Minas dos Carris, 27 de Julho de 2013
Vinte e quatro anos após a minha primeira passagem pelas Minas dos Carris, atingi o marco das 200 caminhadas até àquele local na Serra do Gerês. Comigo estiveram presentes alguns daqueles que me acompanharam em dezenas e dezenas de caminhadas não só aos Carris, mas também a outros pontos da Serra do Gerês e de outras montanhas.
Esta caminhada foi até muito parecida com a primeira que fiz em Setembro de 1989. Um dia cinzento com alguma chuva, mas que não fez desanimar os ânimos de todos aqueles que percorreram o Vale do Homem e se deslumbraram com as magníficas paisagens que um dia de Inverno em pleno Verão nos proporcionou.
Ao longo do caminha foram surgindo algumas surpresas, tal como a visita das cabras selvagens junto do Ribeiro do Cagarouço e dos inúmeros sinais de outros animais.
Ao chegar às minas encontramos o complexo mineiro envolto no seu misterioso silêncio. As suas ruínas vão resistindo à passagem dos dias e conservando cada vez mais efémeras as memórias dos dias à muito idos.
No final da nossa presença não foi impossível ficarmos indiferentes aos comportamentos que algumas pessoas têm na montanha e em especial no nosso único parque nacional. Ao longo de longos minutos, fomos escutando os assobios e os gritos de um grupo que se ia aproximando do complexo mineiro. A presença na montanha deve ser um exercício de contemplação e de respeito pelo local e pelas outras pessoas que por lá caminham. Ao se perturbar a Natureza desta forma impede-se o pleno usufruto da Natureza e impede-se que as outras pessoas que por perto caminham sejam capazes de tirar toda a satisfação de poder observar um animal ou de observar as mais magnificas das paisagens num ambiente de paz e sossego.
Agradeço a todos aqueles que participaram e que me apoiaram nesta caminhada e ao Zé Carlos pelas facilidades concedidas.
Fotografias: © Rui C. Barbosa
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