Minas dos Carris, 4 de Novembro de 2014
...e assim vieram os dias da neve e do gelo.
Ainda vem longe o Inverno que irá adormecer a montanha e os espíritos que nela vivem, mas neste dia a Natureza ensaiou o que há-de vir.
Sentir aquele frio no conforto da roupa acabada de mudar no abrigo da ruína e estar ali, a respirar aquele ar gelado que nos faz sentir vivos e apreciar todos os segundos de um momento. É como um outro mundo... o local fervilha de memórias a coberto do silêncio que o lento passar dos minutos impregna à paisagem branca. Toda aquela energia parada no tempo, um cenário de um filme épico com uma aventura que se tornou uma lenda, o mito dos dias passados.
Todos aqueles lugares são uma homenagem a uma magnanime grandiosidade que nos torna pequenos. Cada passo é, em si, uma singularidade num contínum do qual saberemos o advir.
Depois há sempre o momento de regressar após se ter percorrido quase todos os lugares numa peregrinação que faz todo o sentido de ser percorrida. E fica a saudade e o desejo de voltar... de novo.
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