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segunda-feira, 22 de julho de 2013
Vencer pelo cansaço, o ignorar dos problemas ou porque muitos não irão ao protesto contra as taxas?
É uma marca típica nacional. Podemos brandir no ar inúmeros argumentos sobre o que está mal, podemos fazer «cair o Carmo e a Trindade» numa revolta numa conversa de café ou mesmo proferir os mais hilariantes insultos a quem (mal) nos governa, mas quando chega a hora de sair para as ruas e protestar, alertar pela sonegação, falta ou ausência de direitos fundamentais, poucos são aqueles que deixam o conforto do sofá ou o prazer de nada fazer numa praia para os exigir.
A desculpa do «não vale a pena porque tudo fica na mesma» ou «o protesto nunca chega a quem manda» é muitas vezes uma justificação para uns outros não participarem.
Depois também há aqueles do tipo «chico esperto» ou «típico português» que prefere desenrascar para dar a volta a um problema do que enfrentar esse problema de frente (e o pior é que se gabam disso!). Estes não ignoram o problema e sabem bem o que fazem, tentam é deixar o problema para os outros. Em suma, preferem andar ilegais e com um sorriso palerma nas bentas do que se juntar à luta. Estes são o arquétipo do cidadão que não faz o país avançar, são estes que despacham através de cunhas, são estes para os quais as regras e leis devem ser cumpridas só pelos outros e desde que não lhes atravessem no caminho. Portugal está cheio deles!!!
Temos também os cidadãos que ao fim de semanas de luta desistem pelo cansaço. Esta é uma boa e velha táctica que permite que o oponente vença uma contenda sem se esforçar muito; para tal basta nada fazer e deixar o outro barafustar até se cansar. Vencido pela luta e pelo medo, quem protesta acaba por desistir convencendo-se de que não vale a pena lutar mais.
Obviamente que também temos aqueles que se estão a marimbar para as causas da luta contra as taxas. Convencem-se que o problema não é deles até o dia em que a realidade lhes cai em cima em forma de um postal com uma coima para pagar. Ou aqueles que por questões políticas ou eleitorais decidem não fazer muitas ondas, pois o momento do voto está aí a chegar e é necessário garantir o tacho...
Já muito falei sobre a problemática das taxas e não vou aqui voltar a referir os argumentos já tantas vezes sublinhados sobre o porquê do protesto do dia 28 de Julho. No entanto, e apesar de mesmo que sejamos poucos a mostrar a nossa indignação, é fundamental que as pessoas mostrem que o Governo não pode actuar da forma como actua, ignorando promessas feitas e deitando para o lixo as palavras que nos foram transmitidas em devida hora. Não pode também ignorar as recomendações que foram feitas pelo Provedor de Justiça que indicou a ilegalidade da cobrança das taxas.
Fotografia: © Rui C. Barbosa
Olá Rui
ResponderEliminarÉ possível que possa ir mas ainda não sei. De toda a maneira ..procurei nos teus posts até Junho e não descortineo o local do protesto.
Agradecia que mo indicasses aqui assim como a hora.
Obrigado.
Carlos M. Silva
Olá
ResponderEliminarPor respeito ..e por que pelo teu post posterior a este respondeste ao também meu pedido de informação, informo-te que infelizmente não poderei estar presente, na que seria a minha 3ª presença pelo mesmo motivo.
Mas acompanharei o assunto ..sabendo que, como tu próprio já escreveste, assuntos há ou haverá que serão remetidos ..para as calendas, sendo quase certo que este será um deles.
Obrigado e cumprimentos,
e ..encontrar-nos-emos por aí,.
Carlos M. Silva