosso subconsciente sabía tão bem o que se estava a passar...lembras-te?
ResponderEliminarCaro Rui,
ResponderEliminarUm alerta importante.
Obrigado pela divulgação e pela "papinha" já "preparadinha" para quem, como eu, que querendo contribuir de alguma forma para a análise da situação, não sabe bem o que e como o fazer.
Procedi ao envio dos pedidos de esclarecimento.
Entretanto, li os comentários.
A tolerância perante ideias/perspectivas diferentes, a inocência e desconhecimento em relação às matérias em questão, obrigam-me a tentar encontrar pertinência no comentário de ACMA. Neste caso, apenas no conteúdo, pois a forma (o"tom"), essa, só por si, não justifica a atenção.
Parece-me ser um sinal do tempo ponderar tudo em função do seu valor capital.
A definição de prioridades/valores/princípios, em função da possibilidade da sua concretização financeira, e não da sua verdadeira importância ou essência.
Questiono se será uma inevitabilidade ter de abdicar de princípios fundamentais que definem um sistema/organização/instituição/nação, para que seja viável.
Questiono, num paralelo simplista, se a caça estará para o PNPG, como a solução dos vistos dourados está para Portugal.
Questiono se, para que o PNPG possa continuar a existir, e eu o possa visitar e explorar da forma como o faço, será estritamente necessário contar com o contributo financeiro (considerável, diga-se, segundo ouvi dizer) de quem se dedica à caça desportiva, e que, para além do pagamento dos respectivos impostos, está disposto a pagar (principescamente?) pelas licenças e etcs necessárias para a prática.
Questiono se, dar o contributo financeiro, indirectamente, mediante o pagamento dos impostos a que se está obrigado, ou, directamente, de taxas que sejam solicitadas, pelas entidades competentes, necessárias para que o PNPG (ou outras instituições) possa existir e ser gerido eficientemente, corresponde a não fazer nada.
Questiono se, o esforço feito no sentido de usufruir dos espaços naturais de forma conscienciosa, procurando diminuir, tanto quanto possível, o impacto das práticas no meio ambiente, ainda que não sendo um contributo financeiro, não contribuirá para que os custos de manutenção e preservação dos espaços naturais sejam menores.
Gostos e vontades à parte, questiono se, a opção por actividades de exploração da natureza que impliquem o menor número possível de infraestruturas (alojamento, estradas, acessos, estacionamento, restauração, comércio acessório, serviços de limpeza, etc), não constituirá, só por si, um contributo significativo para a melhor e menos dispendiosa preservação dos espaços naturais.
No que respeita à caça, estou ainda em fase de tentar compreender o lexico (caça, caça desportiva, acto cinegético), e as questões relativas a zonas de caça, licenças, taxas, armas utilizadas, etc.. E, ainda, compreender as questões associadas à tradição, cultura e motivações. Contudo, confesso que parto para a análise com preconceitos. Encaro com desconfiança todas as manifestações do fenómeno da caça que ultrapassam o propósito da subsistência. Perdoem-me, mas não consigo afastar a imagem do burguês ou do "reizinho" em batida para auto-satisfação e diversão, posando alarvemente com os despojos do "combate", neste caso, inútil fora do contexto do alimento do ego.
ResponderEliminarConsidero, portanto, que a minha opinião em relação à caça desportiva carece de mais reflexão e maior estudo.
Já em relação aos desportos motorizados ou a "actividades de lazer", como "dar o mergulho na poçinha", "piquenicar/patuscar desresponsabilizadamente", "canyoning em chanata", em espaços de natureza de importância como o PNPG, tenho menos reservas.
Sou da opinião de que são um FLAGELO e fazem-me perder a razão. Deveriam ser actividades duramente taxadas. Se possível até ao ponto de os custos da sua prática, neste contexto, serem incomportáveis.
Neste caso, a minha tolerância é zero. Estou convicto de que os princípios de conservação inerentes ao PNPG não são compatíveis com os atentados que estas actividades representam para o espaço.
Considero que, neste caso, não há contrapartida financeira que possa justificar a anulação da sua essência.
Em "tom de desabafo", e não analisando a questão com o cuidado devido, proponho:
- que a possibilidade de acesso de carro ou motociclo, em veículo próprio, a visitantes seja reduzida ou proibida.
- Que os custos de parqueamento sejam astronómicos e em zonas específicas.
- Tornar a visitação, nos moldes descritos em cima, muito dispendiosa, quer do ponto de vista financeiro, quer do ponto de vista do esforço físico.
- Criar condições de visitação que interessem a outro tipo de turista. Diferente do que olha para o PNPG como turismo do euro e meio. Perdoem-me o "elitismo" mas, acho que quem considera que pagar o eurito e meio "lhes custa, mas que compreendem"; e/ou que "necessitam" de estacionar o carro de alta ou baixa cilindrada a 12,5cm da pocita, para se sentirem confortaveis, embora reconheçam que existe excesso de trânsito no parque durante o Verão; ou mesmo os que até recolhem o lixo num saquito mas o colocam no chão, ao lado do contentor cheio, enquanto abanam a cabeça, pensando que "eles", os da recolha do lixo, são uma vergonha!; não têm lugar no PNPG e faziam melhor se desfrutassem da natureza, num parque urbano, numa praia vigiada, ou no sofá assistindo a documentários sobre a natureza.
Ainda neste registo alterado, enquanto pertencente à dita "classe média", afirmo que, caso venha a ser proprietário, quer com fundos próprios ou por herança, de uma ou mais propriedades de valor superior a meio milhão de euros, estou disposto a pagar o impostozito proposto. Não quero que me confundam com aqueles que, querendo serviços do Estado ou instituições por ele financiado, só estão dispostos a pagá-los se as condições se conjugarem de modo a que estejam isentos. E/ou aqueles a quem o estado social apenas interessa, enquanto estão em condições de que sejam outros a pagá-lo. Mas divago...
Quem sabe se, assim (ou de outras formas menos radicais), se conseguiriam os recursos financeiros necessários para que o PNPG pudesse abdicar dos "benefícios" inerentes à prática da "caça desportiva" ou ao "acto cinegético".
Cumprimentos!
Paulo Santos.
Olá Paulo,
ResponderEliminarUm comentário muito rápido, prometo dedicar mais um pouco de tempo para responder com mais calma.
É tudo uma questão de formação cívica e educação. Havendo isso não há necessidade de taxas e de controlos apwrtados sobre o que se faz ou não no PNPG.
Quanto à caça, a minha opinião é óbvia.