Esta é a terceira e última parte de segundo conjunto de histórias sobre o Inverno na Serra do Gerês com particular ênfase nas Minas dos Carris. É possível que já tenha publicado aqui este texto que nos conta a dureza da vida na Serra do Gerês no longínquo ano de 1955.
As histórias servem também de aviso e conselho para aqueles que nos próximos dias irão demandar as paisagens serranas, sublinhando a importância da segurança e da gestão do risco em montanha.
A partes anteriores deste artigo podem ser lidas em Histórias de Inverno nas Minas dos Carris (I), (II), (III), (IV), (V), (VI) e (VII).
O texto em baixo é adaptado de "Minas dos Carris - Histórias Mineiras na Serra do Gerês", de Rui C. Barbosa - Dezembro de 2013.
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As operações da Mina dos Carris são suspensas entre Janeiro e meados de Maio de 1972 devido aos danos causados pelo Inverno rigoroso da Serra do Gerês.
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Permanecendo longas jornadas nas Minas dos Carris, Miguel Campos Costa será importante no registo de algumas das memórias dos últimos dias de habitabilidade permanente do complexo mineiro. Através dos seus diários, são relatados alguns episódios das suas vivências naquele lugar partilhando os dias com o último guarda dos Carris. A 12 de Dezembro de 1983 relata a sua chegada às minas, “Encontramos em Carris o Sr. Domingos (57 anos) e sua mulher (amiga, 52 anos) e dormimos lá. Saímos da ponte às 11h e chegamos a Carris por volta das 4h (+ ou -). Dormimos em Carris mas no dia seguinte (8.15h) o tempo estava mau e fomos para as Sombras. O Sr. Domingos disse que nos 18 anos que já passou em Carris nunca viu tanta neve como no ano passado (82/83).” Com um profundo interesse na meteorologia, são descritos de hora em hora os estados meteorológicos registados nas minas ao longo de vários dias nos quais lá permaneceu."
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
O texto em baixo é adaptado de "Minas dos Carris - Histórias Mineiras na Serra do Gerês", de Rui C. Barbosa - Dezembro de 2013.
Em cima: O Eng. Virgílio de Brito Murta (Chefe dos Serviços Técnicos) e José Antunes Inácio (Sócio gerente da Sociedade das Minas do Gerez) no dia da chegada das equipas que trouxeram mantimentos para as Minas dos Carris em Março de 1955 (ver textos anteriores desta série).
No topo: Aspectos do complexo mineiro nos dias de neve de Fevereiro de 1955. A neve cobre os acessos entre os diversos edifícios mineiros, nomeadamente a secretaria e armazéns, a enfermaria e os edifícios de habitação.
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As operações da Mina dos Carris são suspensas entre Janeiro e meados de Maio de 1972 devido aos danos causados pelo Inverno rigoroso da Serra do Gerês.
Em Cima: A entrada para o poço principal da concessão do Salto do Lobo, bem como o acesso à lavaria estão quase totalmente cobertos de neve. Imagem de Março de 1955.
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Permanecendo longas jornadas nas Minas dos Carris, Miguel Campos Costa será importante no registo de algumas das memórias dos últimos dias de habitabilidade permanente do complexo mineiro. Através dos seus diários, são relatados alguns episódios das suas vivências naquele lugar partilhando os dias com o último guarda dos Carris. A 12 de Dezembro de 1983 relata a sua chegada às minas, “Encontramos em Carris o Sr. Domingos (57 anos) e sua mulher (amiga, 52 anos) e dormimos lá. Saímos da ponte às 11h e chegamos a Carris por volta das 4h (+ ou -). Dormimos em Carris mas no dia seguinte (8.15h) o tempo estava mau e fomos para as Sombras. O Sr. Domingos disse que nos 18 anos que já passou em Carris nunca viu tanta neve como no ano passado (82/83).” Com um profundo interesse na meteorologia, são descritos de hora em hora os estados meteorológicos registados nas minas ao longo de vários dias nos quais lá permaneceu."
Em Cima: Um aspecto da Lamalonga desde as Minas dos Carris após o intenso nevão de Fevereiro de 1955. Na imagem são identificáveis a lavaria (um pouco à esquerda do centro da imagem) e as oficinas de serralharia e forja (do lado esquerdo).
Em cima: O Eng. Virgílio de Brito Murta nas Minas dos Carris em Março de 1955.
Em cima: O Eng. Virgílio de Brito Murta e José Antunes Inácio durante os trabalhos de desobstrução do caminho mineiro no dia da chegada das equipas que trouxeram mantimentos para as Minas dos Carris em Março de 1955 (ver textos anteriores desta série).
Em cima: O Eng. Virgílio de Brito Murta caminha pela neve acumulada no complexo mineiro dos Carris em Fevereiro de 1955.
Em cima: Uma rara fotografia da enfermaria (posto de socorros) das Minas dos Carris e onde surge o ‘Dr. Santos’, enfermeiro que permaneceu em serviço no complexo mineiro durante vários anos.
Em cima: O Eng. Virgílio de Brito Murta, o Tenente Silva Pereira (caixa) e Joaquim Manuel Bandeirinha (encarregado geral da superfície) junto do edifício do pessoal superior da mina (na imagem são identificáveis os edifícios de alojamento e a carpintaria em último plano) após os nevões de Fevereiro e Março de 1955.
Em cima: Robert Palmer que foi superintendente geral da Mina de S. Domingos e projectista da lavaria nova da Mina dos Carris, em Março de 1955.
Em cima: um aspecto das Minas dos Carris em Março de 1955.
Em cima: O gelo acumula-se nos cabos de electricidade das Minas dos Carris durante os nevões de Fevereiro de 1955.
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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