Como uma escada interminável que nos leva para dentro das nuvens, um império de neve e gelo... e o frio que finalmente se fez sentir. Como uma escada interminável por entre árvores contorcidas como num último grito lançado ao céu...
Subindo a escada interminável que parte do bosque encantado por onde deambulam animais e outras feras em formas de sombras que se escondem por detrás de algo, fugidias ao olhar...
A escada interminável que nos leva a um Olimpo de neve e gelo... e o descanso nas planícies da Messe cobertas por um manto branco profundo da neve que ainda vai caindo, mas em breve vencida pela chuva que insiste em molhar a alma agora retemperada.
O caminhar, cansado de uma marcha quase bélica contra os elementos, trazem à memórias os dias que iam virão para nos acalentar a pele e nessa altura iremos recordar estes dias de neve, frio e chuva, ansiando a água que nos vai saciar a sede e refrescar a pele. Mas hoje, hoje foi dia de neve, chuva e frio... o frio que então chegou nas paragens do Conho.
Mas este não foi o único dia de neve e esta caiu muitos e muitos dias, acumulando-se por entre as rochas e engolindo os corpos de quando em vez na passagem da Lomba de Pau. A neve, fria e húmida, sempre sempre presente da Chã da Fonte à Preza, foi perdendo força por alturas do Vidoal... transformando-se em chuva insistente já em Leonte...
...isto tudo, quase no fim do Inverno que um dia voltará... frio e com neve!
Fotografias © Rui C. Barbosa
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